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Para novo presidente do Sindicato da   Habitação, preços vão acompanhar, em média, o nível de crescimento da economia. 
O empresário Claudio Bernardes toma   posse hoje como novo presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), em   substituição a João Crestana, no cargo desde 2008. O Secovi, que representa   as empresas do setor imobiliário, escolheu para representá-lo um empresário   focado em urbanismo. 
A grande meta de Bernardes à frente   do sindicato é colocar na pauta de discussões uma mudança no modelo de   ocupação de grandes cidades e metrópoles. Ele também falou sobre as   perspectivas de preços para o mercado brasileiro de imóveis, e de como a   tendência atual é de ajuste ao ritmo de crescimento da economia. 
A seguir, os principais trechos da   entrevista. 
As vendas de imóveis em 2011 caíram   cerca de 20% em São Paulo e os lançamentos subiram um pouco, algo como 1%,   segundo o Secovi. O que aconteceu? 
Existe uma acomodação natural. As   vendas caíram em relação a 2011, mas desde 2006 têm crescido. Não quer dizer   que haja uma bolha. Só que há uma acomodação no mercado. A diferença do   mercado imobiliário de uma indústria é que eles detectam uma alteração na   demanda, mandam desligar uma máquina e no outro dia a produção já está menor.   No mercado imobiliário, é um processo mais lento. Não vamos crescer no mesmo   ritmo dos últimos anos. Vamos crescer em média no ritmo da economia. Vai ser   4,5% ou 3,5%. Mas, em alguns bairros ou cidades, o crescimento será maior ou   menor. 
Mas o Brasil possui um déficit   habitacional. Como a demanda por imóveis caiu? 
Muitas pessoas querem comprar um   apartamento, mas isso nem sempre se caracteriza em demanda. Para ter demanda,   as pessoas precisam ter condição de compra. Ou seja, elas precisam ter   dinheiro ou acesso a financiamento. Com o aumento da renda da população e a   melhoria nas condições de crédito, muitas pessoas se tornaram potenciais   compradores de imóveis nos últimos anos. E o mercado correu para tentar   ofertar mais. Mas não conseguiu produzir na medida necessária para equilibrar   o preço. Porque não tem terreno, tem problema de estoque de outorga onerosa e   uma série de problemas. E, se o preço sobe muito, o número de potenciais   compradores cai. Então, gera um excesso de oferta. 
O volume de lançamentos vai continuar   a crescer? 
Não. Ele tende a se adequar à   demanda. Se a demanda se mantiver nesse nível, a oferta terá de cair um   pouquinho. Se o mercado produzir muito mais, existe uma tendência de que os   preços comecem a cair. E, se caírem, as empresas perdem a margem de lucro.   Então, param de produzir. Aí recomeça o ciclo. 
Os preços de imóveis dispararam nos   últimos anos. Eles vão continuar a subir? 
Os preços vão subir, na média, no   mesmo nível do crescimento da economia. Não acredito que exista espaço para   redução de preços. Assim como não tem espaço para subir muito mais do que a   economia. Mas é uma média, então essa relação será diferente em algumas   regiões onde há mais ou menos oferta. 
De quanto é o déficit habitacional no   Brasil? 
Depende da métrica para calcular. Mas   a verdade é que temos um déficit talvez entre 6 milhões e 10 milhões. É   enorme. 
É possível acabar com esse déficit. 
Sim. Outros países já conseguiram. No   ano passado, conversei com o ministro de Habitação da China e soube que eles   estão produzindo 10 milhões de unidades. Mas, para isso, é preciso ter   condições de infraestrutura e desenvolvimento de projetos. 
Como o governo pode ajudar? 
Temos duas questões principais. A   principal delas é a do terreno. O governo tem de ter uma cabeça voltada para   soluções urbanísticas que viabilizem a construção em mais terrenos, para   aumentar a oferta e reduzir o preço. Mas não adianta só isso. Temos um   problema de infraestrutura. Se quiséssemos construir 10 milhões de moradias   faltaria cimento, mão de obra e equipamentos. Não teríamos condições, mesmo   que tivéssemos terrenos. O governo pretende aumentar a meta do Minha Casa, Minha Vida até 2014. É factível? 
É uma boa decisão e é factível. Mas   precisa de estrutura de base. Se não tiver terreno em condição e preço, não   vamos conseguir fazer. 
