TACS ENTRE PREFEITURA E CONSTRUTORAS BENEFICIAM MAIS DE 8,5 MIL FAMÍLIAS

A Prefeitura de Campinas conseguiu, na última semana, assinar com três construtoras Termos de Ajustamento de Conduta, o que representa a garantia das contrapartidas necessárias para a execução de uma série de obras de melhorias na região onde essas empresas têm empreendimentos imobiliários. O Termo já foi assinado pela DPG/Goldfarb, MRV e Sol Panamby.
Com os três acordos, mais de 8,5 mil famílias serão beneficiadas, já que as obras dos empreendimentos embargados pela Prefeitura devem ser retomadas após a avaliação do Ministério Público. Em termos financeiros, os TACs representam mais de R$ 34,7 milhões, valor que será investido em melhorias como implantação de sistemas de drenagem de águas e no viário, nas regiões onde os prédios estão sendo construídos.
Para o prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra, a Administração municipal buscou todas as formas legais para garantir a continuidade das obras, um compromisso que havia sido assumido pela Prefeitura junto aos compradores dos imóveis. "A assinatura dos três TACs consolida mais um passo positivo no compromisso que assumimos desde o primeiro momento para solucionar o mais rápido possível a questão dos embargos", afirmou.
Demétrio lembrou, ainda, que, somando os empreendimentos das três construtoras, são mais de 8,5 mil famílias envolvidas. "Toda família tem o sonho da casa própria, por isso nos esforçamos ao máximo para resolver esta questão".

Todos os Termos de Ajustamento de Conduta serão entregues aos promotores do Ministério Público e, estando de acordo, as obras dos empreendimentos serão retomadas. Os TACs serão entregues ao MP por uma equipe de secretários municipais e mutuários.
A construtora Rossi, que tem empreendimentos habitacionais em construção na região do Parque Jambeiro, mas totalmente regularizados, também foi convidada a firmar um TAC em prol das obras de me lhoria para a área.
Valores e unidades habitacionais
MRV
R$ 18 milhões
5.484 unidades habitacionais

DPG/Goldfarb
R$ 14,5 milhões
2.478 unidades habitacionais

Sol Panamby
R$ 2,2 milhões
599 unidades habitacionais

SALÃO DO IMÓVEL MOBILIZA CAMPINAS

Campinas sedia na próxima semana, entre os dias 27 e 30, a terceira edição do SIM, o Salão Imobiliário de Campinas e Região, que será realizada no estacionamento coberto do segundo piso do Shopping Iguatemi Campinas. A expectativa é de que esta edição movimente, nos quatro dias de evento e nos meses seguintes, em fechamento de negócios, cerca de R$ 350 milhões. O investimento é de R$ 4 milhões. O evento terá 50estandes de imobiliárias e incorporadoras com opções de imóveis e gerará 300 empregos diretos e indiretos. A estimativa é de que 30 mil visitantes virão a esta edição do SIM.
O diretor-executivo do Grupo EPX de Comunicação, organizador da feira, Dostoiévscki Vieira Silbonne, explica que muitos empreendimentos terão lançamento simultâneo, como lotes, apartamentos, casas e condomínios fechados e até casas na praia e unidades comerciais. Os produtos vão de lotes a partir de R$ 60 mil e apartamentos e casas cujo valor é de R$ 120 mil a mansões avaliadas em R$ 5 milhões, além de serviços de empresas de consórcio.
"A principal novidade nesta edição é uma união de esforços. A rede total participará do evento, com imobiliárias de plantão para suporte ao cliente e aos visitantes. Teremos, além dos imóveis na região, imóveis no litoral. Isso não havia nas outras edições, e desta vez estaremos com estandes de incorporadoras do litoral. A Brookfield lançará o Orizon dentro do evento, que é um lançamento simultâneo plantão-evento, uma novidade. Também teremos o transporte, através da JAC Motors, que levará as pessoas até o empreendimento e depois as trará de volta ao salão para aproveitarem as condições e assinarem o contrato de compra ", explica.
De acordo com Vieira, os estandes do 3º SIM serão ocupados por imobiliárias, incorporadoras, empresas de móveis planejados e automação residencial de Campinas e região, capital e litoral paulista, além de administradoras de consórcios e do banco oficial do evento, Banco do Brasil. "Temos uma parceria muito forte com o Banco do Brasil, patrocinador do salão: os imóveis poderão ser financiados ao consumidor a taxas menores que as praticadas habitualmente - de 9,5% a 11%-, direto nas agências do banco. O Banco do Brasil apresentará uma taxa promocional exclusiva de 8,4% ao ano, uma das mais baixas do mercado", afirma o diretor executivo.
Em parceria com a incorporadora Oportuna, a Macerata Empreendimentos Imobiliários terá quatro lançamentos em Campinas e Valinhos. São condomínios fechados com lotes de 94 m² a 432 m² e mais de 100 unidades de vilas residenciais. Outra opção é o condomínio de salas comerciais da Brookfield Incorporações. A Fernandez Mera Imobiliária lançará 400 casas e 800 apartamentos populares, loteamentos fechados de 137m² a 1.000 m², de médio e de alto padrão, em Campinas, Indaiatuba, Valinhos e Holambra. A Provectum Imóveis terá casas e apartamentos, empreendimentos e lançamentos em fase inicial e final de construção em condomínios fechados.
A Scopel, parceira da Carlyle Group, um dos maiores fundos de private equity do mundo, apresentará residenciais de alta qualidade, diferenciados, para diversos perfis de consumidor. A Linha Reserva, por exemplo, conta com um conceito inovador, desenvolvido por um dos maiores escritórios de arquitetura do mundo, E-Sciences Sustainable Landscape Architecture, responsável por parte dos projetos da Universal Studios e por famosos condomínios residenciais da Flórida.
Os interessados em comprar terrenos de 360 m² em loteamento fechado na cidade de Itupeva podem procurar a Horto da Mina. O empreendimento, de alto padrão, conta com cerca de 100.000 m² de área verde, um clube privativo com piscinas, quadras poliesportivas, quadras de tênis, campo gramado, academia, salão de jogos, salão de festas e sauna, além de trilhas e um lago.

NOVO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA PERMITE INCLUSÃO DE PRAZO DE TOLERÂNCIA EM CONTRATOS DE IMÓVEIS NA PLANTA

TAC assinado pelo Secovi-SP e Ministério Público deixa o contrato mais claro sobre os atrasos nas obras. Medida é válida para São Paulo, mas pode se estender para outros Estados também.
Segundo recomendações, prazo máximo de tolerância é de 180 dias O Sindicato da Habitação (Secovi-SP) e o Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que as empresas incorporadoras sejam orientadas a incluir nos contratos de venda de imóveis na planta cláusulas sobre o prazo de tolerância para a entrega das obras.
Segundo comunicado divulgado pelo MP-SP, o sindicato ficará responsável por informar e orientar empresas incorporadoras para que incluam nos contratos de alienação de unidades autônomas cláusulas contratuais que dêem maior transparência e informações mais claras ao consumidor, como a de informação de prazo estimado da obra e o prazo de tolerância para conclusão da construção.
"O TAC não obriga empresa nenhuma a colocar as cláusulas em seus contratos. O Secovi-SP entende que são boas práticas que devem ser adotadas pelas incorporadoras", disse João Crestana, presidente do Sindicato. "No caso de um julgamento, por exemplo, o juiz poderá levar o TAC em conta, a favor ou contra a incorporadora", disse.
As incorporadoras poderão, ainda, incluir nos contratos uma cláusula de regramento do prazo de tolerância, que não poderá ser superior a 180 dias além do prazo estimado de obra. Também poderão encaminhar aos consumidores de cada empreendimento, periodicamente, relatórios informativos sobre o andamento das obras. Além disso, as empresas poderão informar, com antecedência mínima de 120 dias, se o prazo estimado da obra se estenderá pelo prazo de tolerância.
É recomendado que os contratos também contenham cláusulas penais para o caso de descumprimento pela incorporadora. No caso de ultrapassar o prazo de tolerância existente no contrato, a incorporadora receberá multa mínima de 2% sobre o valor já pago pelo comprador à incorporadora da obra, mais 0,5% por mês de atraso.

