EX-QUITINETES AGORA SÃO APOSTAS DE ALTO PADRÃO

Apartamentos com metragem de 30 m² a 50 m² ganham atrativos como varanda gourmet e nomes como 'smart', 'estúdio', 'compacto'
Pequenos apartamentos, que no passado foram chamados de quitinetes, agora são apostas de alto padrão das construtoras. São unidades com entre 30 e 50 metros quadrados, que chegam ao mercado com nomes mais atraentes. "Smart apartamento", "estúdio" e ainda "compacto de luxo" viraram sinônimos de unidades reduzidas, mas com regalias antes só comuns às construções de alto padrão.
E a partir daí muda tudo, até mesmo o papo do corretor. "Ele é pequeno, 45 m², mas tem varanda gourmet, lavabo, e até uma minilavanderia", diz um vendedor da construtora MAC, ao tentar convencer o interessado que o espaço não é assim tão pequeno quanto a metragem sugere.
Uma vez no apartamento decorado do empreendimento, que será levantado na Rua do Paraíso, na zona sul de São Paulo, o potencial comprador comprova que de fato está tudo lá. A varanda gourmet tem 6 m² e comporta uma mesa de jantar com quatro cadeiras. O lavabo alardeado como diferencial realmente existe, e esconde a minilavanderia, que fica atrás de uma porta de correr ao lado do sanitário, como se fosse dentro de um armário.
"Mas se você achar esquisito essa combinação de espaço, há opção de montar só o banheiro e usar a lavanderia coletiva do prédio, que será um dos serviços do condomínio", explica o corretor, que segue enumerando as demais vantagens, como concierge, piscina aquecida e área para churrasco.
"A ideia é oferecer todo o conforto de um apartamento grande, mas em uma área pequena", diz a arquiteta Fernanda Marques, que projetou o modelo decorado do empreendimento. Espelhos nos armários e nas paredes são alguns dos truques que ajudam a ampliar o espaço. Cozinha americana, sala e quarto não são separados por paredes, mas isso pode ser modificado.
Uma das grandes novidades desses empreendimentos, aliás, é a possibilidade de customizar o espaço ainda na planta. "O comprador pode pedir que o apartamento seja entregue igual ou com alguns itens do decorado", diz Fernanda. "Não é qualquer móvel que se adapta a um espaço pequeno." E como o projeto está pronto, não há gasto direto com o trabalho da arquiteta.
Com o aumento da demanda dos apartamentos smart, começam a surgir empresas especializadas em fazer móveis sob medida. Há pouco mais de um ano, desembarcou no Brasil a Uau! Haus. "Trouxemos a tecnologia da cama que levanta e fica na parede, além de outros itens, comuns nos apartamentos pequenos de Nova York", diz Eduardo Paraíso, sócio da empresa.

Perfil. Com o conceito de que apartamento pequeno também é para quem tem dinheiro, as incorporadoras lançam as unidades compactas em regiões nobres. "Construímos esses empreendimentos em bairros como Campo Belo, na zona sul, ao lado de prédios com apartamentos de 400 m² de área útil", diz Maurício Belo, diretor da Even.
O preço do metro quadrado vai de R$ 8 mil a R$ 12 mil, dependendo do bairro. "Usamos o mesmo conceito de arquitetura dos empreendimentos com unidades mais espaçosas e luxuosas. A fachada é contemporânea, o hall de entrada suntuoso, com pé-direito alto", conta Belo.
O arquiteto Júlio Leite Tescaro, de 28 anos, morava em um apartamento alugado nos Jardins, na zona sul. Com o aumento do preço dos aluguéis, acabou deixando o bairro e começou a procurar um imóvel na zona leste, onde já havia montado um escritório com amigos da faculdade. Comprou na planta um compacto de 35 m² no Red Tatuapé, da Even, que terá uma estrutura de condomínio-clube com 25 itens de lazer. Tescaro ainda poderá escolher com a construtora como quer a divisão do espaço. "É o meu primeiro apartamento", conta, orgulhoso.
Localizado no Brooklin, na zona sul, o Home Boutique, da Cyrela, tem como apelo de venda oferecer o mesmo "lifestyle de Manhattan". No projeto, um salão de festas na cobertura com pé-direito quádruplo, academia de ginástica coordenada por uma grande rede, restaurante, piscina aquecida e sauna. "Parece um hotel cinco-estrelas", diz Fábio Capuano, de 32 anos, que comprou uma unidade para investir e tem a opção de pedir que o apartamento seja entregue com a mesma decoração da unidade em exposição.
"Fica no eixo empresarial Berrini-Faria Lima. O aluguel nessa parte da cidade, um imóvel desse padrão, fica em torno de R$ 7 mil por mês", conta Capuano. E qual é a metragem? "30 m²."

ACESSIBILIDADE NÃO ENCARECE IMÓVEL E BENEFICIA TODO TIPO DE CONDÔMINO


Apesar de já haver até decreto federal (nº 5296) que obriga todos os lançamentos a promoverem a acessibilidade, as adaptações em imóveis ainda sofre resistência de parte do mercado. Tem-se a ideia que este perfil de construção torna o projeto mais caro, além de não agradar esteticamente. Porém, segundo especialistas ouvidos pelo ZAP Imóveis, este conceito já não condiz com a realidade atual dos prédios voltados para pessoas portadoras de deficiência e idosos.
Para eles, não são as adaptações em áreas comuns, rampas de pedestres, entradas e saídas, corrimãos e até banheiros que deixarão o imóvel mais caro.
E acrescentam que estas obras melhoram o espaço para todo tipo de condômino, incluindo todas as pessoas com mobilidade reduzida, idosas, gestantes, obesas, com carrinho de bebê, com cadeira de rodas, com baixa visão ou audição, crianças, entre outros.
“O que pode encarecer o valor são as reformas em edifícios antigos, construídos antes desta legislação entrar em vigor”, avisa Patrícia Valadares, diretora de projetos da Tecnisa.
Em 2005, a construtora contratou profissionais especialistas no trato com os idosos, como geriatras e gerontólogos, e desenvolveu com arquitetos e decoradores o projeto Consciência Gerontológica.
O programa engloba espaços com barra de apoio em banheiros, piso antiderrapante, iluminação adequada, colocação de corrimões, substituição de rampas no lugar de escadas, fechaduras invertidas, eliminação de quinas e portas largas. Até um espaço de convivência faz parte da iniciativa.
“Notamos que a terceira idade representa uma fatia entre 15% a 20% dos compradores de imóveis. Então resolvemos focar neste público também. Mas o interessante foi constar depois que todos os condôminos são beneficiados”, completa Patrícia.
Já a Cosil, construtora sergipana com ramificações em Recife e São Paulo, oferece ao cliente o projeto Planta Acessível.
Idealizado para quem precisa de medidas especiais no imóvel, a empresa realiza as construções personalizadas para cada cliente, analisando as solicitações caso a caso.
As opções de APARTAMENTOS com acessibilidade são sempre para o 1º andar, pois no meio do prédio é mais complicado. Já os banheiros, que têm mais particularidades, são os espaços que exigem mais modificações”, aponta Mariana Coelho, gerente de incorporação da Cosil.
Para garantir a acessibilidade em um novo projeto ou em uma reforma das áreas de uso comum dos condomínios, existem padrões de medidas estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
“O principal problema em projetos que promovam a acessibilidade é a portaria. É preciso muita atenção na hora de elaborar a entrada no prédio”, recomenda Mara Cabral, arquiteta especialista em acessibilidade.
Ela mostrou quais são as principais exigências para se construir um local dentro dos padrões. Confira:
Entradas e saídas:
-Devem apresentar superfície regular, firme, contínua, estável e antiderrapante sob quaisquer condições climáticas; passagem livre de obstáculos e largura mínima de 1,20m; superfície com
inclinação transversal de no máximo 2%
-Uso de piso tátil para indicação de obstáculos ou mudança de plano da superfície
-Junta de dilatação e grelha devem ser embutidas no piso transversalmente à direção do movimento, com vãos máximos de 1,5 cm entre as grelhas e preferencialmente instaladas fora do fluxo principal de circulação
-Capachos devem ser embutidos no piso, não ultrapassando 1,5 cm de altura
Rampas de pedestre:
-Qualquer desnível de plano superior a 1,50 cm é considerado degrau. Portanto, tem de ser vencido com rampa (a largura mínima deve ser de 1,20 m)
-Patamar no início e final de cada segmento de rampa, com comprimento igual à largura da rampa, ou seja, no mínimo 1,20 m
-Guia de balizamento (elemento instalado junto aos limites laterais das superfícies do piso, perceptível por pessoas com deficiência visual) com altura mínima de 5 cm
-Piso tátil para sinalização: largura mínima de 28 cm, localizado antes do início e após o término de cada segmento de rampa
-Inclinação transversal de no máximo 2%
-Inclinação longitudinal de 5%
Corrimãos:
-O ideal é que escadas e rampas possuam corrimão nos dois lados e em duas alturas (0,92 cm e opcional para 0,70 cm) , para que crianças e cadeirantes também possam alcançar
- Devem ter seção circular com diâmetros entre 3 cm e 4,5 cm com afastamento de 4 cm da parede. É importante também o prolongamento recurvado nas extremidades, com 30 cm no início e no final de escadas e rampas

