No mercado imobiliário financeiro está sendo desenvolvido o lançamento de condomínios de porte gigantescos.
Esses condomínios formam grandes bairros, entorno das cidades, por demandarem terrenos de grandes proporções.
A lei de loteamento estabelece um prazo máximo de quatro anos para implantar toda a infra-estrutura no loteamento. Ocorre que, nos casos da ocupação de terrenos por condomínio de grandes áreas, a solução encontrada pelos empreendedores é desenvolver um plano urbanístico composto de diversos loteamentos complementares, com áreas destinadas a condomínios de prédios ou casas.
Estes condomínios não contemplam apenas residências, casas ou apartamentos, mas escolas, áreas de lazer, postos de saúde, entre outros.
Na realidade os condomínios possuem toda a infra-estrutura de um verdadeiro bairro, permitindo a concentração de centros comerciais, hipermercados e até shopping centers.
Os condomínios de grandes áreas devem ser cuidadosamente planejados, em conjunto com os poderes públicos, em virtude da complexidade da aprovação urbanística e ambiental e devido a exigência de ampliação da rede de energia, esgoto, coleta de lixo, transportes, etc.
Os principais atrativos para o comprador de imóveis em condomínios de grandes áreas é a comodidade de morar em um bairro planejado, na qual disponibiliza toda infra-estrutura, preço acessível e facilidade no pagamento.
A maioria desses empreendimentos é voltada para unidades cujo valor é de até R$ 120.000,00.
Valquiria Silva
VENDA DE IMÓVEIS, UMA VENDA DIFERENTE
O corretor de imóveis deve saber atuar de forma empática. Para que ele possa entender os anseios e as necessidades do seu cliente, deverá considerar que a negociação de um imóvel é um processo complexo de comunicação e de tomada de decisão, que ocorre no transcurso do tempo e envolve diversos membros.
A compreensão dos aspectos que intervêm em uma negociação imobiliária e no processo decisório do cliente é de fundamental importância, pois eles distinguem o processo de venda de imóveis residenciais ou comerciais das vendas de outros tipos de produtos ou serviços. Esses aspectos são: resquícios antropológicos, comitê de compra, decisão de alto envolvimento da família, fator tempo, valores monetários envolvidos e preconceitos.
Resquícios antropológicos - Muitos clientes solicitam que seus pais ou pessoas de mais idade, que possuem mais experiência, manifestem a sua opinião sobre um determinado imóvel antes de formalizar uma proposta de compra.
Comitê de compra - O cliente informa aos parentes, amigos e colegas de trabalho a sua vontade de comprar um imóvel e, muitas vezes, pede para que eles o acompanhem nas visitas aos imóveis. Essas pessoas formam o “comitê de compra” do cliente. O corretor de imóveis deverá saber vender o imóvel às pessoas que integram, informalmente, esse comitê. A opinião delas geralmente tem mais força do que os argumentos do profissional, pois o cliente sente-se seguro com as opiniões dos seus conhecidos.
Decisão de alto envolvimento da família - Como a aquisição de um imóvel representa a tomada de decisão de compra, maridos e esposas freqüentemente discordam quanto a gastar ou economizar, que tipo de imóvel comprar, sua localização, o número de dependências, entre outros. Essas são apenas algumas das muitas decisões que afetam o comportamento de compra da família em que pode haver discordância. De forma subjacente, estão implícitos desejos e motivações que não se revelam facilmente. Entre eles destacam-se: status, sensação de posse, poder, demarcação de território, privacidade, carências, efetividade e projeção social.
Fator tempo - Como a quantidade de informações sobre imóveis é muito diversificada e os valores financeiros são altos, há necessidade de se pesquisar mais e de se obter informações processadas ativamente. Muitas vezes, o cliente fica confuso após visitar um novo imóvel ou obter uma nova informação. Os imóveis possuem dezenas de características diferentes, que geram dúvidas e incertezas. Para isso, várias fontes são consultadas antes da tomada de decisão. Assim, o fator tempo se estende.
Valores monetários envolvidos - A aquisição de uma moradia representa, geralmente, o mais significativo esforço financeiro isolado que as famílias realizam. A decisão de compra de um imóvel implica uma série de medos que fazem o cliente fugir da ação de ter que tomar uma decisão ou protelá-la.
Preconceitos - Com o advento dos cursos de formação superior para corretores imobiliários, os profissionais podem evoluir nos conhecimentos relativos à formação profissional. Por causa desses cursos e da perfeita inserção dos profissionais no mercado de trabalho, os preconceitos foram minimizados, mas é bom lembrar que eles ainda existem.
