COMO VENDER UM IMÓVEL DE FORMA MAIS PERSUASIVA

O corretor de imóveis precisa mostrar-se capaz de conquistar a atenção do cliente, despertar seu interesse, incitar nele o desejo de possuir o imóvel e induzi-lo a comprar. Para chegar a este resultado, o corretor de imóveis precisa conhecer em detalhes o imóvel que quer oferecer, desenvolver uma boa entrevista e saber convencer e persuadir o cliente.
Fases do processo de vendas de imóveis
A condução das vendas de imóveis novos (em lançamento) ou das vendas de imóveis usados (de terceiros, seminovos ou avulsos) segue uma sequência de ações denominadas “fases do processo de vendas de imóveis”. Estas fases são: abordagem; entrevista;
apresentação/demonstração; objeção e fechamento.
Para que estas fases possam evoluir de forma gradativa é imprescindível que o corretor de imóveis, antes de “sair vendendo”, faça a sua “lição de casa” e elabore o Sumário do Imóvel à Venda, do empreendimento imobiliário em lançamento ou do imóvel usado, que pretende oferecer.
Influência da internet
Outro ponto que reforça a importância do corretor de imóveis fazer a “lição de casa” antes de “sair vendendo” é a influência da internet, no mercado imobiliário.
De acordo com os dados da pesquisa Media-Screen, de julho de 2008, com 605 pessoas no Brasil, a pedido do Google, mostra que, entre aqueles que compraram imóveis residenciais nos últimos seis meses, 88% usaram a internet como fonte principal de informação. As principais atividades empreendidas por estes clientes potenciais, na fase de pesquisa e compra de imóveis residenciais são:
• identificar imóveis adequados às suas necessidades;
• pesquisar valor de compra; pesquisar características de imóveis à venda;
• visitar imóveis à venda;
• montar planejamento/orçamento de compra; pesquisar sobre bairros e regiões.
Pelo menos 52% dos compradores de imóveis novos valorizam e visitam estandes de vendas.
O que acontece na prática?
Na maioria das vezes, as informações que os corretores de imóveis dispõem são as mesmas do conhecimento dos clientes. Na comercialização de imóveis novos (em lançamento) e na comercialização dos imóveis usados (de terceiros, seminovos ou avulsos) as informações que os profissionais dispõem não diferem daquelas obtidas pelos clientes, na sua pesquisa. Quem está interessado em comprar, muitas vezes, já procurou e teve acesso a tudo o que diz respeito, tanto do imóvel novo como do imóvel usado, ou seja, não há novidades.
Hoje, o corretor de imóveis para ter sucesso na venda, precisa conhecer o imóvel nos detalhes. Ele deve saber tudo o que o cliente sabe a respeito do imóvel e saber surpreender o cliente com detalhes, que possam encantá-lo. Elaborando o Sumário do Imóvel à Venda, o corretor de imóveis passará a ter mais segurança e estará preparado para desenvolver ações previamente estudadas, a partir da “inteligência em vendas”.
Sumário do Imóvel à Venda
O Sumário do Imóvel à Venda é uma coletânea de informações técnicas referentes ao empreendimento em lançamento ou ao imóvel usado, elaborado para uso exclusivo do corretor de imóveis.
Os corretores de imóveis precisam de informações que os ajudem a ilustrar, informar, explicar, de forma a valorizar e agregar valor ao empreendimento em lançamento ou ao imóvel usado que deseja apresentar aos clientes. Só assim, eles saberão enfatizar outros aspectos que possam estimular e reforçar o interesse do cliente.
Para um corretor de imóveis poder atuar de forma eficiente e eficaz, ele deve estar preparado e saber falar sobre as mais de 150 características que possuem os novos empreendimentos imobiliários em lançamento, assim como, saber falar sobre as mais de 50 características que possuem os imóveis usados.
Vender o imóvel é diferente de vender ao cliente
No atendimento ao cliente, a entrevista é outro ponto que merece uma atenção especial do corretor de imóveis. Para um cliente que está à procura de um imóvel novo ou usado, a compra é um processo complexo de comunicação e de tomada de decisão, ocorre no transcurso do tempo e envolve diversos membros. Apesar de muitos admitirem que a compra de um imóvel em um empreendimento em lançamento ou a compra de um imóvel usado é uma compra emocional, mesmo assim, é uma compra que deixa o cliente com uma série de dúvidas e medos. Nesta hora, é importante o cliente ser atendido por um corretor de imóveis competente.
Em muitos casos, os corretores se atrapalham com a sua ansiedade e se preocupam em vender o imóvel e deixam de vender ao cliente. O objetivo da entrevista é entender a necessidade ou o problema do cliente. O importante nesta fase da interação é o corretor de imóveis fazer o cliente falar sobre os motivos que o levam a se interessar pelo imóvel e descobrir qual é o motivador de compra. Com perspicácia, o profissional começa a conversa, formulando perguntas a respeito dos motivos que levam o cliente a se interessar pelo imóvel, o que ele e a família desejam, o porquê do imóvel pretendido, que outros imóveis ele já visitou, quando ele imagina estar ocupando o novo imóvel, quanto pretende investir na compra, entre outras perguntas.