Intolerância a atrasos

Tramita na Câmara dos Deputados o projeto do deputado Eli Correa Filho (DEM-SP) para tornar nulas as cláusulas contratuais que instituírem tolerância para atraso na entrega da obra. De acordo com o Projeto de Lei 178/2011, no caso de atraso a construtora terá de pagar o correspondente a 2% do valor do contrato ao comprador e a multa deverá ser atualizada monetariamente e acrescida de juros de 1% ao mês, até a data efetiva da entrega.
O deputado alega que os problemas que possam ocorrer nas obras já estão considerados no prazo estipulado antes da entrega da obra e, por isso, não deveria haver prazo de tolerância. Segundo Crestana, o Secovi-SP entrou em contato com o deputado explicando a necessidade do prazo de tolerância. Eli Correa Filho teria afirmado que estudaria mais o caso.

GOLDFARB NEGA QUE SÓCIO DE CANDIA SEJA DIRETOR DA CONSTRUTORA

Vice-presidente da empresa, Paulo Petrin, foi ouvido pela CPI da Corrupção nesta 4ª

EPTV

O vice-presidente da Goldfarb, Paulo Petrin, disse em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção na manhã desta quarta-feira (19) que as contrapartidas cobradas pelo Ministério Público para a construção de empreendimentos imobiliários em Campinas não estavam previsto em lei. A construtora teve três empreendimentos embargadas no Parque Jambeiro por falta de obras de infraestrutura para o trânsito e escoamento de água da chuva. Para suspender os embargos, a empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo a investir R$ 15 milhões para resolver o problema.
Os integrantes da comissão também questionaram o vice-presidente da Goldfarb sobre a ligação da construtora com Washington Deneno, sócio de Ricardo Candia, ex-diretor do Controle Urbano da Prefeitura de Campinas, em uma empresa imobiliária. A CPI da Corrupção afirma que Deneno se apresentava como diretor da Goldfarb, informação negada por Petrin. "Ele é apenas um prestador de serviços de corretagem e faz a intermediação na venda de terrenos", rebateu o representante da construtora.
O presidente da CPI, Artur Orsi (PSDB), também pediu explicações a Petrin sobre os estudos de viabilidade para a construção dos empreendimentos no Parque Jambeiro, que, segundo o MP, apresentam diversas irregularidades. O vice-presidente da Goldfarb defende que "todos os estudos técnicos mostravam que o empreendimento era viável".

Reunião

A Goldfarb também se reúne na tarde desta quarta-feira com o Procon para definir um acordo que apresente soluções imediatas em relação aos benefícios que devem ser oferecidos aos compradores de apartamentos da construtora.
As outras empresas que tiveram empreendimentos embargadas não foram notificadas para participarem da reunião com o órgão de defesa do consumidor.
Entrega dos TACs
A Prefeitura de Campinas deve entregar ao Ministério Público na tarde desta quarta-feira o TAC assinado pelas construtoras GoldFarb, MRV e Sol Panamby. O encontro entre o promotor Valcir Kobory e os representantes da prefeitura está marcado para às 16h. As liberações das obras embargadas só devem acontecer após um parecer do MP e não há prazo para isso.
Saiba mais

CPI

A CPI da Corrupção foi instaurada no início de setembro para analisar contratos públicos suspeitos de irregularidades com empresas como a Sanasa, o Instituto Cidade e a Emdec, além das denúncias das antenas irregulares e de empreendimentos imobiliários em Campinas. A comissão também pretende rastrear e devolver aos cofres públicos o dinheiro que teria sido desviado pela corrupção na cidade.
O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias, que pode ser prorrogado por mais 30. Fazem parte da comissão os vereadores Artur Orsi (PSDB), Miguel Arcanjo (PSC), Sebastião dos Santos (PMDB), Campos Filho (DEM), Élcio Batista (PSB), o Politizador (PMN) e Cidão Santos.

CONTRATOS NOVOS DE ALUGUEL SOBEM 17,6%

Variação acumulada nos 12 meses terminados no mês passado em São Paulo volta a se aproximar do recorde.
Para os contratos em andamento, reajustados pelo IGP-M, o acréscimo será bem menor, de 7,5%
Os contratos novos de locação residencial assinados na capital paulista tiveram aumento médio de 17,55% nos últimos 12 meses terminados em setembro, de acordo com os dados adiantados pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo para a Folha. A variação voltou a ficar próxima do recorde registrado em julho (18,14%), considerando a série histórica da entidade, iniciada em janeiro de 2006.
Para os contratos em andamento com aniversário em setembro corrigidos pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a alta será bem menor (7,46%).
"A tendência é voltar a ter um equilíbrio", afirma Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, sobre o descasamento entre os dois indicadores na cidade.
"Esse descompasso ocorre porque a procura de moradias para locação é maior do que a oferta em determinadas regiões", acrescenta. Em setembro, o aluguel para os contratos novos subiu, na média, 2,1% em relação ao mês anterior, sendo puxado pelas moradias de um dormitório (2,5%).

NEGOCIAÇÃO
O inquilino que conserva o imóvel e paga em dia, no entanto, pode tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato, ressalta Crestana.
Casas e sobrados foram locados mais rapidamente, levando de 13 a 30 dias, ante um período de 20 a 40 dias para os apartamentos. No mês passado, o tipo de garantia mais usado foi o fiador (48%), à frente do depósito de até três meses de aluguel (31,5%) e do seguro-fiança (20,5%).
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo que faz parte da Poli/USP (Universidade de São Paulo), não é possível fazer uma relação com a desaceleração do preço dos imóveis novos na capital.
"Não há uma estrutura mercadológica definida", pondera, com os investidores ainda tendo uma participação pequena no nicho residencial. Para imóveis comerciais, explica, os investidores tendem a precificar o valor do bem em função do aluguel que podem alcançar.

CLIENTE QUE RECEBER IMÓVEL COM MAIS DE 6 MESES DE ATRASO TERÁ DE SER INDENIZADO

Acordo firmado entre Secovi e Ministério Público prevê multa à incorporadora de 2% do valor pago, mais 0,5% a cada mês de espera
Atrasar a entrega de um imóvel em mais de seis meses renderá multa mínima de 2% sobre o valor já pago pelo comprador à incorporadora da obra. Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e o Sindicato da Habitação do Estado (Secovi-SP) ainda prevê mais 0,5% de multa a cada mês de espera. As novas regras valerão para contratos assinados a partir de 26 de novembro.
O TAC determina que o dinheiro seja devolvido, na forma de desconto, em um prazo máximo de 90 dias após a entrega das chaves ou assinatura da escritura definitiva. As empresas ainda devem avisar, com quatro meses de antecedência, sobre problemas no andamento das obras, para que os compradores possam se programar.
O acordo foi assinado com representantes da sede paulista do Secovi, que reúne 4.500 incorporadoras no Estado, mas, no entendimento do MPE, deverá ser válido em todo o País, já que a Promotoria de Justiça do Consumidor, responsável pelo TAC, tem abrangência nacional.
Segundo o promotor Roberto Senise Lisboa, a multa de 2% tem caráter compensatório. "A intenção é compensar o consumidor que não pôde mudar no período estimado e teve de morar na casa da sogra ou alugar um apartamento, por exemplo. Até agora, essa situação não era prevista nos contratos e, por isso, o comprador não tinha um mecanismo para defender seus interesses."
A imposição de uma penalidade, de acordo com Lisboa, ainda preenche uma lacuna na legislação. "Os contratos mencionam o prazo de tolerância, que já é de seis meses, mas não informam o que acontece depois. Por causa disso, muitos consumidores que se sentem prejudicados buscam o respaldo da Justiça, mas essas ações demoram anos e nem sempre a indenização é alcançada."
A definição de uma multa padrão é considerada um avanço pela Promotoria. "Ela servirá de base para qualquer contrato. O porcentual estabelecido, de 2%, foi negociado com o sindicato. É claro que não existe um parâmetro que seja 100% equivalente, mas esse é o valor que o consumidor paga se atrasa o seu pagamento. Por isso, fizemos a regra inversa", explica o promotor.
Qualidade. Para o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o acordo servirá para regular o mercado e oferecer aos consumidores um padrão de qualidade. "Estabelece um padrão transparente para todas as partes. Com ele, o consumidor conhecerá quais são os parâmetros considerados bons para o mercado. Ele saberá se a incorporadora se compromete ou não a pagar multa, por exemplo. Assim, poderá escolher melhor as garantias de seu negócio."
Crestana ressalta, no entanto, que o TAC não tem caráter de lei. "O Ministério Público não legisla, por isso as empresas podem contestá-lo. Mas, normalmente, quando fazemos um movimento desse tipo, a adesão ocorre."
Na prática, tanto o Secovi quanto o MPE esperam que a medida tenha como consequência um maior comprometimento das empresas na entrega das obras no prazo estimado. Nos últimos oito anos, segundo o sindicato, o volume de empreendimentos no Brasil aumentou cerca de 25 vezes. O crescimento provocou diversos problemas para o consumidor e também para as construtoras, que tiveram dificuldades em contratar mão de obra, comprar material e, claro, cumprir prazos.
"Para se ter uma ideia, em 2002 o volume de financiamentos de imóveis no País era de R$ 4 bilhões. No ano passado, esse total chegou a R$ 100 bilhões. O mercado está se adaptando a todas essas mudanças. Nenhuma empresa faz obra para atrasar. O atraso é terrível para o comprador, que não vai ter onde morar, e muito ruim para a empresa, que continua pagando juros", afirma Crestana.
Para o advogado Marcelo Tapai, especialista em Direito Imobiliário e ex-juiz conciliador do Juizado Especial Cível da capital, o TAC "é um estímulo ao atraso na entrega do imóvel". Isso porque, para ele, as construtoras não terão prejuízos ao cumprirem os termos acordados com o Ministério Público.
Ele explica que contratos de venda de imóveis na planta têm parcelas corrigidas pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), cujo reajuste mensal supera 0,8%. "Essa multa deveria ser calculada pelo valor total do imóvel, não pelo valor já pago, assim como ocorre com INCC."