Sinalização visual:
-Informações visuais devem seguir premissas de textura, dimensionamento e contraste de cor dos textos e figura de acordo com a NBR 9050
Sinalização de emergência:
-As rotas de fuga e saídas de emergência devem ser sinalizadas com informações visuais e sonoras de acordo com a NBR 9050

VALE A PENA COMPRAR IMÓVEL PEQUENO PARA ALUGAR?


Obter um bom retorno no mercado de locação residencial tornou-se mais difícil com o atual patamar de preços
A alta de preços tem levado a lançamentos de imóveis cada vez menores
São Paulo - Imóveis compactos de um ou dois quartos e até 60 metros quadrados costumam ser bastante procurados tanto para compra quanto para locação em grandes cidades como Rio e São Paulo. Isso significa que comprar imóveis com esse perfil para alugar em grandes capitais é um ótimo negócio, certo? Não necessariamente. Os preços altos dificultaram a obtenção de bons retornos com os aluguéis, ao mesmo tempo em que a legislação e a economia já não ajudam. Mas em alguns casos pontuais, o investimento ainda pode ser vantajoso, como no caso dos imóveis de excelente localização.No primeiro semestre deste ano, 52% dos imóveis comercializados na capital paulista tinham dois dormitórios. Embora não haja dados nesse sentido, a demanda de imóveis compactos para locação no segmento residencial também é relativamente alta, segundo pessoas com experiência no ramo imobiliário. Porém, a demanda dos que compram para alugar, dizem especialistas, é significativamente menor que a demanda de quem compra para morar.
"Ainda não há um grande volume de investidores no segmento residencial no Brasil. O mercado, em geral, é voltado para uso próprio. O que se encontra, muito frequentemente, são pessoas que herdaram imóveis ou que querem um imóvel maior que o atual, mas que ainda não precisam vendê-lo. Elas simplesmente compram um novo e alugam o antigo", explica Mark Turnbull, diretor do Secovi-SP, o sindicato da habitação de São Paulo.
Existem alguns motivos para isso. De acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com, a legislação brasileira é limitadora, por proteger demais o inquilino residencial. "Isso faz com que os imóveis residenciais não sejam dos produtos mais interessantes. Do ponto de vista de investimento, os comerciais fazem mito mais sentido. Imóvel residencial não é um grande negócio no Brasil", diz João da Rocha Lima, coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP.
Os prós dos "mini-imóveis"
Investimento menor. Nesse contexto, os imóveis compactos de um e dois quartos e as quitinetes têm alguns trunfos em relação aos imóveis maiores. Além de serem mais buscados para locação, é mais fácil conseguir uma boa remuneração sobre o investimento inicial, uma vez que os valores absolutos dos compactos são significativamente menores que os preços dos mais amplos.
"Na compra, considera-se o preço por metro quadrado. Já o aluguel não é tão sensível a isso. Portanto, para o bolso do comprador faz diferença comprar um imóvel de 50 ou de 65 metros quadrados. É isso que altera a relação da remuneração e do investimento. Já o aluguel tem a ver com o valor máximo que o inquilino pode pagar por mês, mas para ele tanto faz morar em um imóvel de 50 ou 65 metros quadrados", explica o economista Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) e autor de livros sobre fundos e imóveis.
Velocidade de locação. Não existem dados sobre vacância de imóveis residenciais do mercado como um todo, mas o Secovi-SP, por exemplo, aufere a velocidade de aluguel das unidades por número de dormitórios. Em julho, imóveis de um quarto levaram de 15 a 22 dias para serem alugados em São Paulo, enquanto que os de dois quartos levaram de 21 a 24 dias. Já os de três dormitórios demoraram pouco mais de um mês para serem alugados.

CONHEÇA ALGUMAS LINHAS DE CRÉDITO POPULARES PARA QUEM QUER REFORMAR


SÃO PAULO - Existem no mercado, diversas opções de linhas de crédito para quem deseja construir ou reformar um imóvel e não dispõe do valor todo do investimento naquele momento.
O consumidor interessado em utilizar uma dessas linhas precisa saber que é possível contratá-las com algum banco ou lojas de materiais para construção que oferecem esse tipo de financiamento.
Como em qualquer outro tipo de financiamento, o consumidor precisa estar atento às taxas de juros e se o valor de cada parcela do empréstimo cabe no orçamento da família. Não adianta estar com a casa em perfeitas condições e atolado em dívidas.
Para que o crédito seja feito no valor correto, é importante que o consumidor procure um profissional da construção especializado. Este profissional fará todos os cálculos necessários e dirá a quantidade de material que precisará ser comprada.
Quem utiliza alguma linha de crédito para construir ou reformar deve estar ciente de que não pode haver desperdício na obra, nem que será necessário comprar mais materiais fora do valor obtido. Qualquer desperdício ou compra fora do previsto pode se tornar um problema para as finanças. Conheça algumas opções:
Banco do Brasil
A instituição possui a linha de financiamento BB Crédito Material de Construção. Com esta linha de crédito, o consumidor pode finaciar 100% do valor gasto com o material de construção, acabamento e até móveis planejados.
De acordo com a aprovação do crédito, é possível realizar operações com valores que variam de R$ 70 a R$ 50 mil. O pagamento do empréstimo pode ser feito em até 54 meses.
A linha de crédito do Banco do Brasil aonda permite que a primeira prestação seja paga após seis meses da compra. As taxas de juros variam de 1,53% a 1,98% ao mês.
O empréstimo pode ser feito em uma das 21 mil lojas cadastradas pela linha de crédito.
Caixa Econômica
Com o Construcard da Caixa é possível financiar materiais de construção, itens de acabamento e até aquecedor solar. O valor mínimo para fazer o financiamento é de R$ 1 mil.
O prazo máximo do financiamento é de 60 meses, com seis meses de carência. A taxa de juros para as operações varia de 1,40% a 1,85% ao mês.
Esta linha de crédito precisa ser feita na agência. Para os que são clientes da instituição, em muitos casos, o limite já pode estar pré-aprovado.
Quem optar pode essa linha poderá comprar os materiais em uma das 80 mil lojas conveniadas.
Amanco
A empresa de material de construção tem um cartão de crédito exclusivo para construção. Para ter o cartão, o consumidor precisa ter uma renda mínima de R$ 600 e a aprovação do crédito é feito na hora.
O limite máximo para financiamento é de R$ 5 mil, que pode ser parcelado em até 24 vezes. Caso queira compar os materias à vista, o consumidor terá até 40 dias para pagar as contas sem juros.
A cada pagamento da fatura, o consumidor tem seu crédito aumentado. Além disso, o cartão permite que o consumidor compre materiais de outras marcas.
A linha de crédito tem taxa de juros a partir de 4,90% ao mês, e está disponível em 2.500 lojas em todo o Brasil, sendo 195 na capital.
Dicico
A rede de lojas também oferece uma linha de crédito para financiar material de construção. Neste caso, o financiamento é feito por CDC Sorocred e pode ser parcelado em até 24 meses.Para conseguir realizar o financiamento, o consumidor precisa ter talão de cheques e cadastro na loja.
A aprovação do crédito não tem burocracia e as taxas de juros variam entre 1,62% e 2,69% ao mês. Ao todo são 55 lojas disponíveis para o consumidor comprar.

