JUSTIÇA MANDA CONSTRUTORA REFORMAR CASA DO MINHA CASA, MINHA VIDA

Moradora denunciou irregularidades no imóvel, em Assis (SP). A empresa não recorreu e irá iniciar as obras na segunda-feira (30).



A Justiça determinou que a construtora que fez casas financiadas pelo programa "Minha Casa, Minha Vida" em um condomínio, em Assis (SP), reformasse um dos imóveis. A dona da casa denunciou as irregularidades na construção do imóvel onde mora; um perito constatou que o material usado é de péssima qualidade e que houve falhas na construção. 

Em meio aos vários problemas estruturais das casas do Park Colinas, Rosileine de Oliveira, que sofreu com inundações e rachaduras, entrou com uma ação por danos morais e materiais contra a Caixa Econômica Federal e contra a construtora responsável pelo empreendimento com mil moradias e foi entregue em 2012 pelo governo federal.

Um perito foi nomeado pela Justiça para avaliar as condições do imóvel. No laudo, várias irregularidades foram identificadas. Entre elas, o uso de material de má qualidade e falhas na construção. No início desta semana, a Justiça deu ganho de causa para Rosilaine e determinou que a construtora iniciasse as obras de reforma em até 30 dias. A empresa não recorreu da decisão e irá iniciar as obras na próxima segunda-feira (30). 

Finalmente, Rosilaine poderá ter um lugar mais digno para viver com a família. “Agora eu vou ter um conforto, não vou ver mais a chuva entrando na minha casa, com meus filhos chorando e que estava molhando tudo. Eu me sinto bem, feliz, porque estou vendo o resultado depois de tanto tempo. A minha vitória.” 

A construtora alugou um imóvel e irá ceder à família de Rosilaine enquanto as obras são feitas. O aluguel será custeado pela construtora. Ela também ficará responsável pelos gastos com material de construção e pagamento da mão de obra. 

Mais problemas

Outros moradores também sofrem com a mesma situação. Há dois anos, Isabel Borges da Costa se mudou para uma casa no residencial Park Colinas. A aposentada paga R$ 54 por mês de prestação, mas o imóvel está cheio de problemas. O forro está se separando da parede e por duas vezes funcionários da construtora responsável pela obra já rebocaram as rachaduras que surgiram nas paredes. “Tudo mundo fala que essas casas não têm firmeza nenhuma. Não era pra ter feito casa aqui, porque aqui era lixão. Fizeram a casa em cima do lixo, agora esse lixo murcha, tinha que afundar mesmo.”

Os problemas se repetem em outras casas do bairro. Na residência de Alexandra Dias, as infiltrações estão em vários cômodos. Ela já aplicou quatro camadas de massa em alguns locais, mas a umidade persiste. No fundo da casa, rachaduras não param de crescer. “A minha caixa tombou, e em outras também, e a rachadura apareceu na mesma época. Mas eu mesma consertei a caixa d´água e ai a parede do corredor começou a ceder que a porta do quarto da minha filha não fecha mais.” 

As rachaduras também incomodam a cabelereira Elisete Bento. “Rachadura pra todo lado, goteiras, aquecedor solar pegava fogo, canos entupidos com massa, vazamento.”
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que técnicos irão até o Park Residencial Colinas para avaliar os imóveis e conversar com os moradores.

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