Estrategicamente, uma entrevista bem conduzida, ajuda o corretor de imóveis a realizar a demonstração do empreendimento em lançamento ou do imóvel usado de forma mais empática, salientando os aspectos que são do interesse daquele cliente e família – venda ao cliente. Assim, a entrevista torna-se mais personalizada, o que ajuda a sensibilizar mais o cliente e a família – atendimento de qualidade.
Motivador de Compra
Durante a entrevista, o corretor de imóveis deve estar atendo e procurar identificar e gravar as expressões, termos, idéias que os clientes comentam sobre as suas motivações de compra e que critérios de decisão eles citam, quando conversam sobre o assunto.
Ao final da entrevista, o corretor de imóveis deve identificar o motivador básico de compra, que mais sensibiliza aquele cliente. Desta forma, ele conseguirá entrar em sintonia com o cliente e aumentar as chances de atingir o seu objetivo, enquadrando-o em um dos cinco motivadores de compra. Assim, o profissional estabelece a linha de raciocínio, que o conduzirá na formulação dos argumentos de vendas, que pretende apresentar para aquele cliente. Em síntese, o corretor de imóveis irá escolher e mencionar os argumentos de vendas que “emolduram” o benefício que o cliente “quer ouvir”.
Há cinco motivos básicos de compra que englobam, satisfatoriamente, 95% dos clientes que compram.
1. Lucro. Os clientes desejam obter ganho, realização, economia, valorização.
2. Prazer. O prazer pode ser conforto, comodidade, conveniência, divertimento, luxo, qualidade de vida, tranquilidade, boa saúde, bem-estar.
3. Orgulho. Isso abrange qualquer coisa que permita a alguém dizer “Eu sou especial”. Todo cliente tem uma necessidade congênita de aprovação, aceitação, afeto, admiração, prestígio, sentir-se VIP, possuir estilo de vida, status. Esta é uma das motivações de compra mais básica.
4. Paz de espírito. O medo de perder é um grande motivador. Os clientes potenciais desejam proteger o que já têm – segurança. Os clientes desejam, também, um imóvel que seja bem construído e que dure por muitos anos – segurança. Todos estes fatores contribuem para a paz de espírito.
5. Dor. A maioria das pessoas quer se proteger da dor, da doença, do stress, de conflitos, das complexidades da vida que elas preferem não ter de enfrentar.
Argumentação persuasiva - a inteligência em vendas
A prática de vender imóveis só falando das características, que dava ao profissional um ar de superioridade e conhecimento no assunto, hoje, não é suficiente para convencer o cliente. Durante a demonstração, o corretor de imóveis deve saber convencer e persuadir o cliente, falando a “língua dos benefícios”. Quando a argumentação de vendas é baseada apenas nas características, ela tem pouco poder de persuasão, uma vez que os clientes estão interessados em benefícios específicos, e não nas características. O cliente não compra o imóvel, mas o que o imóvel faz para ele. Na argumentação persuasiva, o corretor de imóveis deve procurar enfatizar as vantagens e benefícios que o cliente obterá com o investimento que pretende realizar. Com o benefício, o cliente passa a perceber o imóvel como diferente dos demais; como uma solução para os seus problemas; passa a dar mais valor ao imóvel e reparar que o imóvel não custa mais, vale mais. Em síntese, as pessoas compram por duas razões: confiança - se o risco é alto e o desembolso de dinheiro for considerável, a confiança é um ponto crucial para se realizar a compra e valor - a percepção do valor é que cria o desejo de posse.
A partir do momento que o cliente entende que terá a sua necessidade ou o seu problema resolvido, ele avalia de forma diferente o preço do imóvel. A psicologia explica que as pessoas colocam muito mais ênfase na perda que no ganho. Por estes motivos, é de suma importância o corretor de imóveis saber falar a “língua dos benefícios” e não ficar “vendendo características”.
O argumento é um raciocínio destinado a provar ou a refutar uma proposta. “Argumento” vem do latim arguere que significa “por à frente, provar”. Argumentar é a arte de convencer e persuadir. A elaboração de argumentos persuasivos é uma atividade mais reflexiva, incompatível com os profissionais que trabalham com o “piloto automático ligado”. A experiência mostra que as venda de imóveis novos (em lançamento) e a venda de imóveis usados (de terceiros, seminovos ou avulsos) podem ter um melhor resultado, se a argumentação de vendas praticada pelos corretores for mais pensada, estruturada através de uma organização mental mais treinada - uso da inteligência em vendas. Tal não ocorre, por vários motivos: falta de conhecimento no assunto, pouca atenção no estudo do imóvel à venda, entrevista mal realizada, falta de experiência, falta de treinamento no assunto, entre outros.