COMPROU IMÓVEL NA PLANTA E NÃO RECEBEU? PODE SER INDENIZADO


Construtoras que descumprem o prazo de entrega de imóveis vendidos na planta estão sendo condenadas pela Justiça a indenizar compradores não só por prejuízos materiais: por danos morais, também.
No dia 15, o juiz da 4ª Vara Cível da Comarca de Santos, Frederico dos Santos Messias, julgou procedente o pedido de condenação de uma construtora que entregou um apartamento, no Embaré, após o prazo máximo previsto legalmente - até 180 dias para a entrega das chaves.
Comente esta reportagem com o subeditor Rafael Motta no Blog Papo com Editores
Além dos danos materiais, calculados em R$ 19 mil por ressarcimento de gastos com aluguel provisório, o juiz fixou que o consumidor lesado seja indenizado em 33% do valor do imóvel por danos morais.
Na decisão, o magistrado alega a frustração da expectativa gerada pelo descumprimento do prazo, o desgaste emocional pela incerteza quanto ao retorno do investimento e a clara possibilidade de perda do capital investido.
"Este nosso cliente deveria ter recebido o imóvel em 31 de dezembro de 2009. Porém, a construtora ultrapassou em mais de um ano o limite legal, que expirava em 30 de junho de 2010. O apartamento só foi entregue em 27 de agosto de 2011", diz o advogado Octávio Borba de Vasconcelos Neto.
Juízes consideram que a demora na entrega de um imóvel gera prejuízo e frustração para o comprador
O advogado também destaca que juízes já estão proferindo sentenças que indenizam até o(a) cônjuge do autor da ação. Sentenças por danos materiais são mais comuns devido à maior facilidade de calcular o prejuízo. Mas "juízes estão ressarcindo consumidores lesados também pelo aspecto moral, cujo dano é imensurável".
Pesadelo
O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), Marco Aurélio Luz, ressalta que a punição de construtoras imobiliárias que desrespeitam o prazo de entrega do imóvel deve ser exemplar.
"Além de causar prejuízo financeiro, porque muitos consumidores têm de alugar um local para morar enquanto o bem não é entregue, o atraso na entrega das chaves de um apartamento provoca aborrecimento e frustração incalculáveis. Afinal, a compra da casa própria é um sonho que, neste caso, vira pesadelo", frisa Luz.
SATI
O Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária (Sati) é outro alvo de ações na Justiça. Trata-se de uma taxa de 0,88% sobre o preço do imóvel, cobrada pelas construtoras, a fim de pagar os advogados da empresa por ter redigido o contrato de compra e venda e prestar outros serviços advocatícios.
"Esse custo não pode ser repassado ao consumidor. Pelo fato de o setor utilizar contratos de adesão, em alguns casos o comprador é submetido a cláusulas leoninas", explica o advogado Murilo Lima.
Ele destaca o aspecto da ilegalidade da venda casada. "O Código de Defesa do Consumidor proíbe esta prática. Muitas construtoras condicionam a venda do imóvel ao pagamento da Sati, o que é abusivo e arbitrário", frisa Lima.
O advogado informa que o mesmo ocorre em relação à cobrança da comissão de corretagem. "Já defendemos consumidores que tiveram de pagar pelos serviços do corretor de imóveis contratado pela construtora. Isso também é totalmente ilegal. Quem contrata um serviço é o responsável pelo seu pagamento", finaliza.
Somente neste ano, os advogados Murilo Lima e Octávio Borba de Vasconcelos Neto já encaminharam à Justiça mais de 40 ações por irregularidades nos contratos imobiliários e atraso na entrega de imóveis vendidos na planta.
Mais consumidores estão reclamando
De acordo com a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), o número de queixas de imóveis entregues além do prazo máximo estipulado em lei (180 dias) cresceu 21,7% na Baixada Santista.
O balanço compara o primeiro semestre de 2011 com o mesmo período deste ano. Das 297 reclamações registradas de janeiro a junho, 31% foram computadas em Santos, 28% em Praia Grande, 25% em Guarujá, 12% em São Vicente e 4% nas demais cidades.
A Amspa também constata crescimento de 15,3% no número de queixas feitas à Justiça. Nos primeiros seis meses de 2011, o órgão formulou 72 ações judiciais. No primeiro semestre deste ano, o total de ações aumentou para 83.
"Quem decidir comprar um imóvel na planta deve se certificar do histórico da construtora e da incorporadora do empreendimento. Esse é um procedimento simples que pode evitar dor de cabeça no futuro", orienta o presidente da Amspa, Marco Aurélio Luz.
O órgão mantém em seu site (www.amspa.com.br) uma cartilha destinada ao comprador de imóveis na planta. "É um instrumento que reúne as dúvidas mais comuns do consumidor", afirma Luz.
Ele também salienta que o prazo de até 180 dias previsto em lei só pode ser usado em casos especiais. "Na verdade, as construtoras têm até 30 dias para entregar as chaves depois do prazo previsto. O período de 180 dias só pode usado por motivos de força maior, como catástrofes naturais".
Secovi
O diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) na Baixada Santista, Renato Monteiro, garante que as construtoras estabelecidas na região não descumpriram os prazos de entrega das unidades habitacionais determinados pela legislação vigente. "As empresas que tiveram este problema se perderam na execução da obra".
Segundo ele, o Secovi também orienta os compradores de imóveis na planta a realizar uma "profunda e vasta pesquisa sobre a trajetória da construtora e da incorporadora responsáveis pela obra".

AVALIADORA PERITA JUDICIAL




Ana Esmeralda Lucas Brasileira
Idade: 53 anos Divorciada
Residência: Rua Christina Giordano Miguel, 250 – Barão Geraldo – Campinas – SP-Cep:13.084-752

Cadastro Nacional dos Avaliadores de Imóveis – Perito Judicial – CNAI 007672
Proprietária da Empresa :Kalamis Assessoria Imobiliária e Comercio Ltda-
Nome Fantasia: Ismê Imobiliária . Fundada em:1997

Site – http://www.isme.com.br
Proprietária da Empresa :Terra Firme Imóveis Ltda. Fundada:2011

Site:http://www.terrafirmeimobiliaria.com.br

Formação Acadêmica: Superior Incompleto( 4º Semestre)- Direito, Faculdade PUC/SP

• Delegada Distrital de Barão Geraldo desde 1998 pelo CRECI SP 2ª. Região.
• Correspondente Bancário Especializada em Financiamento Imobiliário, desde de 2.008 dos seguintes Bancos: Caixa Econômica Federal, Banco Itaú e Banco Bradesco .
• Cofundadora da Rede Imobiliária Campinas em 2006
• Membro da Comissão Ética da Rede Imobiliária Campinas
• Corretora Credenciada da Caixa Econômica Federal para venda de imóveis retomados.
• Curso completo de leilões de imóveis, financiamentos e todos os procedimentos imobiliários e judiciais de imóveis.
• Curso de Direito Imobiliário, em Campinas em 2001
• Curso de Perito para avaliação judicial, em 2009.
• Avaliações para advogados e clientes para o âmbito judicial.

• SEBRAE:
• Membro da Diretoria da Associação dos Empretecos de Campinas
• Curso Empretec do Sebrae em 1997
• Curso Projeto Ideal Sebrae em 2001
• Cursos SEBRAE de Oratória, Reengenharia, PNL, Empreendorismo,Vendas .

• Membro desde 1997 da Rosa Cruz – Amorc
• Curso de Criatividade Empresarial com Administração Holística com o professor Valter Francischine em 1997.
• Curso Internacional pela Actius e Instituto Internacional Milton Erickson de Hipnose Ericksoriana no ano de 2005 e 2006, com o Dr. Stefen Paul Adler.
• Formação em Emotologia pela Cidade do Cérebro em 2005, com o professor Luiz Machado.
• Curso da UNIPAZ, Universidade de Paz em 2007 e 2008.
• Curso de formação de liderança em Abril de 2012, com Rodrigo Cardoso.