VICE DA GOLDFARB NEGA IRREGULARIDADES

Paulo Petrin durante depoimento
O vice-presidente da Goldfarb, Paulo Petrin, disse na manhã de ontem, em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Corrupção na Câmara de Campinas, que a empresa não tem responsabilidade na aprovação de projetos para a construção de empreendimentos imobiliários que não contemplam as exigências previstas em lei federal em relação às obras de infraestrutura. “A empresa faz aquilo que o poder público exige”, justificou.
Três empreendimentos da Goldfarb no Parque Jambeiro foram embargados por falta de obras de infraestrutura que serviriam de contrapartida ao impacto causado pelas obras e por suspeitas de irregularidades na liberação de alvarás. O embargo foi feito pela Prefeitura de Campinas.
O vereador Artur Orsi (PSDB), presidente da CPI, disse que há indícios de facilitação na aprovação de projetos da empresa. “Em documentos, consta aprovação em prazo de apenas uma semana”, afirma Orsi.
Para esclarecer a rapidez na aprovação de projetos pela prefeitura, a CPI também convocará para prestar depoimento o ex-diretor do Controle Urbano da prefeitura Ricardo Candia. A CPI ainda não definiu a data para seu depoimento.
Com camisetas que estampavam frases de protesto ao atraso de um ano na entrega dos empreendimentos do Parque Jambeiro, o casal Dan Godoy, 32, e Cristiane de Oliveira Barros, 30, que comprou um dos imóveis, sugere que o MP dê prioridade à análise do caso e autorize a retomada das obras o mais rádido possível. Ontem, o casal acompanhou o depoimento do vice-presidente da Goldfarb à CPI da Corrupção, na Câmara de Campinas.

TAC

Luis Yabiku, antes de pedir exoneração do cargo de Secretário de Urbanismo, entregou ontem um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ao promotor Valcir Kobori, com o intuito de desembargar obras da Goldfarb e de outras construtoras no Jambeiro. No documento, ele destaca o que as construtoras GoldFarb, MRV e Sol Panamby terão de fazer nas obras. O MP informou que vai estudar o TAC antes de se pronunciar.

O Procon encaminhou ao vice-presidente da Goldfarb, Paulo Petrin, o TAC contemplando os itens apontados pelo órgão e que ferem os direitos dos consumidores. Petrin disse que o documento será estudado, mas que tudo será feito para que o TAC seja cumprido.

CUIDADOS NA HORA DE COMPRAR IMÓVEL GARANTE BOA DECISÃO DE COMPRA

Profissionais do mercado imobiliário ajudam consumidor a evitar transtornos, atitude que requer paciência e atenção.
A carioca Rafaela Prado, de 29 anos, vive uma série de transtornos desde que comprou, há um ano, o apartamento onde mora no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com direito a garagem segundo a escritura do imóvel, ela tem de estacionar seu automóvel na rua: "Ao me mudar, descobri que a vaga não existe. E meu carro não tem seguro". Dezoito das 40 unidades do empreendimento têm previsão de garagem, mas há espaço para apenas cinco veículos.
Antes de fechar o negócio, Rafaela alega ter sido informada pela antiga proprietária de que o condomínio arcaria com as despesas de um estacionamento particular caso necessário.
"Confirmei com a síndica, mas, até me mudar, ela saiu. E o atual síndico diz que isso não é problema do edifício." Sem sucesso, agora ela pretende recorrer à Justiça. "Se soubesse de tudo, não compraria pelo valor que paguei", confessa a carioca, que é jornalista.
Ela ainda tem de contribuir para o pagamento de uma reforma estrutural do prédio avaliada em cerca de R$ 40 mil. "Disseram que o condomínio era baratinho, mas estou pagando uma cota extra de quase R$ 400." Rafaela também não sabia do problema quando adquiriu o imóvel.
Com mais cuidados, a jovem poderia ter evitado tantos aborrecimentos. "A pessoa não pode se precipitar. Se ela vai fazer um investimento que se presume ser o da sua vida, não dá para comprar por impulso", diz Antonio Lopes, diretor comercial da empresa avaliadora de bens Hilco Appraisal. Antes da aquisição, ele recomenda visitar o imóvel em diferentes dias e condições. "É importante também conversar com moradores (para saber mais sobre a situação do edifício), estudar a vizinhança", diz.
Para a diretora comercial da imobiliária Lello , Roseli Hernandes, o comprador deve ter claras as necessidades pessoais na avaliação prévia. Levar em conta a localização e o perfil do imóvel, as comodidades do condomínio e até a empatia com os ambientes da edificação são essenciais, segundo ela. Roseli ainda recomenda que o consumidor procure auxílio de corretores. "O assunto venda é delicado e exige profissionalização."
Empresas que oferecem crédito imobiliário também podem ajudar. Antes da aprovação do financiamento, elas estudam a condição dos compradores, dos vendedores e do imóvel. "A avaliação completa do imóvel segue uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e decide se ele tem condições de habitabilidade", diz o diretor de operações da Credipronto, Bruno Gama. O laudo é dado após visita técnica na unidade em transação entre as partes.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, considera importante o cuidado com a documentação. "Que m vai comprar um imóvel deve tirar certidões cíveis e criminais em âmbitos estadual e federal." Para ele, a análise deve ser feita tanto para o vendedor quanto para o imóvel. "A intermediação é repleta de detalhes com grande complexidade."