O que vocês precisam para viabilizar   o programa? 
Vamos precisar de espaço urbano   adequado. Para isso, vamos ter de criar um novo modelo de ocupação para   viabilizar o adensamento das cidades em algumas áreas sem criar impactos   negativos para a região? 
Como? 
Existem espaços nas cidades onde é   possível fazer novas centralidades. Em São Paulo, há locais como Mooca, Pari,   Santo Amaro, que são antigas áreas industriais, onde o preço não é tão alto,   mas há espaços grandes. É possível fazer uma reurbanização, criando locais de   lazer, escola, comércio e residências para todos os padrões. 
O mercado imobiliário depende do que   para criar esses polos? 
Antes de tudo, o poder público   precisa planejar a cidade dessa forma. O mercado imobiliário seria   coadjuvante. O que estamos tentando fazer é apresentar um modelo à sociedade.   Temos um grupo de estudos, fizemos um plano para São Paulo e já encaminhamos   à Prefeitura. 
Por que vocês começaram por São Paulo? 
Porque está prevista uma   reestruturação do plano diretor em 2012. Fizemos essa contribuição para ser   um subsídio para a Prefeitura definir um novo plano diretor. E, se der certo   em São Paulo, pode ser aplicado em outras cidades. 
Então o que podemos esperar? O   mercado vai lançar projetos do Minha Casa, Minha Vida com imóveis   residenciais e comerciais, por exemplo? O Minha Casa Minha Vida é muito importante para ajudar o País a reduzir o déficit habitacional. Esse modelo é vencedor e terá de continuar até acabar com o déficit. Se tivermos um novo modelo de ocupação urbana, surgirão alternativas para novos empreendimentos. Podemos ter projetos no Minha Casa, Minha Vida um pouco mais longe do centro da cidade, se ficarem próximos de uma linha de trem, por exemplo. 
Mas para isso vocês dependem da   aprovação do poder público. Não é solução de curto prazo. 
Não é, entre aspas. Se houvesse   vontade política, poderia ser viabilizado em um ano e meio. 
Mas o prazo para lançar 2 milhões de   moradias no Minha Casa Minha Vida está correndo. 
Nesse período, precisaremos de   ajustes. Os terrenos vão escassear mais e ficar mais caros. Precisaremos de   mais subsídios, principalmente para a primeira faixa do programa, para   famílias com renda de até três mínimos. Em São Paulo, o governo do Estado   criou o programa Casa Paulista, que adicionou R$ 25 mil no limite de preço do   Minha Casa, Minha Vida para metrópoles do Estado. 
O governo terá de aumentar novamente   o teto do programa? Provavelmente. Até que se encontre uma solução mais duradoura para viabilizar uma oferta maior, que passa por um novo modelo de urbanismo. (Hoje, o Minha Casa, Minha Vida financia imóveis até R$ 170 mil.) Qual a sua principal meta como presidente do Secovi? 
Temos de procurar novos modelos de   ocupação para as cidades. E é aí que eu acho que o Secovi, espero que na   minha gestão, pode dar uma contribuição grande. Nós desenvolvemos o mercado   imobiliário com as regras de ocupação definidas pelas cidades. Aí lançamos   empreendimentos e somos acusados de provocar problemas de superlotação. O   mercado imobiliário é visto como o vilão que cria problemas de trânsito. Mas   só estamos tentando equilibrar oferta e demanda obedecendo às regras   existentes. Se a gente não planejar a cidade, ela vai crescer de forma   caótica. Isso é ruim para todos, não só para quem mora numa região, mas para   o mercado também. | 
NÃO HÁ ESPAÇO PARA REDUÇÃO DOS PREÇOS DOS IMÓVEIS
IMOBILIÁRIAS DE SÃO CARLOS, SP, DISPUTAM UNIVERSITÁRIOS COM BRINDES
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Para atrair os estudantes, vale oferecer desde   chopp até tablets. Setor injeta cerca de R$ 4 milhões na economia mensalmente. 
Com o início do ano letivo das universidades em   São Carlos, no interior de São Paulo, o mercado imobiliário fica aquecido.   Somado ao déficit de moradia de 15% a 20%, segundo o delegado do Conselho   Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Daniel Vilani, está um renda de   cerca de R$ 4 milhões mensais na economia local. Para atrair o universitário   e ganhar da concorrência as imobiliárias têm oferecido os mais curiosos   brindes para quem fechar um contrato, que vão desde um chopp ou um table até   um city tour pela cidade. 