Como estruturar argumentos de venda persuasivos
É importante o profissional considerar algumas noções fundamentais da psicologia. O homem é um indivíduo por essência egoísta. O cliente potencial pouco se importa com o corretor de imóveis ou com o seu imóvel, e só lhe concederá crédito na medida em que lhe oferecer qualquer coisa. Portanto, nunca se esqueça desta regra: as pessoas só se interessam por elas mesmas. Para interessar o cliente potencial, diga-lhes, portanto, o que ele tem vontade de ouvir. Faça esta pergunta: “O que há no imóvel que pretendo apresentar e que o possa interessar – o que há para ele mesmo?”.
A elaboração de um argumento exige o conhecimento das razões de compra do cliente potencial. As pessoas não compram características, elas compram os benefícios. Uma característica é algo que o imóvel já tem, um benefício é algo que a característica faz para eles.
Existem diferentes maneiras para os corretores de imóveis elaborarem e apresentarem os seus argumentos de vendas[1]:
1. Modo simplificado - Característica + Vantagem + Benefício, associado a um motivador de compra.
O profissional cita a característica que quer evidenciar e faz, a si mesmo a pergunta “e daí?”. A resposta a esta pergunta identifica um dos vários benefícios que o cliente poderá vir a ter. O corretor de imóveis irá escolher e mencionar o benefício que o cliente “quer ouvir”. O profissional deve estar atento e, com inteligência, saber combinar as características com os benefícios que o cliente obterá e que estes, sejam do interesse do cliente, isto é, atendem ao motivador de compra identificado na entrevista.
Exemplo -1: Sala de estar com 80m² (Característica)
E daí?
Permite você dispor de uma ampla área (vantagem) para receber os amigos e parentes, com todo conforto (benefício) – Motivador de compra: prazer/conforto.
Exemplo - 2: Apartamento com 3 dormitórios (Característica)
E daí?
Permite oferecer bem-estar para família (vantagem) onde, cada um dos seus membros, terá o seu próprio dormitório (benefício) – Motivador de compra: orgulho/sentir-se VIP.
Exemplo -3: Salão de festas (Característica)
E daí?
Ambiente de uso exclusivo dos moradores (vantagem), onde podem receber os convidados, como se estivessem no seu próprio apartamento (benefício) – Motivador de compra: prazer/conveniência.
Modelo de estrutura de um argumento de vendas: modo simplificado
Para elaborar os próximos argumentos de vendas, siga o modelo:
O/A (Característica)... SIGNIFICA QUE VOCÊ... (Vantagem)... SENDO QUE O VERDADEIRO BENEFÍCIO PARA VOCÊ É O/A ... (Benefício) – Identificar o motivador de compra.
Lembre-se: Para apresentar um argumento de vendas eficaz, este deve estar adequado ao motivador de compra, identificado na entrevista. Você precisa dizer “aquilo o que o cliente quer ouvir”.
2. Modo ultrassimplificado - Característica + Benefício, associado a um motivador de compra
O corretor de imóveis cita a característica que quer evidenciar e faz, a si mesma pergunta “e daí?”. A resposta a esta pergunta identifica um dos vários benefícios que o cliente poderá vir a ter. O profissional irá escolher e mencionar o benefício que o cliente “quer ouvir”. O corretor de imóveis deve estar atento e, com inteligência, saber combinar as características com os benefícios que o cliente obterá e que estes, sejam do interesse do cliente, isto é, atendem ao motivador de compra identificado na entrevista.
Exemplo - 1: Vista panorâmica da cidade (Característica)
E daí?
Esta vista contribui para uma melhor qualidade de vida e paz de espírito dos seus moradores. (benefício) – Motivador de compra: orgulho/status.
Exemplo – 2: Duas garagens (Característica)
E daí?
Os moradores sentem-se tranqüilos com os seus carros estacionados em locais fixos e seguros (benefício) – Motivador de compra: paz de espírito.
Exemplo - 3: Fachada com revestimento cerâmico (Característica)
E daí?
Como não necessita de pintura, os moradores têm menor custo de manutenção (benefício) – Motivador de compra: lucro/economia.
Modelo de estrutura de um argumento de vendas: modo ultrassimplificado
Para elaborar os próximos argumentos de vendas, siga o modelo:
O/A (Característica)... SENDO QUE O VERDADEIRO BENEFÍCIO PARA VOCÊ É O/A ... (Benefício) – Identificar o motivador de compra.
Lembre-se: Para apresentar um argumento de vendas eficaz, este deve estar adequado ao motivador de compra, identificado na entrevista. Você precisa dizer “aquilo o que o cliente quer ouvir”.