*Sylvio C. Lindenberg F°.: Corretor de imóveis, bacharel em Ciências Administrativas, especialista em Marketing. Consultor de empresas do ramo imobiliário, ministra cursos, palestras, desenvolve programas de treinamento in company e trabalhos de coaching. Escreve artigos e é autor do livro: Guia prático do corretor de imóveis: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 2006. slindenberg@terra.com.br
A compreensão dos aspectos que intervêm em uma negociação imobiliária e no processo decisório do cliente é de fundamental importância, pois eles distinguem o processo de venda de imóveis residenciais ou comerciais das vendas de outros tipos de produtos ou serviços. Esses aspectos são: resquícios antropológicos, comitê de compra, decisão de alto envolvimento da família, fator tempo, valores monetários envolvidos e preconceitos.
Resquícios antropológicos - Muitos clientes solicitam que seus pais ou pessoas de mais idade, que possuem mais experiência, manifestem a sua opinião sobre um determinado imóvel antes de formalizar uma proposta de compra.
Comitê de compra - O cliente informa aos parentes, amigos e colegas de trabalho a sua vontade de comprar um imóvel e, muitas vezes, pede para que eles o acompanhem nas visitas aos imóveis. Essas pessoas formam o “comitê de compra” do cliente. O corretor de imóveis deverá saber vender o imóvel às pessoas que integram, informalmente, esse comitê. A opinião delas geralmente tem mais força do que os argumentos do profissional, pois o cliente sente-se seguro com as opiniões dos seus conhecidos.
Decisão de alto envolvimento da família - Como a aquisição de um imóvel representa a tomada de decisão de compra, maridos e esposas freqüentemente discordam quanto a gastar ou economizar, que tipo de imóvel comprar, sua localização, o número de dependências, entre outros. Essas são apenas algumas das muitas decisões que afetam o comportamento de compra da família em que pode haver discordância. De forma subjacente, estão implícitos desejos e motivações que não se revelam facilmente. Entre eles destacam-se: status, sensação de posse, poder, demarcação de território, privacidade, carências, efetividade e projeção social.
Fator tempo - Como a quantidade de informações sobre imóveis é muito diversificada e os valores financeiros são altos, há necessidade de se pesquisar mais e de se obter informações processadas ativamente. Muitas vezes, o cliente fica confuso após visitar um novo imóvel ou obter uma nova informação. Os imóveis possuem dezenas de características diferentes, que geram dúvidas e incertezas. Para isso, várias fontes são consultadas antes da tomada de decisão. Assim, o fator tempo se estende.
Valores monetários envolvidos - A aquisição de uma moradia representa, geralmente, o mais significativo esforço financeiro isolado que as famílias realizam. A decisão de compra de um imóvel implica uma série de medos que fazem o cliente fugir da ação de ter que tomar uma decisão ou protelá-la.
Preconceitos - Com o advento dos cursos de formação superior para corretores imobiliários, os profissionais podem evoluir nos conhecimentos relativos à formação profissional. Por causa desses cursos e da perfeita inserção dos profissionais no mercado de trabalho, os preconceitos foram minimizados, mas é bom lembrar que eles ainda existem.
*Sylvio C. Lindenberg F°.: Corretor de imóveis, bacharel em Ciências Administrativas, especialista em Marketing. Consultor de empresas do ramo imobiliário, ministra cursos, palestras, desenvolve programas de treinamento in company e trabalhos de coaching. Escreve artigos e é autor do livro: Guia prático do corretor de imóveis: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 2006. slindenberg@terra.com.br
FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA TERÁ R$ 5,8 BILHÕES A MAIS DE RECURSOS DO FGTS
Somente para habitação popular, o orçamento de 2009 aumentou quase 40%, com a aprovação de R$ 7,4 bilhões.
31/10/08 - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na quinta-feira, 30 de outubro, a liberação de R$ 5,8 bilhões a mais para o financiamento da casa própria a partir de 2009. Os recursos passarão dos atuais R$ 6 bilhões para R$ 11,8 bilhões. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que presidiu a reunião do Conselho.
Somente para habitação popular, o orçamento aumentou quase 40%, com a aprovação de R$ 7,4 bilhões. No ano passado foram reservados 4,4 bilhões.
Para subsidiar a compra da casa própria para famílias que recebem até 5 salários mínimos, o FGTS reserva R$ 1,6 bilhão no orçamento de 2009. O Pró-Moradia terá R$ 1 bilhão e o Pró-Cotista também vai receber R$ 1 bilhão, mesmo orçamento deste ano.
Os recursos serão destinados aos bancos públicos e privados que atuam na área de financiamento habitacional.
"Nós estamos aumentando o orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, só na área de investimento de habitação, em cerca de 70%, com linhas de créditos para a construção de habitações populares e habitações em geral. Para que essa área que é tão fundamental, é tão estratégica, gere emprego", disse Lupi.
