CONTRATOS NOVOS DE ALUGUEL SOBEM 14% EM 12 MESES

Para os contratos em andamento, reajustados pelo IGP-M, o acréscimo será bem menor, de 4,3%

Os contratos novos de aluguel residencial na cidade de São Paulo tiveram um aumento médio de 14,1% nos 12 meses encerrados em maio. Em relação a abril, a alta foi de 1,5%.

Apesar de se manterem em patamar elevado, os reajustes vêm desacelerando desde dezembro (veja quadro).

"O recorde de aumento foi em novembro [alta de 19,8%]. A partir daí a tendência tem sido de redução do ritmo porque os preços estão em um patamar elevado", diz Roberto Akazawa, gerente do departamento de economia e estatística do Secovi-SP (sindicato da habitação), que divulgou a pesquisa ontem.

De acordo com Akazawa, o problema de escassez na oferta de unidades em algumas regiões é o que ainda mantém aumentos superiores à inflação. "A tendência é que essa distância diminua."

O reajuste do aluguel no mês passado ficou 9,1 pontos percentuais acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação. Em novembro, era 13,2 pontos percentuais acima do índice.

Desde dezembro, foram cinco quedas consecutivas na variação em 12 meses.

A primeira alta, considerado um "ajuste", ocorreu no mês passado.

"O país passa por um momento de desaceleração generalizada, reflexo da crise mundial. As pessoas estão receosas com o comprometimento de renda a longo prazo, seja para comprar, seja para alugar um imóvel mais caro", afirma Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para os contratos em andamento, com aniversário em junho e corrigidos pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), da FGV, a alta será bem menor, de 4,3%.

DORMITÓRIOS

O aumento de preços da locação no mês passado foi puxado pelos imóveis menores.

O valor do aluguel das unidades de um e dois dormitórios subiu, respectivamente, 1,5% e 1,7% no mês passado em relação a abril.

As casas e apartamentos de três quartos tiveram aumento médio de 1% no custo da locação.

"Cresceu a procura por os imóveis menores como resultado da alta no preço do metro quadrado na cidade", diz a especialista da FGV.

Entre os bairros com maior preço do metro quadrado em São Paulo estão os Jardins, Pinheiros e Vila Leopoldina.

Imóveis com 100 m² nesses locais, em bom estado e vaga na garagem, têm aluguel médio entre R$ 3.000 e R$ 3.700.

A pesquisa mostra ainda que casas e sobrados foram locados mais rapidamente, levando de 12 a 30 dias, ante um período de 18 a 37 dias para apartamentos.

No mês passado, o tipo de garantia mais usado foi fiador (47,5%), seguido dos depósitos de até três meses de aluguel (32%) e, por último, do seguro-fiança, usado em 20,5% dos casos.

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