PELO MENOS TRÊS PESSOAS TERIAM SIDO VÍTIMAS DE GOLPES NA CIDADE. CONSELHO REGIONAL INTENSIFICA FISCALIZAÇÃO PARA EVITAR FRAUDES.

Três moradores de São José dos Campos denunciam que estão sendo vítimas de falsos corretores de imóveis. Uma das vítimas, uma mulher que não quis se identificar, disse que deu R$ 40 mil de entrada em um apartamento, fez a mudança com a filha e demorou a perceber que tinha sido enganada. "Vim ver o apartamento e gostei. Ele (corretor) me falou tudo a respeito do apartamento. Condomínio, mostrou a piscina, sala de jogos. Tudo. Me encantei pelo apartamento. O preço cabia no bolso e eu resolvi comprar esse imóvel. Estava R$ 10 mil mais caro, mas eu gostei e acabei fechando negócio”.
Ela diz que fechou negócio com Roquinaldo de Jesus, que se apresentava como Roger. Ele seria proprietário de uma imobiliária, a BH Imóveis, que tem sede própria e um site de vendas.
O "suposto" corretor visitou várias casas com ela, sempre tinha as chaves e era bom de conversa. A mulher guardou o falso contrato que assinou, o falso número do Conselho Regional de Corretores de Imóveis usado por ele e registrou um boletim de ocorrência."Eu entrei no apartamento, mudei, mas o apartamento não era dele. Era tudo golpe. O apartamento é de São Paulo da Living Construtora. A empresa alegou que ele roubou a chave. Ele entrava e saia da construtora como se fosse dele. Por isso, nada veio a desconfiar que era golpe”, contou.
Outra moradora da cidade, que também não quis se identifica, afirma que sofreu outro tipo de golpe. Ela diz que contratou o serviço do mesmo Roquinaldo de Jesus para aluguel de casas. A vítima nunca recebeu o dinheiro de volta, ficou com uma dívida e ainda foi usada como fiadora sem nunca ter dado permissão para isso. “Apareceu um advogado me procurando, dizendo que eu estava sendo avalista de uma propriedade, na qual eu nem sabia que existia. E quando eu me dei por mim, estava devendo. A minha casa, quase perderam a minha residência por causa dele. Uma pessoa que você vê, você não diz. Tem uma boa saliva, um bom papo, envolve mesmo as pessoas”.

Contra Roquinaldo já foram registrados vários boletins de ocorrência por negócios irregulares envolvendo aluguel e venda de imóveis. Em todos os casos ele teria ficado com o dinheiro dos clientes. Até no Ministério Público existe um processo contra ele por exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis. Mesmo assim ele continua agindo.

A repórter Vanessa Vantine do Jornal Vanguarda entrou em contato com Roquinaldo, por telefone, demonstrando interesse em comprar um imóvel. Durante a conversa ele garantiu que era sim um corretor com experiência no mercado. Depois dessa conversa ela ligou novamente e se apresentou como jornalista. Roquinaldo não quis gravar entrevista e negou todos os crimes.

Outro golpe

Em outro bairro de São José dos Campos, o Jardim Morumbi, o operador de produção, Vanderlei da Motta diz que foi vítima de outro falso corretor. Ele achou que estava comprando uma casa. Também tem contrato assinado e os comprovantes dos depósitos de R$ 32 mil a Pedro Freitas dos Santos. “Ele confirmou que o imóvel tinha sido vendido. Pressionei ele (sic) para me ressarcir a entrada que eu tinha dado. Ele disse que não poderia, porque teria gastado”.

Por telefone, Pedro disse à reportagem que em virtude da negociação com Vanderlei não ter dado certo, ele pegou o valor emprestado do operador. Ele diz ainda que o advogado dele está cuidando do caso e que gostaria de devolver o dinheiro.

Investigação

Todos os casos estão nas mãos da polícia, mas até agora não há uma conclusão. “Os fatos são trazidos e apresentados na polícia. Os depoimentos das vítimas, das testemunhas, são contundentes, são fortes. Para elas, eles se veem como vítimas, mas só no final do inquérito policial é que eu decido pelo indiciamento ou não e depois do inquérito o Ministério Público e o juiz vão decidir pela absolvição ou condenação”, explicou o delegado Márcio Marques Ramalho.

Os dois supostos corretores mostrados na reportagem estão sendo investigados por estelionato e exercício ilegal da profissão. O número do Creci apresentado por Roquinaldo de Jesus pertence na verdade a outra corretora, que também está sendo investigada pelo Conselho Regional de Corretores. Ela registrou um boletim de ocorrência alegando que teve o número do Creci usado ilegalmente.

Esse mesmo número estava sendo utilizado pela empresa BH Imóveis, que não tem registro no Creci. Segundo o advogado de Roquinaldo, o cliente dele entrará em acordo com as pessoas lesadas.

Fiscalização e orientação

Segundo o delegado regional do Creci, Denerval Melo, tem agentes que fiscalizam o serviço clandestino da profissão e os casos são sempre encaminhados para o MP. “Nós fiscalizamos mesmo aqueles corretores que estão em dia, certinho, nós fazemos as fiscalizações preventivas. Às vezes atrasa, às vezes ele está com algum pseudo corretor dando acobertada dentro da rodoviária, coisa que nós impedimos, nós orientamos, nós autuamos. Hoje, nós temos em São José dos Campos dois fiscais de plantão para atender a região”.

O Conselho Regional de Corretores dá algumas dicas para evitar problemas como os mostrados nessa reportagem. É importante pedir e pesquisar sempre a carteira do Creci fornecida pelo corretor, ler muito bem o contrato, conversar com o proprietário do imóvel e só depois fechar negócio. O telefone do Creci para dúvidas é o (12) 3913-1353.