Infra-estrutura - Para saneamento serão destinados R$ 4,6 bilhões dos recursos do FGTS, valor 46% maior que o do orçamento atual (R$3,1 bilhões). Para o FI-FGTS, que investe recursos do Fundo nos setores de energia, rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e saneamento foram aprovados R$ 10 bilhões, sendo que R$ 7 bilhões serão destinados a projetos financiados pelo BNDES.
"Há uma demanda enorme no BNDES, que é o principal financiador de obras de saneamento no país, por meio, principalmente, de recursos do FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador", lembrou o ministro Lupi.
31/10/08 - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na quinta-feira, 30 de outubro, a liberação de R$ 5,8 bilhões a mais para o financiamento da casa própria a partir de 2009. Os recursos passarão dos atuais R$ 6 bilhões para R$ 11,8 bilhões. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que presidiu a reunião do Conselho.
Somente para habitação popular, o orçamento aumentou quase 40%, com a aprovação de R$ 7,4 bilhões. No ano passado foram reservados 4,4 bilhões.
Para subsidiar a compra da casa própria para famílias que recebem até 5 salários mínimos, o FGTS reserva R$ 1,6 bilhão no orçamento de 2009. O Pró-Moradia terá R$ 1 bilhão e o Pró-Cotista também vai receber R$ 1 bilhão, mesmo orçamento deste ano.
Os recursos serão destinados aos bancos públicos e privados que atuam na área de financiamento habitacional.
"Nós estamos aumentando o orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, só na área de investimento de habitação, em cerca de 70%, com linhas de créditos para a construção de habitações populares e habitações em geral. Para que essa área que é tão fundamental, é tão estratégica, gere emprego", disse Lupi.
Infra-estrutura - Para saneamento serão destinados R$ 4,6 bilhões dos recursos do FGTS, valor 46% maior que o do orçamento atual (R$3,1 bilhões). Para o FI-FGTS, que investe recursos do Fundo nos setores de energia, rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e saneamento foram aprovados R$ 10 bilhões, sendo que R$ 7 bilhões serão destinados a projetos financiados pelo BNDES.
"Há uma demanda enorme no BNDES, que é o principal financiador de obras de saneamento no país, por meio, principalmente, de recursos do FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador", lembrou o ministro Lupi.
OS DESAFIOS DO MERCADO IMOBILIÁRIO ATÉ 2030
Concorrida sessão plenária da Convenção Secovi abordou questões primordiais para o futuro do setor
Os principais aspectos do estudo desenvolvido pela Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas estiveram em foco durante a concorrida sessão plenária O Mercado Imobiliário de Olho no Futuro, realizada dia 25, durante a Convenção Secovi – evento que integra a Semana Imobiliária e acontece simultaneamente ao Salão Imobiliário São Paulo até 28/9, no Parque.
Coordenada pelo vice-presidente de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Elbio Fernández Mera, a plenária contou com palestras de Ana Maria Castelo, consultora da FGV Projetos e professora da Fundação Getúlio Vargas, e Cristiane Amaral, sócia da área de Risk Advisory Services da Ernst & Young. Como debatedor, o economista-chefe e diretor executivo do Secovi-SP, Celso Petrucci.
As apresentações tiveram como base o estudo Potencialidades do Mercado Habitacional, que aponta perspectivas do setor até 2030, quais os caminhos e os desafios para atender à crescente demanda por moradias no Brasil, dentre outras questões fundamentais, como a promoção da qualidade de vida. As projeções podem contribuir para o planejamento das empresas e são essenciais para compreender as mudanças pelas quais o setor irá passar nos próximos anos.
Os principais aspectos do estudo desenvolvido pela Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas estiveram em foco durante a concorrida sessão plenária O Mercado Imobiliário de Olho no Futuro, realizada dia 25, durante a Convenção Secovi – evento que integra a Semana Imobiliária e acontece simultaneamente ao Salão Imobiliário São Paulo até 28/9, no Parque.
Coordenada pelo vice-presidente de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Elbio Fernández Mera, a plenária contou com palestras de Ana Maria Castelo, consultora da FGV Projetos e professora da Fundação Getúlio Vargas, e Cristiane Amaral, sócia da área de Risk Advisory Services da Ernst & Young. Como debatedor, o economista-chefe e diretor executivo do Secovi-SP, Celso Petrucci.
As apresentações tiveram como base o estudo Potencialidades do Mercado Habitacional, que aponta perspectivas do setor até 2030, quais os caminhos e os desafios para atender à crescente demanda por moradias no Brasil, dentre outras questões fundamentais, como a promoção da qualidade de vida. As projeções podem contribuir para o planejamento das empresas e são essenciais para compreender as mudanças pelas quais o setor irá passar nos próximos anos.
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