IMÓVEIS COMPACTOS APOSTAM EM FUNCIONALIDADE E SOFISTICAÇÃO

Apartamentos pequenos ganham a preferência dos moradores que trocam espaço de sobra pela comodidade de morar perto do trabalho
São Paulo - Em grandes centros como São Paulo, passar horas no trânsito no trajeto de casa para o trabalho costuma ser comum. De olho no público que deseja livra-se do stress e das horas perdidas, as construturas vêm lançando cada vez mais apartamentos de pequeno porte, muitas vezes limitados a 35m².
"O morador que procura um apartamento com essa tipologia procura estar em um lugar central, onde possa ter acesso a uma gama de serviços e restaurantes", diz Ricardo Grimone, diretor de incorporação da Even. "O empreendimento também deve oferecer uma área de lazer muito completa para compensar a falta de espaço em casa", completa.
Tanta comodidade tem preço. De um lado, a construção de inúmeras áreas de uso comum, como lavanderia, piscina, espaço gourmet, brinquedoteca e academia, ele va o preço do metro quadrado para as alturas. Além disso, como a demanda por estes imóveis costuma ser alta - já que o preço do aluguel é acessível a mais compradores quando comparado com o valor cobrado por apartamentos maiores - a valorização sofrida ao longo do tempo também é expressiva.
Segundo o índice FipeZap, imóveis de apenas um dormitório em São Paulo ficaram 128% mais caros de janeiro de 2008 a setembro deste ano, o maior aumento registrado entre todos os segmentos. No mesmo período, os apartamentos com quatro ou mais quartos subiram 81%.
Confira no programa Imóveis em 360 graus como são e o que oferecem os apartamentos compactos que vêm conquistando o público paulistano

MEMBRO DO SECOVI ALERTA PARA OS RISCOS DE UMA "EUFORIA" NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Romeu Chap Chap, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP e da Romeu Chap Chap Desenvolvimento e Consultoria Imobiliária.
De janeiro a julho deste ano, a venda e os lançamentos de imóveis novos na cidade de São Paulo registraram, respectivamente, queda de quase 20% e 14%, em relação a igual período de 2010.
Os números não devem impressionar. Até porque o desempenho do mercado imobiliário no ano passado foi extraordinário. O nível de comercialização situou-se muito acima do que se pode considerar como um ritmo saudável e sustentável.
Portanto, a redução foi, digamos assim, providencial, para que não corrêssemos os riscos de uma euforia exagerada. Riscos esses que já se faziam perceber num movimento especulativo por parte de particulares, inflacionando os preços de terrenos e, naturalmente, o preço médio do metro quadrado construído. Um movimento que acertaria de cheio os investidores animados pela possibilidade de uma alta continuada.
A diminuição vem devolver o bom senso que deve predominar no setor, até em razão do longo prazo que caracteriza sua operação. Mas isso não significa um desaquecimento. Nada de achar que os preços vão desabar, que é bom esperar para comprar na "bacia das almas".
O mercado imobiliário ainda vive o bom momento, iniciado com a retomada do crescimento pós-crise de 2008 e o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), medida anticíclica adotada pelo governo federal que conferiu impulso e dinamismo às atividades da área.
O segmento residencial é o grande responsável pelo forte crescimento experimentado nos últimos anos, após o susto da crise financeira internacional que abalou importantes países. Isso se tem refletido nos números do setor, que se converteu num dos mais fortes segmentos da economia nacional.
Todos reconhecem que a mola propulsora desse crescimento tem sido o crédito imobiliário. De janeiro a julho deste ano, o volume de financiamentos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu um recorde de R$ 43,6 bilhões - um crescimento de 51% em comparação com os primeiros sete meses de 2010.
Se esses números recordes são expressivos, também são expressivas: a alta dos valores dos terrenos, que tem dificultado a viabilização de alguns empreendimentos; a alta dos custos da construção, que tem diminuído as margens dos negócios; e até a dificuldade de entrega dos projetos, em especial do MCMV, por conta de atrasos em obras e mesmo problemas em repasses de contratos da Caixa Econômica Federal.
Esse é o cenário que assistimos, e com grande preocupação. Tais movimentos terminam por revelar os perigos inerentes a um mercado superaquecido e nos chamam à responsabilidade de conter a impetuosidade do mercado, em prol de um desenvolvimento mais continuado.
A responsabilidade é ainda maior ao considerarmos o atual ambiente da economia mundial, sacudida por outra crise, provavelmente ainda mais séria, posto que de países, e não de mercados.
Para o setor imobiliário, a conclusão é óbvia: não é possível imaginar que vamos continuar nadando de braçadas num mar de tranquilidade. Pelo contrário. Temos ondas enormes chegando, e as correntezas são tantas que é impossível adivinhar para onde elas podem nos levar.
A globalização, que por um lado aproxima os países, deixa-os extremamente dependentes e, como um grande castelo de cartas, expõe todos a um risco permanente.
Ao olharmos para os estragos causados nos mercados europeus e americano, devemos tomar lições dos abalos que foram sentidos naqueles países para não incorrer nos mesmos erros, até por interpretar indevidamente os sinais do setor imobiliário nacional.
O momento é muito bom e todos querem que assim continue. Por isso, não podemos deixar que a euforia nos tolde a visão.
A diminuição ora verificada no comportamento do mercado de imóveis vem devolver o bom senso que o setor exige. Sabedoria é isso: observar, conhecer, pesquisar, interpretar e ajustar. Vamos seguir devagar e sempre. É o melhor a fazer.

PREFEITURA E GODFARB FIRMAM TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

A Administração Municipal e a empreiteira PDG/Gooldfarb firmaram nesta sexta-feira, dia 7 de outubro, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que contempla um conjunto de obras de melhorias, como implantação de sistemas viários e de drenagem águas pluviais, no entorno de empreendimentos habitacionais embargados na região Sul da cidade.

No final da tarde, o prefeito Demétrio Vilagra e uma equipe de secretários municipais, que conduziram a elaboração dos projetos das obras de melhorias, se reuniram com uma comissão de mutuários de unidades habitacionais nos empreendimentos PDG/Goldfarb, PDG/Gold China e PDG/Gold Espírito Santo embargados. O encontro foi realizado na Sala Azul, no 4º andar do Paço Municipal.

Durante o encontro, o prefeito destacou o trabalho “intenso e dedicado” efetuado pela equipe que preparou o documento, e agradeceu a paciência e voto de confiança que os compradores dos imóveis deram à Prefeitura. “Estamos neste momento cumprindo uma das principais medidas que anunciamos assim que assumimos o governo”, destacou Vilagra.

De acordo com o prefeito, o TAC será encaminhado para apreciação do Ministério Público (MP) entre os dias 17 e 21 deste mês. O documento será entregue pela equipe de secretários e representantes dos compradores dos imóveis. Com a aprovação pelo MP, os empreendimentos serão imediatamente desembargados.

Obras

De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Alair Godoy, esses empreendimentos englobam 2.478 unidades habitacionais. O custo das obras previstas no TAC - que deverão ser realizadas pela construtora responsável em conjunto com as dos empreendimentos - é da ordem de R$ 14,5 milhões.

Como garantia de que as obras de contribuição de melhorias serão realizadas conforme cronograma contido no TAC, a empreendedora deu como caução uma área que possui na região Noroeste da cidade. O local foi devidamente vistoriado por técnicos da Administração Municipal.

Além da implantação dos sistemas viário e de drenagem de águas pluviais, a empreiteira terá que fazer, em conjunto com outras construtoras que têm empreendimentos em execução na região, obras na área de saúde, educação e de lazer, entre outras previstas no termo.

Outros termos

O prefeito anunciou que nesta segunda-feira, dia 10, serão assinados os TACs com as empreendedoras MRV e Sol Panamby. A construtora Rossi, que tem empreendimentos habitacionais em construção, mas totalmente regularizados, naquela área, também firmará um documento semelhante com a Administração Municipal.

No total estão em construção na região Sul por estas empresas 10.175 unidades habitacionais e os TACs somam R$ 52,8 milhões.

Procon instaura processo administrativo

O Procon Campinas instaurou três processos administrativos na tarde desta sexta-feira, dia 7 de outubro, contra as construtoras PDG/Goldfarb, PDG/Gold China e PDG/Gold Espírito Santo.

Segundo a diretora do órgão de defesa do consumidor, Viviane Carvalho de Moura Belmont, agora as empresas têm 10 dias corridos a partir desta segunda-feira (10) para se defenderem ou manifestarem interesse em firmar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que contemplará as questões do consumidor.

“Este TAC com o Procon será diferente e independente daquele que a PDG/Goldfarb firmou com a Prefeitura, e que contempla as contrapartidas em forma de infraestrutura exigidas pela Administração”, explica Viviane.

Os processos administrativos abertos contra a PDG/Gold Espírito Santo e PDG/Gold China questionam a publicidade enganosa, já que as construtoras utilizaram o nome da Caixa Econômica Federal e o Programa Minha Casa, Minha Vida, para comercializar as unidades.