FINANCIAMENTO HABITACIONAL SOBE 88%

Os dados da Caixa são referentes ao primeiro semestre deste ano
A Superintendência liberou R$ 784,61 milhões para compra da casa própria, com 8,5 mil negócios fechados em relação a 2011 - Por: Arquivo JCS/Luiz Setti
A liberação de crédito habitacional na região teve alta de 88,21% durante o primeiro semestre do ano. Nas 58 cidades da superintendência regional da Caixa Econômica Federal (CEF) foram fechados mais de 8,5 mil negócios, totalizando R$ 784,61 milhões em financiamentos habitacionais. Durante o mesmo período do ano passado, o volume liberado totalizava R$ 416,88 milhões. Para esse ano, a previsão da CEF é somar R$ 1,22 bilhão em financiamentos habitacionais. Em 2011, o banco liberou R$ 963 milhões nesse segmento de crédito.
Para o diretor da imobiliária AE Patrimônio, Alexandre Oliveira, a alta no volume e no valor de financiamentos habitacionais é resultado do aquecimento do mercado como um todo. Otimista, o diretor acredita que o cenário se mantenha para os próximos meses. "Mesmo com a instabilidade externa, o panorama interno é muito bom, creio que teremos um segundo semestre idêntico ao primeiro", afirma. Trabalhando com clientes vindos de todas as classes, Oliveira comenta que, independente do poder aquisitivo, o financiamento é a opção predominante para o pagamento dos imóveis.
Daniele Ishida, de 22 anos, é analista financeira e adquiriu seu primeiro imóvel esse ano. Ela conta que tem planos de casar daqui a quatro anos e, por isso, o casal já garantiu a moradia. Pelo programa federal Minha Casa Minha Vida (MCMV) conseguiu subsídio de R$ 2 mil, valor que será utilizado no pagamento da documentação do imóvel. A procura durou um mês e meio. "Encontramos relativamente rápido. Eu até esperava que fosse demorar mais", comentou. A aprovação do financiamento, diz ela, também aconteceu sem complicações. Aqueda dos juros bancários e facilidades oferecidas pela construtora também foram fatores que ajudaram a decisão pela compra.
O inspetor de qualidade Lucas Almeida de Barros, 24, e a autônoma Paula Soares, 20, também têm planos de casamento. Juntos há mais de quatro anos, a compra do apartamento próprio foi o primeiro passo para a concretização do sonho. Lucas conta que a procura começou no ano passado. Foram muitos os imóveis visitados. Paula lembra que eles fizeram um caderno com as informações sobre cada um. "Fomos bastante críticos. Avaliamos bastante e fizemos um bom negócio", afirma ela. A compra seria feita de qualquer forma mas a queda nos juros promovida pelo banco federal no início do ano e os subsídios do programa MCMV, assim como no caso de Daniele, também foram fatores levados em consideração para o contrato.
Novas taxas
Em abril, o banco federal reduziu as taxas de juros do financiamento imobiliário. Dentro do programa Caixa Melhor Crédito, a redução foi uma tentativa de aquecer o mercado imobiliário como um todo. Para imóveis de até R$ 500 mil, dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os juros passam de 10% ao ano (a.a.) para 9% a.a. para todos os clientes. Com relacionamento e conta salário a taxa cai ainda mais, para 7,9% a.a. Para os clientes que desejam financiar um imóvel de até R$ 170 mil, nas regras do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e tenham conta salário na Caixa, a taxa máxima cai dos atuais 8,4% a.a. para 7,9% a.a.