São esperados 2.807 novos universitários para   cursos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e para o campus da   Universidade de São Paulo(USP) na cidade. Deste total, a expectativa é que   90% venham de outras cidades, em busca de moradias. Matriculados nas   graduações das duas universidades há cerca de 10 mil estudantes. 
De acordo com o Creci, a média gasta em moradia   por estudante é de R$ 450, levando-se em conta os que moram sozinhos e os que   preferem montar grupos, as chamadas repúblicas. 
O negócio lucrativo fez uma das imobiliárias por   à disposição dos estudantes três vans com motoristas e guias, que fazem   visitas pelo entorno da UFSCar e da USP. No percurso, a parada obrigatória é   em algum imóvel, seja casa, kitnet ou apartamento, para o cliente analisar a   oportunidade. No fim da viagem, o universitário leva um mapa da cidade e   brindes como cerveja e rodízio de pizza para quem fechar o contrato. 
Em outro estabelecimento da cidade, o estudante   que fechar o contrato passa a concorrer a aparelhos tablets, um em março e outro   em abril. A imobiliária oferece também uma sacola ecológica como brinde. | 
CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO É INTENSO NO INTERIOR DO ESTADO
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São José dos Campos - O interior paulista tem   vivido um grande boom imobiliário desde o ano de 2007, com menores custos de   produção e com o consequente aumento da disputa por terrenos entre as construtoras   e prestadoras de serviço. 
O desenvolvimento da região não está relacionado   apenas com a qualidade de vida presente no local, mas a indústria imobiliária   vem aproveitando esse potencial das pequenas cidades para diversificar   produtos em diferentes demandas, com habitações que vão de populares até alto   padrão. Uma dessas regiões é o Vale do Paraíba, mais propriamente na cidade de São José dos Campos. A Akamines Negócios Imobiliários, empresa cujo objeto é facilitar todo o trâmite burocrático na área imobiliária, está presente no local desde abril de 2010 e busca levar, à região, profissionais com conhecimento de mercado para atender a demanda local. 
"O Vale do Paraíba é uma região em expansão,   está geograficamente bem localizada tomando boa parte do eixo Rio - SP, com   boa infraestrutura viária, e tem se tornando um polo industrial", afirma   Daniele Akamine, diretora da empresa e advogada especializada no ramo   imobiliário. 
De acordo com o Sinduscon, São José dos Campos   aponta como uma das grandes opções de empreendimentos no Vale do Paraíba.   "Muitas famílias acabam se mudando para a região em busca de uma melhor   qualidade de vida", completa Daniele. | 
LOCATÁRIO NÃO PODE QUESTIONAR NORMAS DO CONDOMÍNIO
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O locador não tem ilegitimidade para questionar normas de convivência   eleitas pelos condôminos. Assim decidiu a 4ª Turma Cível do Tribunal de   Justiça do Distrito Federal, que manteve decisão de juiz da 12ª Vara Cível de   Brasília, que indeferiu pedido de um locatário para anular normas da   convenção e do regimento interno do condomínio onde mora. 
A autora ajuizou ação pleiteando a modificação da convenção do   condomínio e do regimento interno de condomínio no Setor Sudoeste da cidade.   Ela afirmou que possui uma cadela, mas que o condomínio proíbe a custódia de   quaisquer tipos de animais em unidades imobiliárias autônomas. 
Segundo a locatária, a proibição é arbitrária, já que o animal não   oferece risco aos demais condôminos. Além de pedir autorização para continuar   com a cadela, a moradora pediu que fossem declaradas inválidas as disposições   da convenção e do regimento interno, que disciplinam a proibição. 
O condomínio contestou os pedidos da autora, informando que as normas   vigentes foram aprovadas em assembleia e representam a vontade comum e   essencial ao convívio entre os condôminos. 
Na primeira instância, o juiz julgou extinto o processo por falta de   legitimidade da autora para alterar as regras eleitas pelos condôminos.   Segundo a sentença, "cabe aos condôminos, promitentes compradores,   cessionários ou promitentes cessionários dos direitos pertinentes à aquisição   das unidades autônomas edificadas em condomínio a missão de elaborar a   convenção e regimento interno de modo a disciplinar o modo de usar as coisas,   espaços e serviços comuns de forma a não causar dano, obstáculo, incômodo ou   embaraço aos demais condôminos ou moradores". 