O terceiro processo contra a PDG/Gold Espírito Santo e PDG/Gold China questiona as cláusulas abusivas dos contratos comercializados. “São contratos muito confusos na visão do Procon”, diz a diretora.

PREÇOS DE ALUGUÉIS DE IMÓVEIS VÃO ÀS ALTURAS

Preço médio geral de locação subiu 20% no 1° trimestre deste ano, atrelado à alta no valor das vendas
Placas de aluga-se em casa de Campinas: áreas do Cambuí, Parque Prado, Taquaral são algumas das regiões que têm as locações de imóveis mais caras na cidade
O preço médio geral do metro quadrado das casas e apartamentos vendidos em Campinas e em outras 35 cidades do Estado subiu 20,7% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado e isso fez os valores dos aluguéis seguirem o mesmo caminho.
O cenário gera uma retração no mercado e dificulta as negociações, de acordo com o levantamento realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).
“Os proprietários de imóveis inflacionaram os valores dos aluguéis, mais do que o normal. Em Campinas as áreas do Cambuí, Parque Prado, Taquaral, são algumas das regiões mais caras.
Um imóvel simples de dois quartos, nesses bairros, por exemplo, pode ser encontrado entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Um valor bem alto”, afirmou a delegada da subregional do Creci-SP de Campinas, Sandra Catarina Plaza.
De acordo com o levantamento, o aumento dos preços dos imóveis usados e dos aluguéis no Estado é ainda maior quando se comparam o primeiro semestre deste ano, com o de 2009 — um percentual de 78,78%.
“Os preços dos imóveis sejam novos ou usados estão muito altos. Essa supervalorização faz com que diminua o número de pessoas que tem condições financeiras para pagar esses valores e isso gera queda nas vendas e locações”, afirmou o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.
A supervalorização dos preços dos imóveis, gerou outra consequência ao mercado imobiliário. A venda de casas e apartamentos usados nas 36 cidades do Estado caíram 21,19% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2010 foram vendidos 7.051 unidades, contra 5.557 neste ano.
O número de imóveis alugados também teve queda de 14,53% passando de 21.014 no ano passado, para 17.960 no primeiro semestre deste ano. Com isso reverteu-se o movimento de alta registrado no ano passado, quando vendas e locação haviam crescido 16,47% e 15,50%, respectivamente, em relação ao primeiro semestre de 2009.
“Com uma quantidade menor de pessoas com condições para pagar esses valores, faltam imóveis disponíveis. Quem está pagando um preço justo não quer sair do imóvel, e quem está procurando não encontra devido aos altos valores. É uma crise nacional, os preços subiram em todo o País. Os proprietários está aproveitando a falta de imóveis e aumentando os valores”, disse Viana Neto.
Sandra afirma que os proprietários estão usando critérios um pouco aleatórios para explicar o aumento dos preços. “É preciso haver uma consciência, e analisar toda a situação e principalmente o momento atual do mercado. Não é muito vantajoso cobrar alto e o imóvel ficar fechado por muito tempo. Campinas vive uma fase de insegurança, com várias obras embargadas e fuga de recursos”, disse a delegada do Creci-SP na cidade.
Solução:
Uma das soluções apontadas pelo Creci para tentar resolver essa situação é uma iniciativa do governo de desoneração fiscal para os investidores que quiserem comprar áreas e imóveis para locação.
“Seria prudente se o governo liberasse mais verbas do programa Minha Casa, Minha Vida até como medida contracíclica à ameaça de eventual recessão, e para que o emprego se mantenha em expansão ou não recue. E certamente grande parte desse dinheiro seria destinado ao mercado de imóveis pelas famílias que ainda não tem a casa própria ou que precisam alugar um outro imóvel”, disse Viana Neto.
Uma outra solução para tentar conter o aumento dos preços é a inclusão dos imóveis usados em grande escala no programa Minha Casa, Minha Vida.
“Seria mais fácil, rápido e econômico estimular a reocupação das moradias vagas nas cidades, do que investir milhões de verbas públicas em programas habitacionais que, sobretudo em São Paulo, não avançam porque faltam terrenos e porque o limite do preço do imóvel adequado a esses programas é incompatível com o valor da construção”, afirmou o presidente.

REFORMA PARA ATUALIZAR PLANTA VALORIZA BEM USADO EM ATÉ 30%

Mudanças nos espaços devem ser feitas apenas com orientação de engenheiro ou arquiteto
Contratação de profissional registrado pelo Crea custa entre 10% e 15% do valor total gasto na obra
SEM DOR DE CABEÇA Do projeto à contratação do pessoal, a dona de casa Sandra Tangi, 54, delegou quase todas as obrigações ao arquiteto. "Ficará mais rápido", diz

Quartos grandes demais e poucos cômodos e banheiros são características comuns em unidades com mais de dez anos. Alterar a planta do imóvel a fim de adequá-lo ao uso contemporâneo é uma forma de valorizá-lo.
"Uma reforma que atualize a planta valoriza em até 30% o preço do bem", diz Fernando Sita, diretor da imobiliária Coelho da Fonseca.
Ampliar a área comum, criar um "closet" e transformar um quarto em suíte são algumas das obras desejáveis para que o usado esteja no páreo de unidades novas.
Contudo, as mudanças exigem um olhar técnico. Reformas como mudança de parede e aumento de área construída precisam de acompanhamento de profissional registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
O profissional habilitado pode também assessorar na alteração da planta e no pedido de autorização de obra à prefeitura.
Os profissionais cobram entre 10% e 15% do valor total da reforma para acompanhar a compra de materiais e a execução da obra.
O custo, por vezes considerado alto, e a falta de informação levam muitos a não procurar ajuda profissional.

INEXPERIÊNCIA A vontade de fazer uma suíte em seu quarto foi o estopim para que o consultor Nilson Redis, 47, decidisse reformar sua casa no Campo Belo (zona sul de São Paulo).
O banheiro construído apenas com orientação do pedreiro causou infiltrações que atingiram o novo cômodo e as paredes do quarto.
Além de exigência legal, a contratação de arquiteto ou engenheiro responsável garante o melhor aproveitamento do espaço e do material de construção, defende a arquiteta Denise Guarezzi.
Para resolver os problemas de infiltração e de falta de ventilação no banheiro, Redis pediu auxílio técnico.
O novo projeto, conduzido por arquiteto, reconfigurou a casa, transformando os quartos em suítes e criando um novo cômodo. O valor gasto com a primeira reforma do banheiro representa 40% do orçamento da atual obra.

SETOR IMOBILIÁRIO É ALVO DE PARCERIAS DO PÃO DE AÇÚCAR

Até 30% das novas lojas do grupo serão unidas a torres residenciais ou comerciais
Varejista tem 1,5 mi de metros quadrados em terrenos com potencial de construção, sendo mais de 60% em SP
Dono de 1,5 milhão de metros quadrados em terrenos com potencial de construção no país -o equivalente a 150 quarteirões-, o Grupo Pão de Açúcar investe em parcerias no mercado imobiliário.
Mais de 60% dessa área total está na capital paulista, que já vive um apagão de terrenos comerciais amplos em endereços nobres, e na Grande São Paulo.
Para fazer esse patrimônio render, a varejista investe em empreendimentos mistos, com torres residenciais e comerciais perto das suas lojas.
O plano é que de 20% a 30% das unidades da companhia abertas a partir de 2012 no ramo de alimentação - bandeiras Pão de Açúcar, Extra, Assaí- sigam esse modelo. O grupo tem ainda as marcas Casas Bahia e Ponto Frio.
A companhia, que está presente em 19 Estados e no Distrito Federal, estuda 25 projetos nas capitais de pelo menos sete Estados, incluindo Rio de Janeiro, Mato Grosso e Ceará, além de São Paulo.
Na quinta-feira passada, foi anunciado, em parceria com a Cyrela, um empreendimento na zona oeste da capital paulista com uma torre residencial com 397 apartamentos, uma comercial com 575 salas e uma loja da varejista com bandeira ainda a definir.
E há mais dois projetos, um em Guarulhos e outro em Santo André, sendo analisados pelas prefeituras.
O Valor Geral de Vendas estimado no empreendimento que será construído pela Cyrela em São Paulo gira em torno de R$ 570 milhões, de acordo com a construtora, sendo R$ 120 milhões pertencentes ao Pão de Açúcar.
A varejista entra com o terreno -de 13 mil metros quadrados no caso citado- e com a loja do grupo. Todo o investimento restante cabe à construtora parceira. Nesse projeto específico, a Cyrela calcula aplicar entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões.
DESENVOL VER O VAREJO
A estratégia do Pão de Açúcar no segmento de imóveis, no entanto, não significa que a empresa pretenda mudar de ramo, afirma Caio Mattar, presidente-executivo da GPA Malls & Properties, braço imobiliário do grupo.
"Nossa intenção é otimizar nossos ativos, mas sempre com objetivo de desenvolver o varejo, que é o negócio da empresa", diz o executivo.
"A loja do grupo é uma âncora para a valorização de áreas. Ao mesmo tempo, o restante do terreno é aproveitado para favorecer a região e o próprio fluxo para a loja."
Em 2006, o Pão de Açúcar fez uma parceria considerada "piloto" com a construtora Halna no bairro Jaguaré, também zona oeste de SP.
Do terreno de 76 mil metros quadrados, a loja do grupo, inaugurada em 2002 e da bandeira Extra, ocupa 40 mil. O restante foi aproveitado para a construção de seis torres residenciais, com 390 apartamentos entregues em 2009.