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VOCÊ QUER SE DESTACAR NO MERCADO IMOBILIÁRIO?

Todos querem se destacar, bater recordes de vendas. O fato é que mais da metade dos Corretores de Imóveis não consegue. É claro que você está pensando "coitados", porque tem certeza de que você consegue.
É um bom começo, campeão, mas não é suficiente. Coloque na cabeça que todo mundo, todos os corretores da sua imobiliária e todos seus concorrentes também querem se destacar, querem um grande semestre. Aposto com qualquer um que se eu olhar agora na lista de prospects do seu concorrente, vou ver os mesmos imóveis que o seu em destaque. Alguma dúvida?
Desculpe pela ducha fria de realidade, mas ela é necessária, às vezes. E aqui vai outra. Você tem certeza de que pode arrebentar neste primeiro semestre e vende como nunca, só não sabe ( nem parou para planejar) como. Mas tenho boas notícias. Vou citar aqui alguns elementos que, se empregados na sua rotina de vendas, podem fazer deste semestre o melhor que você já teve.
1) Defina-se: Por exemplo: eu me defino como acadêmico, uma pessoa de idéias, um pensador, um viajante incansável, um estudante. E você, já se definiu? Já pensou sobre quem é você? Já escreveu isso? Comece. Seu primeiro desafio é marcar uma hora consigo. Arranje um cantinho confortável, na frente de um computador, com o Word aberto ou simplesmente com papel e caneta. Defina quem você pensa que você é. Melhor ainda, quem você acha que é no momento e o que você quer se tornar.
Um dos pensadores que eu mais respeito, o Dr. Paul Homily, me ensinou a tomar todas as decisões com base na pessoa que quero ser. E agora deixe-me contar outro segredo: eu também me defino como o melhor vendedor do mundo. É um sentimento pessoal, que me leva aonde quero ir. Quando você se definir, assegure-se de incluir tudo em que você é o melhor. Se quiser ter o melhor semestre de todos, você tem de se imaginar sendo o melhor. Melhor vendedor da empresa, melhor eliminador de objeções do Brasil. No que for, seja o melhor.
2) Tenha uma missão de vendas: Toda empresa tem sua missão, apesar de serem poucos os que podem recitar a missão do lugar em que trabalham. O motivo? Na maioria das vezes, trata-se de um blablablá feito pelo pessoal do marketing, que você não vê refletido em sua realidade.
Por isso, você precisa de uma missão de vendas- um motivo para sair da cama todos os dias. Algo como: " Minha missão é fazer o cliente comprar de mim de uma maneira tão especial e única que ele queira comprar de novo e diga a todos como eu sou bom". Simples e direto, na veia.

SER UM LÍDER QUE PRESSIONA OU MOTIVA?



É pressão pra todo lado. A pressão natural é admissível, ou seja, a empresa é pressionada naturalmente para melhorar seus produtos e seus serviços, caso contrário os clientes vão embora e não voltam nunca mais.
“O novo líder motivador deverá ter a capacidade de construir visões sobre o futuro que liberem o potencial humano de cada liderado e canalizem suas energias para a direção desejada”. Jamais vimos na história da humanidade uma pressão contínua tão forte no mundo corporativo.
É pressão pra todo lado. A pressão natural é admissível, ou seja, a empresa é pressionada naturalmente para melhorar seus produtos e seus serviços, caso contrário os clientes vão embora e não voltam nunca mais.
Talvez seja essa razão que muitos líderes se perdem na forma de liderar e pressionam seus colaboradores além da conta. Não é raro encontrar funcionários que começam a “sabotar” a empresa porque não estão sendo bem tratado por seus superiores. Então, fica a pergunta: Como liderar de forma eficiente sem pressionar além da conta sua equipe a dar o melhor de si? Algumas respostas podem ser:
- Tratar todos de forma humana e democrata, isso evita que o funcionário se sinta humilhado diante dos seus colegas.
- Ser exemplo de ética, profissionalismo e motivação. Pois a palavra pode incentivar, mas o exemplo impulsiona.
- Ser cortês e dinâmico na sua liderança. Um líder educado é mais fácil de conquistar a atenção dos seus colaboradores.
Você que é líder, faça uma breve reflexão, após ler este artigo, e perceba se a sua liderança está conseguindo com que seus subordinados (colegas de trabalho) estejam satisfeitos com o seu modo de ser e de tratá-los, ou se está na hora de você rever seus hábitos e costumes para melhorá-los afim de que sua liderança seja mais eficiente. Pense nisso e melhore o quanto antes. Seus liderados e clientes agradecem.

COMO É O IMÓVEL IDEAL PARA INVESTIR OU PARA MORAR


Especialistas dizem que investidores devem prestar mais atenção ao valor do aluguel e ao potencial de valorização de uma região

A compra de imóveis é uma tradição entre os brasileiros. O bem sempre foi visto como uma forma de consolidar o patrimônio e ter a segurança de investir em um ativo real, que ainda pode gerar receitas mensais com aluguel. Mas comprar um imóvel com objetivo de morar ou com a finalidade de investir tem suas diferenças. Em primeiro lugar, quem já tem um imóvel e quer adquirir outro para obter renda precisa procurar empreendimentos que garantam um retorno maior, independentemente da sua localização ou do tamanho.
Os apartamentos menores, por exemplo, são mais fáceis de serem alugados e costumam gerar receitas mais interessantes em relação ao investimento. De acordo com um levantamento do portal imobiliário VivaReal feito a pedido do InfoMoney, os apartamentos de 1 e 2 dormitórios, com metragem entre 40 e 90 metros quadrados são os mais procurados para locação.
Justamente por isso, eles têm uma taxa de vacância (desocupação) menor e também garantem um retorno proporcionalmente mais elevado.
Outra opção bastante recomendada para quem deseja investir em imóveis é olhar para as salas comerciais. Apesar de serem mais caras, elas possuem menores taxas de inadimplência. O profissional que a aluga costuma possuir uma receita mensal com o negócio para pagar o aluguel e, como aquela é a sua fonte de renda, ele dificilmente ficará inadimplente a ponto de ser despejado. Além disso, costuma ser mais fácil negociar esses imóveis. “O imóvel comercial pode se mostrar mais vantajoso em alguns casos por conta da sua melhor liquidez”, explica o professor de economia Claudemir Galvani, da PUC.
Pesquisa de campo
De acordo com o presidente da consultoria Canal do Crédito, Marcelo Prata, quem quer investir em imóveis deve fazer uma pesquisa com corretores e analisar as áreas de maior potencial de crescimento da cidade. “Para quem espera que o investimento retorne na valorização do imóvel, isto é muito importante”, diz.
Se o objetivo do investimento for obter retorno com o aluguel, também é preciso se atentar para a demanda, ou seja, pelos inquilinos em potencial. “O ideal seria comprar com o inquilino em vista para ter uma rentabilidade imediata. Caso contrário, o imóvel pode não ser alugado no mesmo momento e o investidor ficará algum tempo sem ter retorno nenhum”, explica.
O professor da PUC também aconselha que o investidor ande pela região e veja como está a oferta de imóveis no bairro. “Ao avaliar um imóvel é sempre bom ficar atento se existem outros apartamentos para vender e alugar na região, pois se esse número for pequeno significa que a demanda no local também pode ser pequena”, reforça Galvani.
Outro ponto importante é se questionar sobre a rentabilidade que você espera do imóvel. Dependendo da região, é possível cobrar até 0,5% do valor do imóvel. “Para descobrir essa porcentagem, é essencial fazer uma pesquisa de campo para saber quanto os outros locatários estão cobrando na região escolhida”, sugere Prata.
Imóvel para morar
Já quem procura um imóvel para morar deve levar em consideração outros aspectos, focando principalmente na qualidade de vida da sua família. Ao avaliar um imóvel para viver é preciso olhar o comércio ao redor, o deslocamento até o local de trabalho e a segurança que aquela região possui.
“A comodidade e praticidade que o imóvel pode trazer ainda são fatores determinantes na hora da escolha. Morar perto do trabalho e da escola dos filhos pode trazer uma economia muito grande no orçamento familiar”, disse Marcelo.
O estado de conservação do imóvel é outro ponto que o comprador precisa estar atento. Se o apartamento ou a casa for muito antigo, o proprietário terá que arcar com os custos, por isso é sempre bom verificar as instalações do local para ver se não há muitos problemas. Uma dica, nesse caso, é chamar um engenheiro para fazer uma avaliação.
“Também é importante checar se está no momento certo para comprar o imóvel. Em épocas de hiperinflação é a forma mais concreta de você não perder dinheiro, mas se você estiver no começo da vida de casado ou se acabou de trocar de emprego, pode não ser um bom momento”, conclui Prata.