CRECI QUER INCENTIVO PARA CASA USADA


Comando estadual do Conselho de Corretores de Imóveis Benefícios do ‘Minha Casa, Minha Vida’ - Subsídio de até R$ 17 mil na compra - Juros reduzidos - Isenção ou abatimento de taxas cartorárias - Desconto no seguro de vida obrigatório para financiamento - Dirigido a público com renda familiar em dois programas, um de até 3 salários mínimos e outro de até 10 mínimos já existentes no programa
Isenção de custos cartorários, juros reduzidos e subsídios de até R$ 17 mil. Essas são algumas das vantagens oferecidas pelo programa ‘Minha Casa Minha Vida’ (MCMV) e que o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) defende que sejam estendidas para a comercialização de imóveis usados. Em Bauru, o presidente estadual da entidade, José Augusto Viana Neto, aponta a política habitacional do Governo Federal como o principal fator para a supervalorização dos imóveis.
Viana argumenta que os prazos para as construções de novos imóveis, principalmente os de empreendimentos de grandes construtoras, demoram muito para ser entregues. "Imóveis usados estão à vontade, que podem ser ocupados imediatamente, ajudando a reduzir a demanda por moradia", afirma. Trata-se, segundo o presidente do Creci, de um trabalho de convencimento junto ao governo, sob a alegação de que novos projetos não terão como atender a necessidade de quem precisa e pode financiar um imóvel a partir das condições oferecidas pelo MCMV.
Além disso, José Augusto afirma que a medida pulverizaria a população que passaria a ter acesso à moradia própria, em detrimento da concentração causada pelos grandes empreendimentos populares, que geram, inclusive, demandas de infraestrutura urbana.
Para debater o assunto, um seminário está marcado para o dia 22 de agosto, em São Paulo, reunindo diversos segmentos da sociedade, como os líderes de movimentos populares por moradia. Além disso, foi convidada a Secretaria Nacional de Habitação, vinculada ao Ministério das Cidades. Equipes técnicas da Caixa Econômica Federal (CEF) também vão participar. A assessoria da superintendência da CEF foi acionada pela reportagem para comentar o assunto, mas respondeu que o órgão não tem autonomia para se pronunciar sobre fato não concretizado.
Qualidade
José Augusto Viana Neto acredita ainda que caso seja estendido o MCMV para os imóveis usados, boa parte da população poderá ter acesso a imóveis maiores e, até mesmo, com maior qualidade. "Essas novas unidades construídas em atacado seguem apenas os parâmetros mínimos estabelecidos pela ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas]", cita o presidente estadual do Creci.
Proposta tem viés de fomentar concorrência
Além dos argumentos apresentados por José Augusto Viana Neto, a ampliação do MCMV para imóveis usados também tem a intenção de mexer com a concorrência no setor, a fim de que haja queda no preço de comercialização dos imóveis.
O presidente do Creci afirma que o programa habitacional, apesar de ter contribuído para o aquecimento do mercado, foi o responsável pela explosão dos preços de imóveis, a partir do momento em que o governo ampliou o teto dos valores das unidades passíveis dos benefícios do ‘Minha Casa’. Em Bauru, por exemplo, ele era de R$ 100 mil, mas foi para R$ 130 mil na segunda etapa do programa.
"Por conta disso, o padrão dos imóveis oferecidos continuou o mesmo, mas os preços subiram e o mercado acompanhou essa lógica. Os terrenos e os imóveis, de forma geral, estão sendo vendidos por valores injustificáveis", pontua.
Vendas em queda
Apesar de garantir que o mercado imobiliário se manterá aquecido pelos próximos 30 anos, José Augusto Viana Neto reconhece a queda no número de negociações em 2012, em comparação com o ano passado e, principalmente, com 2010. Ele diz que este cenário é natural, pois se tratava de um setor estagnado, que explodiu e agora está se estabilizando.
No entanto, o presidente do Creci volta a criticar a alta nos preços, dizendo que ela também é responsável pela redução de negócios. "Em alguns casos, é tão difícil que é oferecido aos corretores até 10% nas vendas. Normalmente, gira em torno dos 6%", pontua.
Por conta da alta dos preços dos imóveis, José Augusto afirma que cresceram as vendas, por corretores daqui, no exterior. Segundo ele, brasileiros compraram, em 2011, 12% dos imóveis negociados em Miami, nos Estados Unidos.
Visita a Bauru
José Augusto Viana Neto esteve em Bauru ontem, onde reuniu com delegados locais do Creci e outros corretores imobiliários voluntários para discutir questões referentes à categoria. Ele nega o caráter corporativista da entidade, dizendo que ela desempenha, principalmente, o papel de fiscalizadora dos profissionais, até mesmo sob o ponto de vista ético.
O presidente do Creci paulista, no entanto, confirma que um dos principais problemas enfrentados pela entidade é o grande número de pessoas que exerce irregularmente a atividade de corretor.
Vale lembrar que desde o aquecimento do mercado imobiliário o número de corretores subiu de 45 mil para 100 mil no Estado de São Paulo.
Em Bauru, a entidade será homenageada pela Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib), com o prêmio ‘Destaques do Ano’, que será entregue, durante jantar de gala, no dia 25 de agosto. O presidente estadual do Creci já confirmou presença no evento.
Benefícios do ‘Minha Casa, Minha Vida’
- Subsídio de até R$ 17 mil na compra
- Juros reduzidos
- Isenção ou abatimento de taxas cartorárias
- Desconto no seguro de vida obrigatório para financiamento
- Dirigido a público com renda familiar em dois programas, um de até 3 salários mínimos e outro de até 10 mínimos