LOJA VIRTUAL COMERCIALIZA PRODUTOS SUSTENTÁVEIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

São mais de 3 mil itens que pretendem reduzir o impacto ambiental e promover o desenvolvimento social
O portal Greenvana criou uma nova plataforma que alia sustentabilidade à construção civil. A loja virtual Greenforma vende materiais sustentáveis para construir e reformar e entrega para maior parte do território nacional.
O site contará com mais de três mil itens de materiais para construção, reforma e soluções de eficiência hídrica e energética, que possuam preocupação de reduzir seu impacto ambiental e promover o desenvolvimento social.
Produtos de diferentes atuações com foco em sustentabilidade são o foco do portal. Mais de cem empresas como Osram, Roca, Deca, Eliane e Amanco, e aquelas especializadas em soluções sustentáveis, já são fornecedores do Greenforma. Os produtos e serviços também se caracterizam por reduzirem o consumo de energia e atenderem a uma demanda crescente da legislação por empreendimentos mais limpos.
Todos os itens disponíveis no site deverão responder a, pelo menos, um de 17 critérios próprios criados pelo Greenvana para serem qualificados como sustentáveis. Alguns dos itens avaliados são relacionados a toxidade e emissão de COV (Composto Orgânico Volátil), durabilidade e redução nas emissões de CO2.
"A construção civil é um dos maiores responsáveis por uma série de impactos ambientais importantes, como desmatamento e emissão de gases causadores do efeito estufa. Neste sentido, torna-se fundamental oferecer eficiência e produtos com menor pressão sobre os equilíbrios ambiental e social. Nosso objetivo é oferecer todo tipo de solução para reforma e construção de espaços comerciais e residenciais que de, alguma maneira, reduzam o impacto ambiental e social", afirma Viviane Cunha, diretora técnica do Greenvana Greenforma.
Além da variedade de materiais, da comodidade de uma plataforma online e da abrangência nacional, o Greenvana Greenforma também oferece facilidades de financiamento através do seu sócio, o Banco Santander. Para empresas, as compras de produtos, equipamentos, máquinas e a elaboração de projetos que sigam padrões de construção sustentável podem ser financiadas em até 60 meses através de programas como o CDC Sustentável e Capital de Giro Sustentável. Uma outra opção oferecida para consumidores (pessoa física) é o Construção Fácil, linha de financiamento imobiliário voltada à construção ou término da construção de imóveis residenciais que pode ser contratada em qualquer agência do banco e que atende a mais de 1.190 cidades em todo o Brasil.

CORRETOR DE IMÓVEL PODE TER ISENÇÃO DE IPI NA COMPRA DE VEÍCULO

Se aprovada, MP reduzirá custo de automóvel quando aquisição for feita para o exercício da profissão

Imovelweb

A Medida Provisória 540/2011 já recebeu 242 emendas

Os filiados aos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci's) que destinem seus veículos ao exercício da profissão poderão ter isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis. É o que estabelece a emenda aditiva feita pelo deputado federal Luiz Pitiman à MP 540/2011, em pauta na Câmara dos Deputados.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi/DF), Carlos Hiram Bentes David, a aprovação da proposta será uma conquista excepcional para os corretores que utilizam o automóvel como instrumento de trabalho. "Vislumbramos, a cada dia, um crescimento no número de corretores tanto no Brasil, como no DF. De acordo com o Creci, atualmente, existem no Distrito Federal 17.500 corretores inscritos, 12.500 em atividade. Já estamos em segundo lugar no mercado imobiliário do país, onde somos mais de 300 mil", completa Hiram.

A matéria ainda não foi apreciada em face da transformação da Sessão Plenária em Comissão Geral para debater a Regulamentação da Emenda Constitucional nº 29/00, mas já está sobrestando a pauta desde o último dia 17/09.

A Medida Provisória 540/2011, que institui o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - REINTEGRA, dispõe sobre a redução de IPI a indústria automotiva e altera a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas que menciona. No total, a MP recebeu 242 emendas.

AMPLIE SEUS NEGÓCIOS NO MAIOR EVENTO DO MERCADO IMOBILIÁRIO MUNDIAL !

O Brasil é o grande destaque do mercado imobiliário mundial. Para o corretor de imóveis brasileiro, o evento Realtors Conference & Expo, promovido pela NAR é uma porta de entrada para conhecer novos mercados e profissionais, possibilitando ao corretor maior atuação global. Participe deste encontro que terá uma programação exclusiva para os corretores brasileiros.
SAIBA MAIS SOBRE O EVENTO:
O Realtors Conference & Expo é promovido pela National Association of Realtor (NAR), considerada a maior associação de corretores de imóveis do mundo. O encontro ocorrerá entre os dias 11 a 14 de novembro, no Anaheim Convention Center, em Anaheim, Estado da Califórnia (USA). Reunindo grandes players do mercado imobiliário internacional, os participantes poderão, durante quatro dias, participar de debates sobre o setor, palestras motivacionais e um pacote de atividades para qualificar o corretor de imóveis.
VANTAGENS PARA O CORRETOR BRASILEIRO:

Palestrantes internacionais:
Empresários de renome como Jack Canfield, co-autor da série de livros motivacionais, "Chicken Soup for the Soul" e Willian Taylor, co-fundador da Revista Fast Company, apresentarão os diferentes princípios de sucesso, através de meios práticos para melhor competir e inovar.

Programação especial:
A comitiva brasileira de corretores de imóveis terá uma programação específica que iniciará no dia 09 de novembro, com visita técnica, cursos e pacotes de viagem.

Confira a programação específica.

Curso exclusivo:
Os brasileiros terão a oportunidade de participar do curso "O negócio imobiliário americano", que apresentará informações acerca da transação imobiliária nos Estados Unidos.

PARA PARTICIPAR:

Para realizar a inscrição Full Pass Conference, os participantes devem acessar o site:

Agência Oficial: Rafas Tours e Operadora
Fone: 55 85 3261-3927
Email: contato@rafastours.com.br

Os interessados em fazer parte da comitiva brasileira podem entrar em contato através do email contato@taurusmarketing.com.br

OBS: Aqueles que ainda não tem visto poderão obter uma carta convite que os ajudarão no processo acessando a área "International Visitors" através do endereço www.realtor.org/conference

Aproveite a oportunidade para ampliar relacionamentos e gerar negócios.
Participe da Realtors Conference & Expo.