BUILT TO SUIT É CRESCENTE NO MERCADO IMOBILIÁRIO


O Built to Suit significa, expressão de origem inglesa, que para o mercado imobiliário corporativo é o mesmo que construção sob encomenda tem se mostrado extremamente vantajosa ao usuário/locatário. Há poucos anos no Brasil, o serviço é realizado para empresas de diversos segmentos e tamanhos, com objetivo de desenvolver projetos de construção de imóveis encomendados e especialmente feito para locação. “Como o investimento para a compra do terreno, elaboração de projetos, compra de materiais e mão de obra fica por conta do empreendedor. A companhia contratante reduz a exposição de capital em imóveis próprios, passando a alugar instalações projetadas sob medida para atender necessidades funcionais.”, explica Luiz Roberto L. Trevisani, da Petre, que realiza esse serviço e está há 19 anos de mercado de empreendimentos e projetos imobiliários.
Empresas das áreas da indústria, logística, corporativo, comercial, laboratório, escola, hospital, lojas, depósitos, estruturas especiais, entre outros, nacionais ou estrangeiras, que querem montar uma sede administrativa, escritórios, filiais ou outros espaços, para instalações, produção ou distribuição de produtos, encomendam um projeto de imóvel conforme aspirações, necessidades e expectativas, levando em consideração as características do negócio no desenvolvimento. “O prestador de serviço de Built to Suit será o investidor e é quem imobiliza o capital, deixando a empresa-locatária direcionar os recursos para investimentos concentrados nas áreas mais importantes do seu próprio negócio.”, detalha o empresário da Petre.
Os aluguéis pagos pelo locatário que solicitou o desenvolvimento do projeto serão o retorno do investidor e a contratação do serviço normalmente é regida por um contrato com prazo mais amplo que o convencional do mercado. “Uma das grandes vantagens da contratação de um serviço como este é que dificilmente a empresa errará na escolha do melhor local para o imóvel, pois o serviço será desenvolvido por especialistas em áreas variadas, como por exemplo, mercado imobiliário, finanças, arquitetura, planejamento de espaço, engenharia de avaliações, urbanismo, direito imobiliário, engenharia civil, marketing, contabilidade, pesquisa, sistemas de informações geográficas, estatísticas, entre outras.”, explica Luiz Roberto L. Trevisani.
Os contratos locatários no Brasil podem variar de 5 a 20 anos, de acordo com o tipo de imóvel, localização e senso de risco do empreendedor, mas após este período há como negociar a compra do imóvel. “Entre as opções de negócio está a locação, sempre com possibilidade de renovação, pois uma empresa não vai se mudar para um prédio para ficar 10 anos e depois trocar de local. A corporação terá uma garantia de permanência em renovação de locação entre 10 ou 50 anos. Há como oferecer ao final do contrato a opção de compra pelo valor de mercado na época. Ou, desde o início, no contrato de locação poderá constar a opção de compra do imóvel ao final do período por valor pré-determinado, corrigido monetariamente com base em determinados índices. Outra opção é já prever a compra do prédio no final, com valor simbólico. Porém neste caso o aluguel têm um adicional.”, detalha o diretor da Petre. De qualquer forma, aluguel só será pago após o desenvolvimento da obra e entrega do imóvel para a empresa contratante.

BANCO DO BRASIL QUER SER VICE-LÍDER EM CRÉDITO IMOBILIÁRIO


Banco hoje ocupa a quinta posição nesse mercado, atrás da Caixa, Itaú, Bradesco e Santander
São Paulo - A carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil cresceu mais de 90% nos últimos 12 meses, atingindo a cifra de quase 10 bilhões de reais. O montante coloca o BB como quinto no ranking dos maiores bancos provedores desse tipo de financiamento, atrás, da Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, mas se depender das ações e do ritmo de crescimento dessa carteira, o banco espera em breve ocupar a segunda posição no pódio.
"Aprendemos a trabalhar com esse segmento de crédito e estamos crescendo em velocidade mais acelerada que os concorrentes. Tirando a Caixa, que é líder desse tipo de financiamento, temos condições para alcançarmos a segunda maior carteira de crédito imobiliário do país e isso não vai demorar muito para acontecer", afirmou Alexandre Corrêa Abreu, vice-presidente de negócios de varejo do BB, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira.
O Itaú hoje ocupa a posição que o Banco do Brasil almeja e tem uma carteira de crédito imobiliário de aproximadamente 22 bilhões de reais, nos últimos 12 meses, o banco, no entanto, cresceu 36%. O Bradesco tem uma carteira de cerca de 20 bilhões de reais e o Santander de 17 bilhões de reais.
No trimestre, 7.464 financiamentos de crédito imobiliário foram liberados pelo banco. O número é o maior desde 2008, quando o BB começou sua carteira nesse setor. "Temos uma base de 56 milhões de clientes que será o combustível para atingirmos nossas metas", disse Abreu.
Crescimento sustentável
A carteira de crédito total do Banco do Brasil atingiu a cifra de mais de meio trilhão de reais no fim de junho deste ano, crescimento de 20,3% nos últimos 12 meses. O banco encerrou o primeiro semestre deste ano como líder desse mercado, com quase 20% de market share.
Segundo Ademir Bendini, presidente do Banco do Brasil, o crescimento da carteira vem ocorrendo de forma sustentável. "Estamos oferendo produtos que oferecem menores riscos. A nossa taxa de inadimplência é menor do que a apresentada pelo mercado e a tendência é de queda para os próximos meses", afirmou o executivo.
No final o primeiro semestre, os índices de inadimplência do BB ficaram em 2,1% da carteira de crédito, já o Sistema Financeiro Nacional (SFN) registrou inadimplência de 3,8% no mesmo período. De acordo com o banco, as operações de baixos riscos representaram mais de 90% de toda a carteira de crédito do banco.
No semestre, o BB lucrou 5,5 bilhões de reais. No segundo trimestre, os ganhos do banco totalizaram 3 bilhões de reais, queda de quase 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.