Em grau de recurso, a Turma, à unanimidade, confirmou o entendimento   do magistrado. O relator acrescentou que "a apelante firmou contrato de   locação de unidade residencial e nele não consta que o locador tenha lhe   transferido o direito de representá-lo junto ao condomínio ou em juízo". 
A autora da ação deverá pagar as custas processuais. Não cabe mais   recurso. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF. | 
INVESTIMENTO EM IMÓVEL COMERCIAL ATRAI JOVENS
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Há 5 anos, investimento em aluguel ou revenda tinha público mais velho Maior chance de ganho está nas lajes corporativas, que têm retorno superior ao de salas comerciais. 
O investidor de pequenas salas comerciais, que compra imóveis na   capital paulista para alugar ou revender, ficou mais jovem e tem renda menor   do que há cinco anos. 
Um estudo feito pela imobiliária Lopes para a Folha mostra que o   público que procura imóveis nesse perfil tem, em média, 43 anos e renda   familiar mensal de R$ 23 mil. 
Há cinco anos, a idade média superava os 50 anos e a renda familiar   era o dobro. 
Os investidores eram quase sempre empresários bem sucedidos - havia   pouco espaço para assalariados. Agora, 25% são executivos contratados por   companhias. 
O estudo considerou os compradores de empreendimentos da imobiliária   em .36 bairros da cidade. 
Edgar Nunes, 36, é um dos investidores recentes. Diretor de uma   multinacional, Nunes comprou sete salas em um empreendimento em Santo Amaro   (zona sul) lançado em 2009. Já vendeu cinco. 
"Como as unidades esgotaram no lançamento, houve grande procura   por revenda. Vendi as cinco depois de um mês e obtive 10% de ganho",   diz. "Agora, o m² que custava R$ 6.500 supera R$ 9.000 [alta de 38%]. A   previsão de entrega é 2013 e estou pensando se vendo ou alugo." No estudo, os investidores se dividem de forma equilibrada entre os que procuram salas para revender e os que pretendem alugar. 
"Hoje, conta para o investidor não só a rentabilidade no curto   prazo, mas também a composição de um patrimônio para o futuro", diz   Mirella Parpinelle, diretora da Lopes. 
LAJES CORPORATIVAS 
No aluguel comercial, o grande potencial está nas lajes corporativas,   com custo a partir de R$ 30 milhões. 
O retorno mínimo para locação fica em 0,8% ao mês, enquanto que as   salas comerciais rendem 0,6% - patamar do aluguel residencial. 
No Tesouro Direto, o investidor pode ter hoje na casa de 0,8% ao mês   -10% num ano, sem o desconto de imposto. 
"O mercado de salas comerciais seguirá crescendo", diz   Roberto Coelho da Fonseca, diretor da Coelho da Fonseca. | 
FONTE PARA FINANCIAR IMÓVEL 'DURA' ATÉ 2014
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Com o crescimento dos depósitos na poupança em ritmo bem menor ao da   concessão de empréstimos imobiliários - 65% dos recursos da caderneta são   usados para financiar a casa própria-, os bancos buscam alternativas para   captar mais dinheiro e sustentar esse mercado. 
Até o ano passado, a previsão era que, em algum momento de 2013, os   recursos da poupança não seriam mais suficientes para suprir o volume de   crédito imobiliário. 
Mas, com a desaceleração que se prevê para o ritmo de concessão de   novos empréstimos desse tipo em 2012, a expectativa agora é que a poupança   "dure" até 2014. 
"Essa desaceleração vai ajudar a ganhar mais um tempo. Pelo menos   até o fim de 2013, os recursos da poupança ainda serão suficientes", afirma   Octávio de Lazari Junior, presidente da Abecip (Associação Brasileira das   Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) 
Lazari Junior, porém, faz a ressalva. "É questão matemática: os   depósitos em poupança crescem 10% ao ano, e os desembolsos, 30%. Vamos ter de   encontrar alternativas.” 