SAQUES DO FGTS PARA PAGAR CASA PRÓPRIA CRESCEM 57%

Aumento se refere ao valor resgatado no ano, até julho, ante o de 2008

Aquecimento do mercado imobiliário e "Minha Casa", lançado em 2009, impulsionaram saques

Os saques de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a compra da casa própria saltaram 57,2% no acumulado do ano até julho no confronto com igual período em 2008.
Entre os motivos, destaca José Maria Oliveira Leão, superintendente nacional do FGTS, estão o aquecimento do mercado imobiliário e o programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal em março de 2009 com o objetivo de reduzir o deficit habitacional no país.
Já na comparação com o mesmo período no ano passado, o aumento foi de 13%, segundo dados da Caixa Econômica Federal, agente operadora do fundo.
Na média, considerando todas as formas de saque autorizadas, os acréscimos foram de 23,4% e 11,0%, respectivamente, nesses períodos.
O dinheiro pode ser usado na compra do imóvel, para reduzir as prestações do financiamento, para amortizar o saldo devedor ou para liquidar o débito com o banco, mas é preciso ficar atento aos períodos de carência.
Quem já teve uma moradia financiada pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que engloba os empréstimos para a compra de unidades até R$ 500 mil, pode usar o FGTS para adquirir um segundo imóvel desde que não esteja na mesma localidade: município ou região metropolitana (se houver).

"POUPANÇA"
De acordo com Mario Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil, o trabalhador ainda não dá a devida atenção ao dinheiro depositado na sua conta "porque não o põe no bolso" todos os meses.
"É uma poupança compulsória, mas rende menos [do que a caderneta] e tem regras para o saque", resume.
Criado há 45 anos, em setembro de 1966, o fundo, inicialmente, tinha o objetivo apenas de garantir uma poupança ao trabalhador demitido sem justa causa.
Ao longo dos anos, foi passando por reformulações e, atualmente, pode ser sacado em 30 situações, como quando o trabalhador se aposenta, ao completar 70 anos ou por necessidade devido a doenças graves.
O trabalhador pode acompanhar o saldo da conta pela internet, pelo celular, em uma das agências da Caixa ou receber em casa o extrato dos lançamentos realizados.
"Não deixe para saber só quando for precisar [sacar]", aconselha Leão.
Avelino lembra ainda das empresas que não efetuam o depósito. Esse é mais um motivo para o trabalhador ficar atento ao saldo da sua conta.

RENDIMENTO
O dinheiro depositado todos os meses pelo empregador na conta do funcionário rende menos (3% ao ano mais TR) até do que aquele aplicado na caderneta de poupança (6,17% mais TR).
Não raramente, a variação é inferior à inflação, o que significa que o montante perde poder de compra ao longo do tempo.
Por isso, a dica de especialistas é que o dinheiro deve ser sacado na primeira oportunidade.

CONSTRUTORA DEVE DEVOLVER TODO O DINHEIRO A QUEM DESISTE DE IMÓVEL

TJ de São Paulo editou três sumulas que facilitam receber de volta o valor já pago mesmo quando contratos preveem retenções
Imóvel em construção: decisões do TJ-SP favorecem compradores

São Paulo - Súmula é um documento que reúne decisões reiteradas (adotadas com igual conclusão) sobre um mesmo assunto, conforme explica Marcelo Tapai, do Escritório Tapai Advogados. Ele comenta que "as súmulas servem para uniformizar o entendimento dos julgadores, e dar mais segurança para quem espera uma decisão judicial".

Tapai faz a introdução para dizer que, em função da repercussão do tema envolvendo desistência de compra de imóvel, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) editou três súmulas que, de acordo com o advogado, facilitam ao desistente receber de volta o valor pago pelo imóvel até a data da desistência.
Inadimplente tem igual direito - A primeira súmula, comenta o especialista em direito imobiliário, determina que o comprador do imóvel, mesmo inadimplente, pode pedir a rescisão do contrato e rever as quantias pagas. A segunda impõe que a devolução da quantia paga deve ser feita em uma única parcela, com correções. A terceira súmula deixa claro que, após devolver em juízo o que foi pago pelo comprador, a incorporadora não pode pedir qualquer indenização do consumidor no mesmo processo.

"Em geral, os contratos das principais incorporadoras do País contêm cláusulas que preveem a retenção de até 90% dos valores pagos, caso o comprador desista do negócio. Entretanto, tais cláusulas têm sido sistematicamente consideradas abusivas pela Justiça. O vendedor pode sim, fazer retenções, mas apenas de alguns gastos administrativos", alerta Tapai.

Casos favoráveis aos desistentes - "As multas cobradas pelas incorporadoras são consideradas abusivas, e os valores pagos são realizados em parcelas a perder de vista", afirma o advogado. Responsável por cerca de 350 ações contra as principais imobiliárias do País, Tapai vem colhendo decisões judiciais favoráveis, que consideram ilegais as retenções praticadas.

Um exemplo de decisão favorável é o de um comprador que desistiu do imóvel por ter desfeito o noivado. Até a desistência, já havia pago R$ 35 mil , e teria que desembolsar mais outros R$ 12 mil, em razão de taxas. "(A soma da retenção, mais as taxas) representava o equivalente a 20% do valor do imóvel, na ocasião - R$ 235 mil", comenta Tapai.

Outro exemplo positivo, citado pelo especialista, é o de um cliente que, pouco tempo após a compra, se viu obrigado a desistir do imóvel por ter perdido o emprego. "A incorporadora queria devolver o dinheiro já pago somente quando a obra ficasse pronta e o apartamento fosse vendido", relembra o advogado.
De acordo com Tapai, o que ocorre atualmente é que as construtoras pagam o valor da rescisão da forma como receberam do mutuário: em parcelas. "Com a decisão do TJ-SP, esse valor deverá ser devolvido com a correção monetária e os juros previstos em contrato", de acordo com o advogado.
Marcelo Tapai acredita que "a iniciativa do TJ-SP deve agilizar o número de processos existentes nas Cortes - a estimativa é de que haja quase 20 milhões de processos, e, conseqüentemente, obrigará mais transparência por parte das incorporadoras, na hora de oferecer um imóvel e realizar um contrato".

COM ESCASSEZ DE IMÓVEIS, NEGOCIAR RENOVAÇÃO DE ALUGUEL É A MELHOR OPÇÃO

SÃO PAULO - A escalada de preços dos aluguéis de novas residências na cidade de São Paulo ainda não dá sinais de arrefecimento. Por isso, pode ser um melhor negócio aceitar um reajuste igual ou superior ao Índice Geral dos Preços de Mercado (IGP-M) do período no vencimento do contrato de locação do que optar pela procura de novo imóvel.

"Se o locatário desistir de uma determinada locação e devolver o imóvel, vai ter dificuldades para encontrar outro com as mesmas características e preço", diz o gerente de locação do Secovi-SP, Hilton Pecorari Baptista. Para ele, "a demanda elevada e a pequena oferta têm pressionado os preços".

Ele explica que o IGP-M, normalmente usado no reajuste dos aluguéis, vem apresentando altas mais modestas nesse ano do que em 2010. Contudo, os preços das novas locações têm se expandido em ritmo bastante superior. Segundo a última pesquisa disponível do Secovi-SP, os valores tiveram aumento de 17% em agosto na comparação mesmo mês de 2010, ante um avanço de 8,36% do IGP-M em 12 meses até agosto. Em 12 meses até setembro, o IGP-M arrefece mais e fica em 7,46%.

O diretor do Secovi prevê ainda que o valor das locações deve continuar em alta até dezembro, embora em ritmo menos intenso do que o verificado ao longo deste ano.

Veja dicas para alugar um imóvel:

Risco de inadimplência

Baptista, do Secovi, ainda destaca que, do lado do locador, essa escalada de preços deve ser olhada com atenção. Se há chances de se obter maiores ganhos com um novo cliente, também existe a contrapartida da possibilidade de inadimplência. "Pode valer a pena repassar um valor menor e manter um inquilino que pague em dia", diz.

Para Mario Cerveira Filho, advogado especialista em direito imobiliário, a mudança da lei do inquilinato, em janeiro de 2010, é também um dos fatores do aquecimento do mercado imobiliário. "Antes, o inquilino poderia atrasar o pagamento duas vezes em 12 meses. Agora, só tem a chance de fazer isso uma vez a cada 24 meses", afirma.

Para ele, essa situação favorece as ações de despejo e desequilibra a relação entre inquilino e locador. Com isso, o proprietário pode fixar valores mais altos de aluguel caso mude o locatário.

A escassez de imóveis também aumenta a chance de os inquilinos aceitarem pesadas elevações de aluguel. Os dois casos, ressalta Cerveira, ajudam a inflacionar o mercado imobiliário.