SECOVI-SP APONTA EQUILÍBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA DE IMÓVEIS NOVOS


Vendas no primeiro semestre do ano aumentaram 2,6% na capital
O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgou os dados relativos a venda de imóveis novos na cidade de São Paulo durante o primeiro semestre do ano. De acordo com a entidade, houve um aumento de 2,6% de janeiro a junho, indo de 11.680 para 11.981 unidades.
O Valor Geral de Vendas (VGV) do período, no entanto, foi de R$ 6 bilhões, o que representa uma queda de 1,5% em relação ao primeiro semestre de 2011 (R$ 6,1 bilhões).
De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), foram lançadas 8.862 unidades no primeiro semestre deste ano. O número é 37,2% menor do que o mesmo período de 2011, quando houve o lançamento de 14.112 unidades.
Somente no mês de junho, 16.749 unidades foram ofertadas na cidade de São Paulo. O volume também caiu em relação ao apresentado em 2011 (19.731 unidades). Segundo o Secovi-SP, os números apontam que houve um equilíbrio entre a oferta e demanda neste primeiro semestre do ano.
O número de unidades vendidas durante o mês de junho em São Paulo foi de 1.846. Apesar de as vendas apresentarem resultados inferiores às de maio (2.728 unidades), o sindicato acredita que o mercado passa por uma fase de ajuste, na qual acontecerá a manutenção da tendência de crescimento da comercialização no segundo semestre do ano.
Em relação à segmentação das vendas por números de dormitórios, a pesquisa do Secovi-SP aponta que 6.227 imóveis eram de dois quartos, com participação de 52% no total de unidades comercializadas. Já os empreendimentos de três dormitórios representaram 30,1% das vendas do semestre, com 3.601 unidades.
Já no volume de vendas, 8.743 unidades estavam em fase de lançamento, o que significa que foram vendidos em período inferior a 180 dias contados a partir do lançamento no mercado. Essa fase foi responsável por 73% das vendas do semestre.
A velocidade de vendas, que indica o desempenho entre a comercialização e a oferta de imóveis novos, resultou, no último ano, em Vendas Sobre Oferta (VSO) de 61,9%. No ano anterior, o indicador foi de 56,7%.
O Secovi-SP afirma que a redução no número de lançamentos é um reflexo do mercado à realidade de demanda. Porém, esta queda também pode estar relacionada a dificuldades de aprovação de projetos, por este ser um ano de revisão do Plano Diretor; falta de estoques de outorga onerosa; burocracia no licenciamento de novos projetos; e a necessidade de clareza e simplificação das leis que tratam do setor imobiliário.

CRÉDITO IMOBILIÁRIO CRESCE 35,6% NA REGIÃO


Financiamentos envolvendo o setor atingiram o montante de R$ 1,04 bilhão nos primeiros seis meses do ano
Feirão da Caixa, em Campinas, é apontado como um dos eventos que alavancaram a procura por crédito
O financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal para a RMC (Região Metropolitana de Campinas) atingiu no primeiro semestre o montante de R$ 1,04 billhão, o que corresponde a um aumento de 35,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram financiados 12.012 imóveis, a uma média de R$ 86,6 mil por unidade.
As linhas de crédito com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) alcançaram cerca de R$ 380 milhões, enquanto as operações do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e outras fontes de recursos somaram aproxima-damente R$ 646 milhões.
Os dados foram divulgados ontem pela Superintendência da Caixa em Campinas, que abrange 18 das 19 cidades da RMC (a exceção é Itatiba), além dos municípios de Rafard, Rio das Pedras, Capivari, Elias Fausto e Mombuca.
INCENTIVOS
A política de redução da taxas de juros implementada pelo banco em maio fez com que o aumento do volume de contratação fosse concentrado nas modalidades individuais e SPBE, nas faixas de renda acima de R$ 5 mil, com valor de imóveis superior a R$ 170 mil.
Por esse perfil de público, no primeiro semestre de 2012, foram contratados R$ 380 milhões, que representa mais de um terço do total e crescimento de 20% em relação a igual período do ano passado.
“Esse resultado é o reflexo da concretização das propostas originadas no 8º Feirão Caixa da Casa Própria, realizado no mês de maio, e das novas condições lançadas no Programa Caixa Melhor Crédito, especialmente a redução de taxa de juros de até 22% e aumento de prazo para 35 anos”, explicou Marcos Fontes, gerente regional da Construção Civil na Superintendência da Caixa em Campinas. O Feirão da Caixa movimentou cerca de R$ 330 milhões em Campinas.
Diretor da regional do Secovi em Campinas (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), Rodrigo Otávio Coelho de Souza afirmou não ter ficado surpreso com esse aumento por conta da evolução da renda da população, mas acredita que a oferta de crédito imobiliário no País ainda é pequena.
“Esse resultado já era esperado e não me surpreende. São vários fatores que motivaram esse crescimento. Além do aumento do prazo e da queda de juros, houve aumento da renda da população, e a tendência é continuar crescendo”, avaliou Souza.
A Superintendência da Caixa divulgou balanço referente a empréstimos para empresas, que no primeiro semestre chegaram a R$ 195,8 milhões.

POR QUE O INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO É MAIS RENTÁVEL?


Quando comparamos o investimento imobiliário com outras modalidades de investimento no mercado financeiro, vemos que a rentabilidade do investimento em imóvel é a maior e a menos suscetível a perdas do capital investido. Se analisarmos os últimos trinta anos veremos que iniciamos pela hiperinflação da década de oitenta, com sucessivos planos econômicos e contínuas supressões da inflação dos índices oficiais que literalmente “roubaram” do cidadão comum os rendimentos de poupança e renda fixa.
Na década de noventa passamos no início pelo confisco do Collor, quando milhões de brasileiros perderam seu patrimônio e pelos duros ajustes iniciais do Plano Real, momento em que o Presidente Fernando Henrique debelou a inflação. Na primeira década do novo século, tivemos em 2001 o momento terrível do ataque às torres gêmeas, em que o mundo se viu em cheque e todos os mercados despencaram. E, mais tarde, a crise do sub-prime nos Estados Unidos, em que bancos quebraram e petróleo e bolsas do mundo todo perderam mais da metade de seu valor.
Se observarmos com atenção, veremos que no Brasil, nestas três décadas e mesmo nestes piores momentos, o capital investido em imóveis esteve a salvo. Naturalmente que houve pequenas oscilações em sua rentabilidade, porém nunca a perda de parte do capital investido, fato que se viu muito nos investimentos do mercado financeiro durante este período, vide eventos relatados acima e, inclusive na renda fixa, quando houve a quebra de bancos como o Econômico, por exemplo.
Nestas três décadas podemos dizer que o imóvel valorizou regular e substancialmente em todas as expressivas cidades do país, além de proporcionar à seus proprietários moradia ou renda de aluguel segura, de 6% ao ano para cima. Podemos dizer ainda, para fim de análise dos rumos do mercado no momento atual, que nos últimos seis ou sete anos, este movimento de valorização e rentabilidade aumentou, potencializado pelo grande aumento da oferta de crédito imobiliário com juros descendentes e substancial aumento de renda do brasileiro.
Assim, se ao analisarmos o passado podemos concluir que o investimento em imóveis tem sido o mais rentável, regular e seguro dos disponíveis no mercado, ao nos perguntarmos hoje se os fundamentos que trouxeram os preços até aqui tendem a se intensificar ou não, mantendo uma boa valorização e rentabilidade no futuro, nos deparamos com as seguintes ponderações: Não bastasse o fato do crédito imobiliário continuar abundante e ainda não significar nem 10% do nosso PIB, o que é baixo e lhe dá uma margem de crescimento futuro exponencial quando comparado aos países desenvolvidos, temos ainda a queda nos juros e o aumento da renda média do brasileiro das classes D, C e B, que é o tomador deste dinheiro. Alie-se a isso a um ainda existente e substancial déficit habitacional e ao aumento do prazo para pagamento destes empréstimos à 35 anos, anunciado agora pelo governo via CEF, o qual permite um maior poder de pagamento aos compradores, e temos um cenário de sustentação não só da produção, mas também da valorização do mercado.
Para o investidor, temos um cenário de potencial valorização de algo próximo de 12% mais a rentabilidade do aluguel de 6% , que, somados, nos levam a 18% ao ano com inflação decrescente e consequente ganho real maior. Se compararmos isso com a queda da rentabilidade da poupança e aplicações em títulos, veremos que teremos longos anos de benesses para o investimento imobiliário.
Então por que alguns falam em desaceleração das expressivas valorizações ocorridas até então e da possibilidade de excesso de lançamentos no mercado? Porque houve, sim, algumas valorizações excessivas, ocasionais e em cidades/bairros ou empreendimentos específicos, em que se divulgou a ocorrência de valorizações anuais acima de 50% ao ano, as quais foram usadas incorretamente como exemplo do todo e, naturalmente, o mercado trata de ajustar os excessos das anomalias ocorridas. Porém, o todo do mercado, na grande maioria de suas cidades e bairros, os quais tiveram excelentes, apropriadas e fundamentadas valorizações, continuará por muitos anos crescendo, valorizando e rentabilizando os investimentos, com segurança e tranquilidade para o poupador, além de proporcionar cada vez mais lares adequados para as famílias brasileiras.