COMO CONQUISTAR A ATENÇÃO DO CLIENTE


Que Informações São Úteis Para Chamar a Atenção de um Cliente?
Onde Buscar Informações Sobre o Cliente?
Que Atitudes Devem Ser Evitadas?
Normalmente um vendedor externo realiza muitas visitas de venda durante seu dia de trabalho, tentando obter entrevistas e concluir suas vendas. Porém, clientes são diferentes na sua essência e por isso o vendedor deverá planejar-se, a fim de tentar obter a atenção imediata de uma pessoa que talvez nem conheça.
Dessa forma, aconselha-se que antes de sua visita ao prospect (futuro cliente) ele deve tentar descobrir algum assunto em que seu Cliente esteja interessado. Se o cargo exigir que ele faça visitas freqüentes aos mesmos Clientes, ele deve levar sempre novas informações ou colaboração em cada visita que fizer, pois assim evitará que se aborreçam com sua presença.
Mas, onde buscar idéias que sirvam para colaboração ao seu Cliente?
- Informações fornecidas por sua empresa.
- Publicações de indústria, comércio ou segmento especializado.
- Conversas entre vendedores amigos e/ou concorrentes.
- Matérias sobre finanças e economia nos jornais e tele-jornais
Alguns Cuidados Que Devem Ser Cuidadosamente Observados:
- Cuide de sua aparência pessoal e apresente-se como um profissional digno de ser atendido.
- Jamais comece com uma “desculpa”.
- Obtenha o “SIM” do seu Cliente com perguntas fáceis de responder.
- Seu sintonizador da atenção deve ser rápido. Não estique muito sua “história”; isso pode dispersar a atenção do Cliente.
- Nunca force um aperto de mão. Se ele espera por isso aperte-lhe a mão, mas caso contrário não o obrigue.
- Sente-se a distância razoável para não impedir seus movimentos.
- Não se espreguice nem se espiche na cadeira. Você deve ser o portador de importante mensagem para seu Cliente, devendo portar-se de acordo. Conserve a posição ereta.
- Evite conversar com seu Cliente na presença de outras pessoas, principalmente as desinteressadas. Se uma terceira pessoa estiver presente, desculpe-se, informando não saber que ele tinha outro compromisso. Isto, às vezes, faz com que a terceira pessoa se retire. Mas, se você for obrigado a falar em presença de outros espectadores, dirija-se a todos e não somente a um deles.
- Sorria com eficácia, pois isso sempre dá bons resultados. Por outro lado, não sorria perpetuamente. Depois de um sorriso amável, enverede para o assunto do negócio e mantenha uma aparência de “homem de negócios”.
- Não procure ser muito esperto logo de início. Uma boa observação cordial será menos arriscada que soltar um rojão.
- Saiba o nome exato de seu Cliente e não hesite em soletrá-lo, se for um nome incomum, pois este interesse o agrada.
O Que Não se Deve Fazer na Conquista da Atenção:
- Não minta nem engane para despertar a atenção.
- Não inicie com uma pilhéria (a menos que seja à sua própria custa).
- Não seja barulhento nem impetuoso.
- Não fale sobre seus contratempos, seus problemas, nem de sua saúde, pois os clientes estão interessados apenas em seus próprios problemas. Não os entretenha com más notícias, coisas fúnebres ou boatos. Traga novidades agradáveis ou, então, não conte nada.
- Não se exceda falando sobre um “hobby”. É difícil passar do assunto “futebol” para um assunto profissional como o seu produto, por exemplo.

MERCADO PREVÊ QUATRO MIL IMÓVEIS EM 2012



Associação de construtoras afirma que Jundiaí reagiu bem à queda de financiamentos registrada no país.
O mercado imobiliário de Jundiaí, com previsão de 4 mil unidades lançadas ao longo de 2012, estabilizou-se antes da queda de 9,4% dos financiamentos habitacionais do país divulgada no balanço semestral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sobre o mesmo período do ano passado. "Houve um boom de preços tanto de terrenos quanto de imóveis nos últimos anos. E esse movimento é positivo porque afasta o risco de uma bolha econômica", afirma o empresário Antonio Carlos Pelegrini, presidente da Proempi (Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região).
Esse cenário estável, avalia, deve prosseguir pelo menos até 2013 em razão do grande número de projetos aprovados na administração municipal antes das recentes mudanças do Plano Diretor que limitaram a altura de novos prédios a 12 andares. "Como muitos já estavam aprovados ou em andamento, a cena é forte. Já novos projetos, que vão exigir outorga onerosa se passarem desse limite, ainda não são conhecidos", diz.
Novo teto/ O mercado também avalia bem o aumento do teto de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, para R$ 130 mil nas sete cidades da AUJ (Aglomeração Urbana de Jundiaí), teto que antes valia apenas para a cidade-sede.
A mudança deve ter reflexos regionais e foi tema da palestra do presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Cláudio Bernardes, sobre "planejamento megalopolitano" no último dia 12 no Encontro Secovi em Jundiaí.
Com dados de pesquisas internas, a Proempi avalia que 50% das unidades são adquiridas por moradores da própria cidade ou região. "Isso tem fortalecido as construtoras locais, que, inclusive, assumiram obras de incorporadoras de fora. A economia vai bem, então mesmo com muitas unidades ainda disponíveis o mercado deve continuar estável", diz.
Parceiro discute a relação com a mobilidade em SP
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação), representado em Jundiaí pela Proempi, está ampliando os limites de sua discussão e traz no dia 17 a São Paulo o diretor de Desenho Urbano da prefeitura de Nova York, Alexandros Washburn, para falar sobre verticalização e mobilidade como desafios do crescimento urbano.
A palestra, exclusiva para o setor, vai ter no mesmo dia o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em palestra sobre os rumos da economia brasileira e a indústria imobiliária.
O evento é da vice-presidência de incorporação e terrenos urbanos do Secovi e vai ocorrer na sede da Vila Mariana, na capital.
O maior ciclo de eventos, como em Jundiaí, acontece em setembro. A partir do dia 11 daquele mês acontecem a convenção do sindicato, o Fórum Urbanístico Internacional, a Real Estate Showcase e outras iniciativas.
Feira e síndicos estão nos planos da Proempi
A entidade setorial está atualmente visando dois eventos neste semestre. Em setembro, realiza palestra na Feiccad (Feira do Imóvel e Construção) e, em outubro, promove evento focado no Dia do Síndico, um tipo de gestor que cresce com a quantidade de novos condomínios fechados.
Juros ajudam títulos do setor imobiliário
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), a queda nos juros fez os certificados imobiliários negociados em bolsa passarem de R$ 9 milhões em maio para R$ 32,4 milhões em junho.