CAIXA JÁ VÊ MODERAÇÃO NO CRESCIMENTO DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO PAÍS

WASHINGTON - O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda, afirmou que a alta dos preços de imóveis e do crédito imobiliário no Brasil já começaram a moderar, afastando o risco de criação de uma eventual bolha nesse mercado.

"O crescimento do crédito moderou, até porque as classes A, B e C têm um limite de quanto podem pagar por um imóvel", disse Hereda ao Valor, durante um evento da Câmara de Comércio Brasil Estados Unidos em Washington, paralelo ao encontro de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele é um dos palestrantes, assim como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Esta semana, o FMI divulgou relatórios apontando o risco da rápida expansão do crédito no Brasil e da valorização dos imóveis. O organismo aponta em especial o avanço dos preços dos imóveis em São Paulo, que ocorre na velocidade das cidades com mercado mais aquecido da Ásia.

"Os preços funcionam na economia", afirma Hereda. "A alta de preços já fez a expansão de crédito moderar em São Paulo."

Segundo ele, a Caixa está mantendo seus planos de expansão da carteira de crédito nesse ano, mas está acompanhando os sinais antecedentes de inadimplência - sobretudo as operações em atraso de até 90 dias. "Por enquanto, está tudo bem", disse Hereda.

Para o presidente da Caixa, a inadimplência deve aumentar, em níveis moderados, apenas se a economia real se desacelerar no Brasil. "As medidas tomadas pelo Banco Central e Ministério da Fazenda já apontam para um cuidado para evitar a desaceleração da economia", disse. Ele também lembrou que, no Brasil, o crédito imobiliário é relativamente pequeno, representando cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

ÁREA VERDE NÃO É ESSENCIAL NA ESCOLHA DO IMÓVEL

A alta do número de condomínios residenciais com áreas de preservação ambiental pode ser explicada não só pela falta de terrenos mas também pela alteração no perfil de edifício desejado, avaliam profissionais do mercado imobiliário.
No entanto, a área verde não é o argumento principal para que os compradores decidam por um lançamento, de acordo com levantamento da incorporadora Esser com compradores.
"Não é essencial, mas a área verde é um diferencial na escolha", afirma Odair Senra, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato das construtoras).
Assim, apesar de imóveis com amplas áreas verdes terem um terreno com menor aproveitamento para construção, o preço de suas unidades deve ser competitivo.

IMÓVEL EM CAMPINAS EQUIVALE A NOVA YORK

Metro quadrado construído em áreas nobres tem preços quase equivalentes a imóveis nos Estados Unidos

Vista de prédios do bairro Cambuí, em Campinas; valorização de 40% em 3 anos

O Mercado Imobiliário de Campinas vive um momento de euforia por conta da alta valorização dos imóveis. Nos últimos três anos, o valor do metro quadrado na cidade cresceu cerca de 40% segundo o Secovi-SP (Sindicado da Habitação de São Paulo) e em algumas regiões os preços se equivalem aos encontrados em cidades como Nova York e Miami.

Atualmente, o Secovi aponta que o preço médio do metro quadrado construído em Campinas é de R$ 5,5 mil, mas que chegam a até R$ 10 mil em áreas mais nobres, principalmente as comerciais, em bairros como o Cambuí. Os valores praticados em Campinas podem ser encontrados nas cidades norte-americanas segundo a Lello Imóveis, empresa especializada em administração de imóveis e condomínios, e a consultoria financeira Life.

Segundo a Enter Brazil, empresa especializada em encontrar imóveis nos Estados Unidos para brasileiros, as áreas mais nobres dessas cidades ainda são mais caras, em Nova York até R$ 13 mil, em Manhattan, e em Miami R$ 12 mil em Downtown.

Segundo o gerente-executivo da Lello, Marcelo Sicoli, após a crise financeira de 2008, que afetou o mercado imobiliário, os imóveis que estavam com preços inflados baixaram cerca de 30%. Marcelo também explicou que o preço do dólar também influência. “No cenário de dois meses atrás, com o dólar a R$ 1,60, os preços no Brasil se aproximaram muito mais. Com a recente valorização (o dólar fechou a R$ 1,83 na sexta-feira), essa diferença deve aumentar”, explicou Sicoli.

ESTABILIDADE

Para o vice-presidente da Habicamp (Associação Regional de Habitação), Douglas Vargas, os preços agora devem se estabilizar. “Nos últimos anos nós passamos por uma adequação dos preços, mas agora a tendência é de se estabilizar, com uma valorização natural e não mais especulativa”, previu Vargas.

A mesma opinião é compartilhada pelo especialista em planejamento financeiro da Life, André Novaes. “É preciso ter consciência que tal momento é passageiro”, disse Novaes.

Para ele, as construtoras estão aproveitando o momento para praticar preços mais altos do que os reais. “As imobiliárias, bancos e construtoras conhecem bem a dinâmica da compra de uma casa e estão praticando preços elevadíssimos. Campinas não é Nova York e haverá um reposicionamento nos preços e o que eu temo é que as pessoas estarão carregando financiamentos de 20 anos sem ter consciência de todos os eventos que podem acontecer ao longo deste prazo”, explicou.

CONCIMA É INTIMADA A CONTER CONTAMINAÇÃO EM CAMPINAS

Secretaria de Meio Ambiente deu prazo de 10 dias para iniciar retirada de vapores do subsolo em condomínio
Empreendimento foi construído na área da antiga indústria química Proquima, que lidou com solventes por cerca de 20 anos naquela região

A Prefeitura de Campinas, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, intimou esta semana a empresa Concima S.A Construções Civis para iniciar, em um prazo máximo de 10 dias, a retirada de vapores do subsolo da torre A do condomínio Residencial Parque Primavera, no bairro Mansões Santo Antônio.

O empreendimento foi construído na área da antiga indústria química Proquima, que lidou com solventes por cerca de 20 anos naquela região. O solo do local está contaminado e a Prefeitura atualmente busca recursos para ter uma exata noção do tamanho e da intensidade do problema.

O trabalho da Concima deverá ser supervisionado por técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A intimação foi entregue nesta sexta-feira (23), na sede da empresa em São Paulo. Laudos demonstram que, principalmente sob a torre ocupada, 'há uma pluma de vapores em todas as direções, com concentrações elevadas de vários compostos orgânicos voláteis, indicando a necessidade de implantação imediata de um sistema de mitigação da intrusão de vapores, independentemente da continuidade da investigação da área', para posterior trabalho de remediação.

De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Valéria Murad Birolli, a intimação está fundamentada no informe técnico apresentado pela Cetesb que indicou a existência de riscos aos moradores do local (bloco 'A' ) relacionados à inalação de vapores a partir do subsolo.

Se em 10 dias úteis o equipamento de mitigação de vapores não estiver instalado e em funcionamento, seremos obrigados a interditar o prédio', ameaçou ela.

O documento da Cetesb responde a um ofício da Prefeitura, datado de 8 de agosto passado, que solicitou um parecer sobre os riscos da exposição dos moradores àquela área contaminada. De acordo com técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, a tubulação subterrânea para canalização dos vapores já está instalada e é necessário que a empresa agora faça a implantação de um sistema de sucção que transfira os gases para dentro de contêineres. Uma vez canalizados, esses gases podem ser tratados no próprio local e liberados para a atmosfera, informa a assessoria de imprensa da Prefeitura. Os moradores estão informados sobre a questão.

Contaminação

A contaminação ambiental no bairro Mansões Santo Antonio foi causada pela extinta indústria de recuperação de solventes Proquima. A empresa esteve instalada na área de 1973 até 1996, período em que sofreu 13 autuações da Cetesb, entre multas e advertências. A indústria chegou a ser interditada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, em 1990, após um incêndio em suas instalações, mas continuou funcionando sob força de liminar até outubro de 1996.

Encerradas as atividades, a Proquima vendeu lotes do terreno à construtora Concima, que ergueu no local três torres residenciais, com 52 apartamentos cada uma. Dessas, apenas uma está ocupada. O projeto inicial da Concima era erguer 8 torres, em dois lotes, mas a constatação da contaminação impediu que o projeto fosse executado.

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