COM 39 M², APÊ COM PAREDES MÓVEIS E MOBÍLIA INTELIGENTE PODE SER ALTERNATIVA À FALTA DE ESPAÇOCOM 39 M², APÊ COM PAREDES MÓVEIS E MOBÍLIA INTELIGENTE PODE SER ALTERNATIVA À FALTA DE ESPAÇO

Apê de 39 m² em NY tem paredes móveis e atinge 102 m² de área útil, pela modificação dos ambientes
Móveis inteligentes se transformam e adaptam às necessidades de uso
Nova York - Pode ser que a casa do futuro seja um apartamento - com 39 m², bem pequeno - em um prédio residencial secular na Sullivan Street. Branco e brilhante, esse apê tem paredes móveis que permitem transformar um ambiente em seis, além de mobília expansível e ar filtrado - ou "do campo" -, como disse o proprietário Graham Hill, recentemente, enquanto exibia os truques conversíveis do imóvel como uma Bernadette Castro dos dias de hoje, vestido corretamente com uma camisa pólo de lã merino preta, calças pretas e tênis pretos da marca Vans.
Este laboratório, como Hill o chama, de pequenos espaços, sustentável e - é preciso enfatizar - de alto padrão é o primeiro produto tangível de sua companhia, a LifeEdited. O empreendimento vem com um estranho manifesto que, apesar disso, consegue reunir um bocado de filosofias e tendências sociais e econômicas, incluindo pesquisas de felicidade, o expansivo campo do consumo colaborativo e dados demonstrativos sobre cidades eficientes.
Esta é uma mistura de sistemas novos e antigos que soarão familiares para frequentadores assíduos de palestras do TED - onde Hill foi um palestrante -, para frequentadores da seção de auto-ajuda em livrarias e até mesmo para urbanistas da velha guarda ou fãs de Buckminster Fuller.
"Projetar sua vida para incluir mais dinheiro, saúde e felicidade com menos coisas, espaço e energia", como diz o manifesto, é tanto um bocado de palavras quanto um paradoxo para uma empresa que espera estar no mundo das vendas, muito parecido com as ondas das mais novas dietas milagrosas que prometem perda de peso se você devorar todas as suas comidas favoritas.
Inspirado e empreendedor
Hill, o fundador do TreeHugger, um website que deixou o ambientalismo um tanto atraente e inspirador ao promover uma visão moderna e global do design sustentável (pense em galinheiros arquitetônicos, telhados verdes e condomínios "éticos"), mostrou que Hill pode obter lucros com seu idealismo sincero e seu bom gosto. Afinal de contas, o empresário vendeu o site em 2007 para a Discovery Communications, dona do Discovery Channel, por US$10 milhões.
Hill, 41 anos, canadense, formou-se arquiteto e designer de produtos. O TreeHugger, que nasceu em 2004, foi seu segundo investimento na internet. O primeiro, uma empresa de web design, foi vendido em 1998 também por US$10 milhões, certamente seu número da sorte.
"O Graham vem de uma rara linhagem, a do idealista pragmático", diz Nick Denton, fundador do Gawker Media. Foi Denton que ofereceu a plataforma de blogging do Gawker como template para organizar o TreeHugger em seus primeiros passos. Em troca, Hill lhe deu uma parte do negócio.
"Ele está longe do mínimo esforço e do idealismo vazio", acrescenta Denton. "Acho legal que o Graham crie um modo sustentável de viver nas cidades ao invés de exibir painéis solares de milhões de dólares em casas no Napa Valley, que não é o modo como a maioria das pessoas vive", alfineta.
Os condimentos ficam acondicionados nos círculos magnéticos aplicados do lado de fora do móvel
"Sempre teve a ver com burgueses no paraíso, não é?", continua Denton, referindo-se ao público do TreeHugger, hoje preparado para ser o consumidor do LifeEdited.
"O pequeno é sexy"
Se fosse questionado, Hill lhe diria que lhe exigiram que selecionasse suas coisas para que coubessem em uma mala pequena e que isso fez com que ele se apoderasse da noção de "pequeno" como um plano de negócio.
"O pequeno é sexy", ele diz em uma palestra de seis minutos: um sucesso no YouTube, com mais de 1,3 milhões de acessos até então. Tal manifesto também contém os seguintes aforismos: "troque propriedade por acesso", "possua o mínimo possível para não ter que guardar muito" e "editar é a habilidade deste século: editar espaço, consumo de mídia, amigos".
Graham Hill certamente não é o primeiro a anunciar os benefícios de uma vida simples. Há uma ligação direta entre Buckminster Fuller e Sarah Susanka, a arquiteta e autora de "Not So Big House", publicado em 1998 no auge da expansão das McMansões do país, e entre o pessoal do Tiny House, os construtores de microcasas.
Existem as pessoas que acumulam, as pessoas que prezam pela simplicidade e autores como Dave Bruno, que escreveu um livro sobre editar suas posses até chegar a 100 coisas. Barbara Flanagan, arquiteta, designer de produtos e escritora, passou Bruno em dois itens com seu livro de 2008 "Flanagan Smart Home: The 98 Essentials for Starting Out, Starting Over, Scalling Back".
O projeto
Em 2009 e 2010, Hill comprou dois apartamentos em um prédio residencial na Sullivan Street: um cubo de 39 m² por US$287 mil e outro de apenas 32 m² por US$280 mil. Ele se alojou no menor e lançou o concurso de um projeto para o espaço maior, com um briefing que incluía a necessidade de uma mesa de jantar para 12 pessoas e quarto de hóspedes, entre outras comodidades.
Surgiram mais de 300 candidatos e Catalin Sandu, uma estudante de arquitetura da Hungria - e hoje empregada por Hill -, venceu com seu apartamento-transformer, em um processo de seleção promovido pelo site TreeHugger.
"O LifeEdited tem a ver com ter menos com que se preocupar e já estou preocupado com algumas coisas", ele disse. "Precisamos fazer coisas mais baratas e mais resistentes. Essa parede móvel é muito cara." (Seu mecanismo custa cerca de US$ 4.850 e foi fabricado por um produtor de estantes para livrarias.)
"Como podemos construir uma parede de baixo custo que seja segura e funcione bem? É tudo muito caro, mas é também um laboratório. Estou acostumado a isso com o TreeHugger. Tínhamos coisas caras no início. Há um papel - e acredito que um bom papel - a ser cumprido pelos primeiros consumidores e pelas pessoas com dinheiro. Isso ajuda a mostrar os produtos e aumentar seus volumes de vendas, assim os preços podem baixar."
Custos e comodidades
Tudo incluso, a reforma do apartamento custou cerca de US$ 365 mil, US$ 50 mil dos quais foram utilizados para acelerar a entrega pela construtora. Já que o objetivo é oferecer apartamentos que economizam uma significativa quantia de dinheiro das pessoas, Hill sugeriu este cálculo como modo de diminuir o peso da etiqueta da Sullivan Street: ele aumentou a metragem (considerando o) dos ambientes criados pelo apartamento - cozinha, banheiro, sala de estar, sala de jantar, escritório, quarto principal e quarto de hóspedes - ou seja, 102 m².
"Olhando por este prisma," argumenta o empresário, "você está levando a funcionalidade de um apartamento quase três vezes maior. Ok, você só pode usar um espaço por vez e isso exige uma transformação, mas mesmo assim…"
Sullivan Street é um ecossistema especial, uma micro-vizinhança de prédios residenciais centenários e cafés hipsters como o "Local" - que serve sanduíches vindos direto da fazenda e construiu um miniparque em uma vaga de estacionamento em frente à vitrine. Os "notáveis exemplos de preservação da vida dos imigrantes italianos na virada do século em Nova York", como afirma Andrew Berman - diretor executivo da Sociedade do Greenwich Village para a Preservação Histórica - "são o motivo pelo qual está trabalhando para conseguir que o local, a sul do Washington Square Park e conhecido como South Village, seja classificado como distrito histórico".
E o prédio na Sullivan Street, onde Hill está trabalhando sua ecotopia, "não é a residência padrão", eclarece Berman. "É um lugar muito interessante, um modelo residencial construído em 1911 por uma organização fraterna de imigrantes italianos para a explícita proposta de criar habitações que fossem mais humanas, limpas, arejadas e ensolaradas que as outras casas da região, que foram construídas para abarrotar o maior número de pessoas possível, dentro dos limites da lei".
Existem ironias aqui, é claro, entre elas a ideia de transformar habitações da classe trabalhadora em apartamentos de luxo para nômades endinheirados e sem filhos como Hill.
Sábado, uma das vizinhas do empresário, Angela D’Arcangelo, parou para inspecionar a construção finalizada. Ela conta, espiando pela porta, que fez 102 anos em junho e que vivia no prédio desde os 6 anos. "Muito bonito", disse, finalmente.
Será que Hill imagina como é viver aqui tanto quanto D’Arcangelo viveu? O empresário parecia horrorizado ao responder: "não penso em décadas".