Para manter o ritmo de concessões, os bancos negociam com o governo a   criação de novos papéis de investimento, como a LFI (Letra Financeira   Imobiliária), versão para o setor das letras financeiras dos bancos. As instituições também devem acelerar a securitização, operação financeira que consiste em transformar a dívida em papéis para investimento de fundos. | 
CRÉDITO IMOBILIÁRIO DEVE ATINGIR R$ 103,9 BI EM 2012
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São Paulo - O mercado de crédito imobiliário com recursos da caderneta   de poupança cresceu 42% durante o ano de 2011, com o volume de R$ 79,9   bilhões em financiamentos para a compra e construção de imóveis. Os dados são   da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança   (Abecip), que projeta para 2012 uma expansão entre 30% e 35%, para R$ 103,9   bilhões, com potencial de elevar ainda mais, já que a participação no Produto   Interno Bruto (PIB) está em apenas 4,7%. Fontes de recurso complementares à   poupança continuam em estudo pelo mercado, diz a Abecip, com previsão de   regulamentação para este ano. 
O atual presidente da associação, Octavio de Lazari Júnior, empossado   em 8 de dezembro de 2011, credita o crescimento ao cenário macroeconômico   brasileiro, com baixos índices de desemprego e ascensão da renda. "Os   indicadores levam a crer que haverá um crescimento maior da participação do   crédito imobiliário no PIB, que ainda é pequeno". O executivo também é   diretor da área de empréstimos e financiamentos do Bradesco. 
Enquanto o Brasil tem 4,7% do PIB nos empréstimos habitacionais, a   relação na China chega a 11%, no Chile em 19%, na Alemanha fica 48% e na   Holanda a participação fica em 106%. 
Questionado sobre o número ter sido inferior ao projetado em setembro   do ano passado, de R$ 85 bilhões, Lazari diz que o principal problema foi a   falta de mão de obra qualificada na construção civil. "Alguns   empreendimentos atrasaram e empurraram para 2012. Mas é importante crescer   passo a passo, e foi sadio para o setor.” 
Outro ponto levantado pelo presidente da Abecip diz respeito à   expansão sustentável do setor que deve ocorrer este ano. "Vai crescer um   pouco menos em 2012, porque existe uma preocupação. As construtoras vão   procurar cuidar da grade de custos, lançamentos de imóveis mais rentáveis e   com valor agregado, com foco em bons resultados. O volume será menor porque   as empresas olharão para si mesmas para obter um melhor resultado em 2012".   No último ano, foram financiadas 493 mil unidades, o que corresponde a um   acréscimo de 17% ante 2010. 
Apesar da preocupação com a expansão de forma sustentável, a principal   fonte de recursos financeiros para o mercado de crédito imobiliário, a   poupança, não apresenta números que acompanham este crescimento. O saldo da   caderneta de poupança no último ano chegou a R$ 330,6 bilhões em dezembro,   alta de 10% na comparação com o mesmo período de 2010, que ficou em R$ 299,9   bilhões. Entretanto, a captação líquida totalizou R$ 9,4 bilhões, queda de   68,14% ante 2010, quando somou R$ 29,5 bilhões. Segundo o presidente da Abecip, o prazo para que funding comece a fazer falta continua a ser o final de 2013, mas a associação, junto com as instituições financeiras e com o governo, já analisa ferramentas complementares, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e covered bonds. "Já estamos trabalhando. O covered bond já está evoluído e há outros mecanismos complementares. Deve sair ainda este ano uma regulamentação para que as instituições comecem a atuar.” 
Lazari ainda acrescenta que os títulos possuem atratividade para o   investidor no sentido de ter garantias do banco e do imóvel. "Ainda está   em discussão qual seria o indexador desses papéis.” 
Do total de 493 mil imóveis financiados, 65% são usados, e 35%, novos.   O LTV médio, que corresponde ao volume que é financiado, chega 63%, com valor   médio de R$ 162 mil. Já os empreendimentos financiados com o crédito   imobiliário atingiram 1,6 mil no último ano. 
Inadimplência 
O índice de inadimplência (mais de três prestações em atraso) dos   financiamentos imobiliários estabilizou-se em 2% em 2011. Em contratos com   alienação fiduciária, nos quais é garantida a transferência do imóvel ao   credor em caso de calote, a inadimplência é menor, em 1,4%. "O crédito   imobiliário é o primeiro a ser pago em uma escala de prioridades",   explicou o presidente da Abecip ao ser questionado se o baixo índice está   ligado à garantia do imóvel. | 
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