INADIMPLÊNCIA NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO SE MANTEVE ESTÁVEL



Para presidente da Abecip, resultado mostra que brasileiro ainda é bastante conservador no financiamento de imóveis, pois procura usar a poupança e o FGTS para dar uma entrada
SÃO PAULO - A inadimplência nos financiamentos imobiliários - considerando contratos com mais de três prestações em atraso - se manteve estável ao longo do primeiro semestre, de acordo com pesquisa divulgada nesta manhã pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em junho, a inadimplência no setor chegou a 1,9%, taxa muito próxima aos 2,0% vistos no fim de 2011.
"O crédito imobiliário continua com a menor inadimplência em comparação com as outras carteiras de crédito", apontou o presidente da associação, Octavio de Lazari Junior, durante entrevista à imprensa. Em junho, a inadimplência no cheque especial ficou em 11,6%, enquanto a do crédito pessoal foi de 5,7% e a de veículos, 6%, segundo dados divulgados nesta manhã pelo Banco Central.
O valor médio dos empréstimos para compra de imóveis no País cresceu de R$ 168 mil em 2011 para R$ 184 mil no primeiro semestre de 2012, segundo a Abecip. No fim de junho, esse montante representava em média 63,2% do valor total da moradia adquirida. A relação entre o valor financiado e o valor dos imóveis se manteve praticamente estável nos últimos anos, passando de 61% em 2009 para 63% em 2011.
"Isso mostra que o brasileiro ainda é bastante conservador no financiamento de imóveis. Ele procura usar a poupança e o FGTS para dar uma entrada, buscando financiar o menor valor possível", avaliou Lazari. "Isso também dá mais tranquilidade e segurança para as instituições que concedem o crédito. Em outras linhas, como o financiamento de veículos, é mais comum o crédito chegar a 80% ou 100% do valor do automóvel, o que tem contribuído para alta da inadimplência", apontou.'
O presidente da Abecip também estimou que o preço dos imóveis está chegando a um patamar próximo da estabilidade. "O crescimento agora será marginal, semelhante ao dos índices de inflação", disse. Segundo ele, a escalada no preço dos imóveis nos últimos anos e o arrefecimento do mercado são os principais fatores que contribuem para a estabilização dos preços. "Não existe mais espaço para o crescimento exponencial visto antes", acrescentou, ponderando também que não há previsão de queda nos preços.
A participação dos imóveis novos no total de financiamentos aumentou de 35% em 2011 para 38% no primeiro semestre de 2012, enquanto os imóveis usados passaram de 65% para 62% no mesmo período.
Poupança
O aumento no saldo de captações da caderneta de poupança deve sustentar o financiamento do crédito imobiliário até meados de 2015, ao contrário de previsão anterior, que projetava um limite em 2014, de acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente Abecip. "Com o crescimento da captação da poupança e o menor crescimento do volume de financiamentos, o funding (financiamento) vai se estender até 2015", disse.
Segundo Lazari, o aumento no saldo de captações na caderneta, verificado após as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, também deu mais tranquilidade para o funding do setor. O presidente da Abecip ainda estimou que a captação da caderneta mantenha o ritmo de alta ao longo do segundo semestre, mesmo com o cenário de redução da taxa básica de juros (Selic). "No segundo semestre, muitas categorias de trabalhadores terão aumento salarial. Com mais dinheiro na mão, também haverá mais dinheiro disponível para aplicação na caderneta", explicou.
Pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), 65% dos depósitos da poupança devem ser destinados ao crédito para financiamento de imóveis residenciais. Com a mudança nas regras de remuneração da poupança, em maio, havia preocupação do mercado que os depósitos migrassem para outros investimentos e comprometessem o funding, o que não ocorreu. As novas regras da poupança atrelam o rendimento da poupança ao juro básico da economia sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos. Em 30 de maio, a taxa caiu exatamente para esse patamar, o que acionou o gatilho. Desde então, os novos depósitos já pagam a remuneração composta de 70% da Selic somada à Taxa Referencial (TR), o que corresponde a pouco mais de 0,48% ao mês. Aplicações antigas recebem juro maior: 0,5% ao mês mais a TR.
CRIs
A emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que também compõem o funding do crédito imobiliário, deve ter uma alta de 10% no segundo semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com estimativa de Lazari. Segundo ele, o primeiro semestre foi mais fraco para esse mercado devido ao baixo volume de lançamentos de novos projetos imobiliários por parte das incorporadoras. "Isso tornou o crescimento mais limitado", disse, acrescentando que, com o aumento nas captações da poupança, há menor necessidade de outras captações para compor o funding.

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