BANCO EMITE LCI SEM LASTRO EM CRÉDITO IMOBILIÁRIO


Criadas com o objetivo de oferecer novas alternativas de captação de recursos para os bancos que financiam o setor imobiliário, as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) viraram uma febre no mercado graças à isenção tributária dos rendimentos dos investidores. Agora que o estoque desses papéis no sistema financeiro já alcança algumas dezenas de bilhões de reais, começam a aparecer casos de papéis emitidos sem lastro em créditos imobiliários.
Ao menos um banco, o Sofisa, tem vendido a investidores papéis que não têm por trás carteiras de crédito imobiliário ou outro tipo de financiamento para o setor. Segundo o próprio banco confirma, suas LCIs são baseadas em outras modalidades de operações de crédito, como capital de giro, que contam com imóveis em garantia.
A Lei 10.931 de 2004, que autoriza a emissão desses títulos, prevê que as LCIs devem ser lastreadas por "créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel". Essas operações podem ter como referência carteiras de crédito para pessoas físicas ou jurídicas, essas últimas voltadas para o financiamento de construtoras ou projetos imobiliários. O emissor dos títulos pode ser um banco múltiplo, uma sociedade de crédito imobiliário, uma companhia hipotecária ou qualquer outro tipo de instituição, desde que autorizada pelo Banco Central.
O Sofisa não tem operações de crédito imobiliário e, de acordo com informações disponíveis em seu site na internet, suas LCIs têm como lastro imóveis que foram dados em garantia de operação de financiamento. "A oferta de LCIs pelo Banco Sofisa Direto está condicionada à existência de lastro, ou seja, de operações cujas garantias sejam imóveis", destaca o banco em sua página.
Em entrevista concedida ao Valor em 16 de julho, Bazili Swioklo, diretor do Banco Sofisa Direto, afirmou: "o lastro das nossas LCIs é o imóvel dado em garantia nos empréstimos que concedemos para nosso clientes". O banco opera principalmente com empresas de médio porte. A finalidade dos créditos concedidos é diversa. Há operações para capital de giro e para aquisição de equipamentos, por exemplo, segundo informa o próprio banco. Essas operações não têm as características das linhas de financiamento imobiliário, tanto em prazo como em risco.
O Sofisa vem ampliando a captação por meio desse instrumento. De acordo do último balanço publicado pela instituição, o estoque dos papéis emitidos somava R$ 76,392 milhões ao final do primeiro trimestre, com crescimento de 112,7% em relação ao registrado no final de 2011. O estoque representava 2,3% da captação total do banco, de R$ 3,287 bilhões.
Recentemente, o Sofisa investiu em uma campanha publicitária que contou com a participação do ator Dan Stulbach. No vídeo veiculado na TV aberta, o ator oferecia as LCIs do banco para investidores pessoa física e ressaltava o retorno até 20% superior à nova remuneração da poupança e a isenção do Imposto de Renda (IR) sobre o rendimento.
Praticamente todos os grandes bancos têm lançado mão desses instrumentos baseados na carteira de crédito imobiliário. Mesmo bancos médios como BVA, Pine e ABC, que não atuam diretamente com a linha de financiamento imobiliário, têm emitido esses títulos com lastro na carteira de empréstimos a construtoras ou a projetos imobiliários, algo permitido pela legislação.
Por contarem com isenção de IR, esses papéis têm tido grande demanda, principalmente entre investidores de private banking. O estoque de LCIs registrado na Cetip cresceu 49% nos últimos 12 meses encerrados em junho, somando R$ 56, 727 bilhões. Mas nem todas as operações são registradas, algo que não é obrigatório.
A responsabilidade pela fiscalização é do Banco Central. Procurada, a autoridade monetária informou que não comentaria o tema. O Valor apurou, entretanto, que o entendimento do BC é que as LCIs devem ter como lastro créditos imobiliários.
A lei que autoriza a emissão de LCIs divide opiniões no mercado financeiro e entre advogados. Há quem entenda que é possível emitir LCI sem crédito imobiliário, como faz o Sofisa. "A legislação permite que transações para 'usos gerais', que contêm garantias imobiliárias, se enquadrem como lastro de carteira de LCIs", diz Arturo Profili, sócio-diretor responsável pela área de renda fixa e produtos estruturados da Capitânia Asset.
Para Alexandre Tadeu Navarro, do escritório Navarro Advogados, a lei "não permite a emissão da LCI com lastro em crédito de outras naturezas, mesmo que a garantia seja imobiliária." A emissão sem lastro em crédito imobiliário também é vista com reserva por Carlos Ferrari, sócio do escritório de advocacia o N, F&BC. "A simples garantia de um imóvel não teria poder para modificar a natureza da operação."
O advogado destaca que, se a operação não estiver de acordo com a legislação, a instituição financeira pode ser autuada pela Receita Federal por não ter recolhido o IR nas emissões de LCIs. O investidor também pode ser cobrado por ter auferido um rendimento acima do que era devido e pode ter que pagar a diferença na declaração de ajuste do IR. No caso de um desenquadramento, Ferrari também afirma que o investidor pode ter dificuldade para receber o pagamento do Funda Garantidor de Créditos em uma eventual liquidação financeira da instituição emissora.
Assim como nos CDBs, o risco de crédito do papel é o da instituição financeira emissora.
O apetite das instituições pela LCI é facilmente compreendido. A captação a partir da letra imobiliária custa muito menos para o banco do que, por exemplo, o CDB. Como a LCI é isenta de IR para a pessoa física, o banco pode prometer um retorno bruto menor. Uma simulação no site do Sofisa Direto mostra essa vantagem para o banco e para o investidor. A LCI de seis meses paga 93% do CDI. O CDB de seis meses, 103%. Quem aplicar R$ 10.000 na letra imobiliária recebe, no final do período, R$ 10.351. No CDB, recebe R$ 10.311, 57. Atualmente, ao emitir uma LCI, um banco médio paga entre 85% e 95% do CDI. Ao emitir um CDB, um banco médio paga ao investidor entre 95% e 112% do CDI.
No Banco BVA, o estoque desses títulos soma R$ 800 milhões e representa 15% da captação total da instituição. O lastro das operações são financiamentos a projetos imobiliários, que somam hoje uma carteira de R$ 1,6 bilhão. "O mais importante é que o tomador desse crédito seja do setor imobiliário", afirma Ivo Lodo, presidente do BVA. Lodo destaca que a remuneração paga pelo banco em uma LCI, de até 108%, chega a ser de três a cinco pontos básicos inferior à de um Certificado de Depósito Bancário (CDB) emitido pela instituição. O prazo médio das operações é de seis meses, e todas as emissões de LCIs e seus lastros são registrados pelo banco na Cetip.
Já no Pine, o estoque de LCIs alcançava R$ 19 milhões em julho, menos de 1% da captação total do banco. As emissões têm como lastro o financiamento a empresas do setor de construção civil, que hoje representam 9% da carteira de crédito total do banco.
O Banco ABC Brasil também esclareceu que as LCIs emitidas pelo banco são lastreadas em empréstimos a incorporadoras e construtoras, que são direcionados para aquisição e investimentos em imóveis. O estoque de títulos emitidos pelo banco somou R$ 169,745 milhões no segundo trimestre, o que representa 1,4% da captação total.

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